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quarta-feira, 1 de maio de 2019

VERBORRAGIAS - MÚSICA E FRASES DE LITTLE RICHARD



Sabe aquelas frases polêmicas, engraçadas, geniais ou até mesmo estúpidas ditas por celebridades da música?


LITTLE RICHARD


“A ganância tomou todo o universo, e ninguém está preocupado com a própria alma”

“As pessoas chamavam o rock n' roll de ‘música africana’. Eles chamavam de ‘música vodu’. Eles disseram que isso deixaria as crianças loucas. Eles disseram que era apenas uma fagulha - a mesma coisa que eles costumavam dizer sobre o hip-hop”

“As pessoas comuns, quando veem um homem negro, dizem – ‘Cara, ele tem sentimento porque é negro’. Mas eu não concordo com isso. Eu acho que Deus seria um Deus egoísta se Ele desse todo o sentimento a uma raça. Ele deixa a chuva cair sobre as flores vermelhas, as flores verdes, as flores azuis; o bem, o mal, sem raças, então Ele deixa Suas bênçãos caírem em todas as raças. Então eu acho que existem tipos de sentimentos, como existem diferentes tipos de carros. Mas eles são todos carros. Você sabe, eu acho que, quando um cara branco canta, se ele tem sentimento, isso não significa que ele teve que copiar nenhum negro para obtê-lo. Eu acredito que se ele sente, quando alguém canta do coração e atinge outro coração, isso é sentimento”

“Bob Dylan é meu irmão, eu o amo, assim como Bobby Darin é meu bebê. Eu sinto que Bob Dylan é meu irmão de sangue. Eu acredito que se eu não tivesse um lugar para ficar, Bob Dylan me compraria uma casa. Ele sentou-se na minha cama e ficou lá por horas”

“Deus nos deu o talento, mas foi o homem quem criou o rock n' roll

“E eu gostaria de dar meu amor a todos, e deixá-los saber que a grama pode parecer mais verde do outro lado, mas acredite em mim, ela é tão difícil de aparar”

“Elvis pode ser o rei do rock n’ roll, mas eu sou a rainha”

“Eu acho que as pessoas que não acreditam em Deus são loucas. Como você pode dizer que Deus não existe quando você ouve os pássaros cantando essas lindas canções que você não fez?”

“Eu acho que meu legado deveria ser que quando eu comecei no show business, não existia nada como rock n' roll. Quando eu comecei com ‘Tutti Frutti’, foi quando o rock realmente começou a agitar”

“Eu agradeço a Deus por me fazer um homem”

“Eu chamo a minha música de ‘a música de cura’... Ela faz com que os cegos sintam que eles podem ver, os mancos sentem que podem andar, os surdos e mudos que podem ouvir e falar”

“Eu era realmente meio tímido quando criança. Mas eu fazia coisas pra chamar a atenção”

“Eu fiz o que senti e senti o que fiz a todo custo”

“Eu gosto de ser escolhido como um dos 100 melhores artistas, mas quem é o número um e quem é o número dois não importa mais para mim, porque não vai ser quem eu acho que deveria ser. Os Rolling Stones começaram comigo, mas eles sempre estarão na minha frente. Os Beatles começaram comigo - no Star Club em Hamburgo, na Alemanha, antes mesmo de fazerem um álbum -, mas eles sempre estarão na minha frente. James Brown, Jimi Hendrix - essas pessoas começaram comigo, eu os alimentei, conversei com eles e eles sempre estarão na minha frente”

“Eu não acho que uma mulher deva agir como homem para mostrar que é forte”

“Eu não acho que você tenha que ser afeminado para ser sensível”

“Eu não dou crédito ao Diabo por não criar nada”

“Eu nunca aceitei a ideia de ter que ser guiado por algum padrão ou modelo”

“Eu nunca recebi dinheiro da maioria dessas gravações, e eu fiz esses discos. No estúdio, eles me davam um monte de palavras, e eu inventava uma música, o ritmo e tudo mais. ‘Good Golly Miss Molly’! E eu não consegui um centavo por isso”

“Eu só quero que o mundo saiba que Deus está presente, que ele está vivo para sempre”

“Eu só usava maquiagem quando ia ao palco”

“Eu sou um cantor de rock n' roll; esse é o meu sustento, minha ocupação”

“Eu tento ser um guia para as pessoas, para tornar suas trevas brilhantes e iluminar o caminho, e nunca para condenar ou controlar ou criticar”

