Palavra de origem grega (ἀντιστροφή = contra estrofe) e diz respeito à segunda parte da forma poética e musical lírica grega chamada Ode que celebrava vitórias bélicas, esportivas ou heroicas.
A Ode era dividida em três partes (formato triádico), executadas por coros (normalmente dois). A primeira parte era a Estrofe e tinha uma variedade de regras de composição, o coro normalmente se movimentava em alguma direção enquanto cantava os versos.
A segunda parte era a Antístrofe que seguia as mesmas regras de composição da Estrofe, cantando uma resposta à Estrofe e se movimentando ou coreografando (Stanza) em sentido contrário ao primeiro coro.
A Ode era encerrada com a união dos coros cantando a Epode (ou Epodo) com os versos finais em uníssono, não precisando seguir as mesmas regras de composição das partes anteriores.
Outro significado para Antístrofe diz respeito a inversão de palavras, sílabas ou letras em expressões para criar afeitos cômicos ou sonoros que também podem ser usados na música como por exemplo a música Tiro ao Álvaro de Adoniran Barbosa:
"Táuba de tiro ao Álvaro, não têm mais onde furar"
Em expressões mais populares pode aparecer como em:
A filosofia da miséria - A miséria da filosofia
A tormenta se avizinha - A vizinha se atormenta
Bola de gude - Gula de bode
The boy is behind the door - O boi está berrando de dor
Tocar violão - Violar tocão
Millôr Fernandes escreveu uma versão da fábula O bode e a raposa (A baposa e o rode) de Isopo totalmente em antístrofes (chamadas mais comumente de spoonerismos).
Também é costume se chamar a Antístrofe de Inversão ou Spoonerismo, nem sempre ligados diretamente a Ode grega.
No vídeo a Ode a Afrodite da poetisa grega Safo de Lesbos.
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