domingo, 9 de outubro de 2016

HINOS DO FUTEBOL - INTERNACIONAL



O ano era 1957 e o músico Nélson Silva acabava de escutar pelo rádio a derrota do seu time do coração, o Inter perdera de 3x0 para o Aimoré de São Leopoldo, ele deveria esperar pela namorada, mas foi para um barzinho e começou a escrever os versos que estavam brotando de sua alma...

Assim começa a história do hino do Internacional. Glória do desporto nacional...

Nélson Silva

Nélson Silva nasceu no Rio de Janeiro, mas se mudou para Porto Alegre aos 27 anos de idade, era torcedor do Flamengo, mas logo se identificou com o Sport Club Internacional que mesmo com várias décadas de fundação ainda não tinha um hino. Apesar disso essa não era a pretensão do compositor quando compôs a marchinha, foi inicialmente um desabafo de um torcedor que via grandeza em seu time mesmo na derrota.

“Nasceu de pura raiva este hino. Eu estava esperando minha noiva, Ieda, na Rádio Farroupilha, e com os ouvidos bem abertos esperando uma reação do Inter. Quando acabou o jogo, nós tínhamos perdido – 3x0 – e eu estava sem acreditar, desesperado da vida. Sentei em uma mesa e comecei a botar as ideias que tinha na cabeça no papel. Em meia hora, com aquela raiva toda, surgiu a marchinha ‘Celeiro de Ases’ que eu mesmo musiquei”

Nélson Silva (1975)

Nélson Silva trabalhou em rádio e TV no Rio Grande do Sul e foi assim que sua marchinha começou a ser conhecida e bem recebida pelos torcedores. Porém, algum tempo depois, a direção do Inter entendeu que seria importante que o clube tivesse um hino oficial e promoveu um concurso. Inicialmente Nélson Silva não pensou em colocar sua música, chamada Celeiro de Ases, para concorrer.

“Durante muito tempo guardei para mim. Tinha sido um desabafo. Não era uma música. Depois eu me dei conta que ser colorado era isso mesmo: os sentimentos mandando. Então comecei a mostrar a música devagarzinho, cantando na rádio, nos bares e nas serestas. Daí foi pegando o embalo. Todo mundo falou para eu inscrever no concurso, mas eu pensei: ‘Se o pessoal já gostou, não vai ser um concurso que vai mudar isso’. Um dia fui ao Inter e disse para os homens: ‘Tô dando os direitos do hino pro Inter’. Nunca ganhei nada com o hino. Quer dizer, falando em dinheiro, porque amizade ganhei muito. Chego no Beira-Rio hoje e é aquela festa.”

Nélson Silva (1975)


Logo que cedeu os direitos para o clube, Celeiro de Ases se tornou o hino oficial do Internacional. O hino tem um refrão e uma estrofe.

O refrão fala da grandeza e das glórias do time.

A estrofe fala das cores, do passado, do presente e da alegria da torcida colorada. Também aparece aí um dos apelidos do time – Clube do Povo – já usado na época da composição do hino.

No vídeo o hino do Internacional:


Celeiro de Ases (Hino Oficial) por Nélson Silva (1957)

Glória do desporto nacional
Oh, Internacional que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes, vives a brilhar
Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue tua senda de vitórias
Colorado das glórias, orgulho do Brasil

É teu passado alvirrubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul

Glória do desporto nacional
Oh, Internacional que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes, vives a brilhar
Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue tua senda de vitórias
Colorado das glórias, orgulho do Brasil

Sobre o time:

Nome oficial
Sport Club Internacional

Data de fundação
4 de abril de 1909

Localização
Porto Alegre, RS, Brasil

Cores
Vermelho e branco


Escudo
Em versões anteriores haviam estrelas, ramos de louro e uma coroa que foram substituídos pelo modelo atual com o nome e a data de fundação inscritos


Mascote
Saci-Pererê (antigamente era um negrinho)


Bandeira
Dois triângulos retângulos com o escudo sobre o triângulo vermelho


Apelidos
Clube do Povo, Colorado, Inter, Rolo Compressor

Estádio
Gigante da Beira-Rio (1969)
Anteriormente o Estádio dos Eucaliptos (1916)
Primeiramente o Campo da Ilhota (1909)

Gigante da Beira-Rio
 
Estádio dos Eucaliptos
Conquistas
Locais, estaduais, regionais, nacionais, americanos, mundial



Visite o site oficial do Internacional >aqui<

sábado, 8 de outubro de 2016

VERBORRAGIAS - MUSICAS E FRASES DE DAVID BOWIE


Sabe aquelas frases polêmicas, engraçadas, geniais ou até mesmo estúpidas ditas por celebridades da música?