“Eu usava roupas extravagantes e cabelos compridos, e a maioria dos cantores na época não usava”

“Eu vim de uma família onde o meu povo não gostava de rhyhm and blues. Bing Crosby, Pennies from Heaven, Ella Fitzgerald, era tudo que eu ouvia”

“Jesus ama os gays. Ele morreu por eles também”

“Minha mãe morreu e eu não aguentava mais olhar para o quarto dela. Eu ficava doente. Eu sempre fui um garotinho da mamãe”

“Muitas músicas eu cantei pra plateia pra ver sua reação. É assim que eu sabia que elas virariam sucesso”

“Muitas pessoas me chamam de arquiteto do rock n’ roll. Eu não me chamo assim, mas acredito que é verdade”

“O blues teve um filho e deu a ele o nome de rock n’ roll. Sou um dos pais da criança e não posso me afastar dela. Sempre vai existir lugar para o autêntico rock n’ roll

“O Homem é tão ganancioso nos dias de hoje que venderia qualquer coisa por dinheiro”

“O ritmo dele é o único que eu posso cantar em minhas músicas” (sobre Chuck Berry)

“Olho para trás em minha vida, saindo de Macon, Geórgia. Nunca pensei que seria um superstar, uma lenda viva”

“Os gays são as pessoas mais doces, gentis, artísticas, mais calorosas e mais inteligentes do mundo. E desde o início dos tempos, tudo o que eles já foram é desprezado”

“Os negros viviam perto dos trilhos da ferrovia e o trem sacudia suas casas à noite. Eu ouvia isso quando era menino e pensava: vou fazer uma música que soe assim”

“Quando eu subia no palco para fazer um show, eu colocava maquiagem porque eu sentia que isso melhorava o meu ato, chamava a atenção para o que eu estava fazendo”

“Todos os blueseiros usam ‘little’ no nome” (sobre o motivo de se chamar Little Richard)




sexta-feira, 6 de julho de 2018

O COMETA DO ROCK



Apesar do surgimento do rock ser um pouco obscuro, se sabe com certeza quem foi o primeiro grande roqueiro. O estilo já existia pontualmente nos EUA ainda se confundindo com o rhythm and blues e o boogie woogie de outros cantores e grupos, acrescentando-se uma pitadinha de gospel e country o estilo começou a ficar irresistível. O primeiro cara a sacar que era uma boa ideia juntar essas músicas que apareciam pontualmente no trabalho de outros cantores foi Willian John Clifton Haley, mas que entrou para a história pelo seu apelido…


Bill Haley nasceu em Highland Park no estado de Michigan em 6 de julho de 1925 mas cresceu na Pensilvânia. Filho de um mandolinista e de uma pianista clássica e cego do olho esquerdo, começou ainda jovem a tocar guitarra e cantar yodels em várias bandas, mas se dedicou principalmente ao estilo country formando um grupo chamado Down Homers em 1946, mas pouco tempo depois ele começou uma modesta carreira solo como cantor e DJ country itinerante. Lançou alguns discos compactos mas nada do sucesso chegar.


As coisas começaram a mudar quando ele decidiu formar um novo grupo chamado The Saddlemen em 1951 tocando o estilo que o DJ e radialista Alan Freed acabara de chamar de rock and roll e que começava a ficar popular. As duas primeiras músicas foram Rocket 88 de Ike Turner e Rock the joint de James Bracken (naquela época os discos tinham uma música de cada lado).

O DJ Alan Freed

Começamos como um grupo de country-western. Decidimos tentar um novo estilo, usando principalmente instrumentos de corda para obter com eles o mesmo efeito dos metais e dos saxofones. Era uma coisa nova e diferente e, embora ninguém soubesse, já tocávamos rock n’ roll”

Bill Haley (1975)

Com o relativo sucesso deste compacto Bill resolve, no ano seguinte, mudar o nome da banda para Bill Haley & His Comets, aproveitando a semelhança de seu sobrenome com o do astrônomo Edmond Halley, descobridor do famoso cometa de Halley, criando um efeito mais impactante para o público. Sua primeira composição a entrar nas paradas de sucesso foi Crazy man crazy em 1952.


Em 1954 Bill gravou uma versão da música Shake, rattle and roll de Big Joe Turner vendendo milhões de cópias nos EUA, mas o sucesso mundial veio com a música Rock around the clock composta por Max Freedman e Jimmy De Knight em 1952, porém Bill só a gravou em 1954 como lado B do compacto e ela não obteve sucesso. Porém ouve uma reviravolta no ano seguinte com o lançamento do filme Blackboard Jungle (Sementes da violência), Rock around the clock era a música de abertura e o público simplesmente enlouqueceu com a música e o disco passou a vender milhões.


A música ficou no topo das paradas da Billboard por oito semanas, sendo o primeiro rock a chegar ao topo e ficando conhecida no mundo todo e sendo regravada em vários países (no Brasil a primeira foi Nora Ney).


Um outro grande sucesso de Bill Haley foi See you later alligator de Bobby Charles, que Bill gravou em 1956 popularizando essa expressão na língua inglesa até os dias de hoje (Te vejo depois jacaré). Neste mesmo ano foi feito um filme musical também intitulado Rock around the clock com Bill e vários outros artistas famosos na época.


Bill Haley continuou gravando e se apresentando nas décadas seguintes mas acabou sendo ofuscado ainda na década de cinquenta por um roqueiro com uma voz mais marcante, uma melhor aparência e um jeito mais rock de dançar enquanto cantava. Não dava pra competir com Elvis Presley, o Rei do Rock, que não morreu (leia sobre esta lenda >AQUI<), porém sem o trabalho de Bill na divulgação do rock n’ roll é mais provável que Elvis tivesse se tornado o Rei do Country, que estava mais em moda entre o público branco no começo da década.


Ele se casou três vezes, em 1946, 1952 e em 1963. Teve dez filhos e três se dedicaram à música, sendo seu segundo mais velho o que mais se destacou, conhecido como Bill Haley Jr. montou uma banda chamada Bill Haley and the Satellites com algum sucesso e um projeto em tributo ao pai chamado Bill Haley Jr. and the Comets, tocando os sucessos antigos.

Sua fama diminuiu mas ele nunca chegou a ser esquecido, era aclamado e atraia público onde se apresentava em qualquer parte do mundo. Esteve no Brasil em 1958 no auge da fama e em 1975 ainda atraindo público. Sua última turnê foi na África do Sul em 1980, após a qual ele faria outra na Alemanha, porém foi divulgado que ele havia sido diagnosticado com um tumor cerebral, de modo que esta última foi cancelada. No ano seguinte (9 de fevereiro) ele acabou morrendo em sua casa no Texas aos 55 anos de idade e seu corpo foi cremado.

Bill Haley em 1979

Na época se acreditou que ele havia morrido por causa do pretenso tumor, mas seu melhor amigo, sua mulher e sua filha mais nova, que ainda morava com ele, descrevem os últimos momentos de Bill Haley de maneira mais triste. Ele sofreu por muitos anos de alcoolismo e no último ano sua saúde estava completamente comprometida, principalmente sua sanidade mental. Já não reconhecia as pessoas direito, ficava enclausurado em um quarto, fazia ligações telefônicas para conhecidos falando coisas sem sentido, comia pouco e mesmo não bebendo apresentava comportamento de embriaguez. Chegou a ser hospitalizado e diagnosticado com um problema de alta produção de adrenalina no cérebro para o qual foi receitado um medicamento. Logo que chegou em casa tomou o remédio e teve uma melhora, porém começou a piorar até o momento de sua morte. Hoje acredita-se que tenha tido um derrame.

A certidão de óbito de Haley listou:

Causa imediata: Causas naturais: ataque cardíaco mais provável
Devido a: ____________________________________________
Como consequência de: ________________________________

Ainda em 1980 Bill se dedicava a uma autobiografia que não chegou a ser terminada e nunca foi publicada. Em 1982 foi lançada um biografia escrita por John Swenson (Bill Haley: The daddy of rock and roll). Em 1990 o filho mais velho de Bill, John W. Haley, lançou uma biografia falando mais sobre o começo e auge da carreira do pai (Sound and glory). Em 2005 foi lançado um livro falando sobre os maiores sucessos de Bill Haley (Rock around the clock: The record that started rock revolucion) escrito por Jim Dowson. Em 2016 foi lançada outra biografia (Bill Haley the father of rock n’ roll – The rise of Bill Haley and rock n’ roll) escrita por Otto Fuchs.


Em 1982 a música Rock around the clock foi incluída no Grammy Hall of Fame. Em 1987 Bill foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame e em 2017 no Rhythm an Blues Hall of Fame.


Talvez a maior homenagem para o cometa do rock tenha vindo em 2006, a União Astronômica Internacional eternizou o pai do rock n’ roll batizando um asteroide com o nome Bill Haley.





sábado, 19 de maio de 2018

HISTÓRIAS DE AMOR – RICHIE VALENZ E DONNA LUDWIG


“Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? 