DAVID BOWIE


“A coisa mais importante você nunca vai aprender. É simplesmente amar e ser amado”

“A música em si vai ser como água e eletricidade... Tenho confiança que em dez anos, por exemplo, não vai mais existir copyright” (para o NY Times em 2002)

“As pessoas poderiam pensar que uma estrela do rock se casar com uma supermodelo seria uma das melhores coisas do mundo... e, de fato, é” (ele se casou com a modelo Iman)

“Costumava esperar do lado de fora para ser o primeiro cara da cidade a ter o novo compacto do Little Richard. Eu era simplesmente louco por ele”

“Detesto ficar rodeado de pessoas que têm egos enormes”

“É verdade, sou bissexual. Foi a melhor coisa que me aconteceu e é muito divertido também”

“Eu acho que a fama por si só não é recompensadora. No máximo, te consegue mesa nos restaurantes”

“Eu acho que venho escrevendo consistentemente sobre os mesmos temas por uns 35... quase 40 anos. Não houve muito espaço para mudança comigo. Foi tudo sobre desânimo, desespero, medo, isolamento, abandono”

“Eu mudo muito de opinião. Normalmente não concordo muito com o que digo. Sou um grande mentiroso”

“Eu não sei para onde eu vou a partir daqui, mas eu prometo que não vai ser chato”

“Eu não tenho lealdade artística. É por isso que as pessoas me percebem como alguém que muda o tempo todo, mas há uma continuidade real na minha identidade... Eu acredito que tenho mais integridade que qualquer outro artista com trabalho contemporâneo ao meu”

“Eu recebo ofertas de filmes tão ruins e todos eles são sobre rainhas, travestis ou marcianos”

“Eu sou uma estrela instantânea, basta adicionar água e agitar”

“Falar dobre arte é como dançar sobre arquitetura”

“Fiz alguns álbuns fabulosos. Tenho que ser honesto. Adoro eles. Adoro as coisas que fiz”

“Há muita gente que parece querer ser imortal... Andamos atrás de quê exatamente? Quem quer se arrastar, velho e decadente até ter 90 anos? Só por uma questão se ego? Eu seguramente não quero”

“Já nem sei quantas vezes alguém veio pra mim e disse – Vamos dançar!... Eu odeio dançar. Meu deus, é tão estúpido!” (sobre a música Let’s dance)

“Não dê ouvidos à multidão, ela manda pular”

“Nós podemos ser heróis, apenas por um dia”

“O amanhã pertence àqueles que podem escutá-lo chegando”

“O melhor conselho que podiam me dar aos 18 anos? – Não te mete com as drogas”

“O tempo pode me mudar e eu não posso enganar o tempo”

“Os meios de comunicação são ao mesmo tempo nossa salvação ou nossa morte. Gosto de pensar que são nossa salvação”

“Quando eu ouvi Little Richard eu comprei um saxofone e entrei no negócio da música. Little Richard foi a minha inspiração”

“Quando ficamos mais velhos permanecem duas ou três perguntas; - Quanto tempo ainda tenho? e – O que fazer com o tempo que ainda me resta?”

“Quando você pensa sobre isso, Adolf Hitler foi o primeiro popstar”

“Rock sempre foi a música do Diabo e você não vai me convencer que não seja”

“Se o futuro assim permitir, não pretendo viver em vão”

“Sempre fico espantado porque as pessoas levam a sério o que eu digo. Eu não levo a sério nem o que eu sou”

“Sempre tive a repulsiva necessidade de ser mais do que um ser humano”

“Sigmund Freud ia adorar me conhecer”

“Sou contemporâneo do meu tempo”

“Uma canção tem que ter um caráter, forma, corpo e influenciar pessoas em um grau que elas possam usá-la por conta própria”


“Uma vez perguntei ao John Lennon o que ele achava do meu trabalho? Ele respondeu – É ótimo, mas é apenas rock n’ roll com batom”



domingo, 2 de outubro de 2016

INSTRUMENTOS MUSICAIS - AGOGÔ

Palavra do iorubá que significa sino.

Agogô de metal

É um instrumento de percussão (idiofone) de origem africana composto por sinos feitos de metal (normalmente com folhas de flandres ou ferro dobradas formando as campânulas) que são ligados por uma haste metálica e percutidos por uma vareta de madeira ou metal, pode ter de um a quatro sinos.

Agogô de cabaça

Há também os agogôs feitos com outros materiais como madeira, cabaças, cocos e castanhas.

Agogô de castanha-do-Pará

É muito usado no candomblé onde é um instrumento sagrado dedicado ao orixá Ogum.

Agogô de madeira

Na capoeira também é chamado gã (do nagô, significando relógio, tempo) e é usado para marcar o ritmo.

Agogô de latas recicladas

É muito usado também na música popular, no samba, no maracatu e em festas populares de origem africana.