E quem irá dizer que não existe razão?” 



Muitos músicos são idolatrados, mas até eles – ou principalmente eles – têm seus corações roubados por alguém e aí surgem os casais famosos na música. 






Ritchie Valens e Donna 

Ritchie Valens (Ricardo Esteban Valenzuela Reyes) nasceu em Pacoima, na Califórnia, costa oeste dos EUA em 13 de maio de 1941 e morreu em Clear Lake, em Iowa no dia 3 de fevereiro de 1959. De origem hispânica teve uma infância e adolescência complicada até que com 16 anos montou uma banda chamada Satellites para se dedicar ao estilo musical que acabava de surgir, o rock n’ roll. Foi rapidamente descoberto por um produtor e já no ano seguinte estourou com a música Come on let’s go. No ano seguinte gravou outro sucesso, a balada Donna e no mesmo single a mundialmente famosa La Bamba


Donna Ludwig nasceu em San Fernando na California em 30 de novembro de 1941. Em 1957 conheceu Ritchie Valens que a eternizou em uma música, posteriormente se casou e passou a se chamar Donna Fox-Coots.


Ritchie e Donna se conheceram em uma festa em um clube automobilístico em San Fernando Valley, não há muitos detalhes sobre o relacionamento deles, mas estudavam no mesmo colégio e Valens ainda não era famoso nesta época, começaram o namoro em segredo da família dela, o pai de Donna não aprovava a ligação de sua filha de apenas 15 anos com o jovem de origem latina. Na festa Ritchie cantou para Donna a canção We belong together de Robert & Johnny, e esta passou a ser a canção dos dois. 

“É claro que eu não disse nada a meu pai, mas desejava ir para onde ele estivesse de qualquer maneira” 
Donna 

Eles gostavam da andar de braços dados na chuva e se encontravam entre as aulas nos corredores da escola. Ela diz que ele beijava muito bem, mas nunca passaram disso: 

“Até onde eu sei, Ritchie morreu virgem” 
Donna 

Tempos depois Ritchie foi contratado por uma gravadora e começou a ter alguma fama, sua primeira música de sucesso foi Come on let’s go, mas este seria só o começo.

Donna no quarto de Ritchie com as guitarras dele

Em 1958 ele escreveu uma canção para a namorada e lhe falou sobre isto em uma ligação telefônica (ou teria cantado para ela), porém não lhe disse que pretendia gravá-la. Algum tempo depois Donna foi surpreendida: 

“O DJ disse - ‘Ritchie Valens novo hit’ - e ele começou - ‘Oh Donna...’ - e todo mundo no carro (eu estava com seis meninas amigas minhas no carro, pelo menos, ou cinco, e todas elas) começaram a gritar para mim. Era realmente algo único ouvir a música pela primeira vez. Continuei dizendo a todas para ficarem quietas” 
Donna 

A música do lado B do mesmo disco (naquela época lançavam um disco com uma música de cada lado) alcançou sucesso nacional alavancando a carreira de Ritchie Valens rapidamente, La Bamba é conhecida até hoje como uma das grandes músicas da história do rock n’ roll

Donna e Ritchie ao centro

Com a escalada de sucesso o cantor começou a ter muitos shows para fazer (chegou a ir para o Havaí, apesar de seu medo de voar), o que fez com que ele passasse bastante tempo na estrada, os dois combinaram de dar um tempo e conhecer outras pessoas, mas apesar disso ele continuava a ligar regularmente para Donna e Ritchie dava sinais de que a relação entre eles seria duradoura, mas cinco meses depois de a música tocar no rádio uma grande tragédia acabou com o sonho de Donna, Ritchie e milhares de fãs. Neste mesmo ano (1959) Valens e outros dois grandes nomes do rock morreram durante uma turnê em um desastre de avião que acabou sendo chamado de “O dia em que a música morreu” leia sobre isto >AQUI<. Ele tinha apenas 17 anos. 

Uma amiga ouviu a notícia no rádio e avisou Donna: 

“Foi mais ou menos como alguém me socar a cabeça. Eu estava com apenas 16 anos. Nunca tinha experimentado a morte antes em toda a minha vida” 
Donna 

Donna nunca perdoou o pai e saiu de casa aos 18 anos, se casou com um músico aos 19, mas se separou no ano seguinte, teve vários empregos e se casou mais duas vezes, passando a se chamar Donna Fox-Coots. Teve duas filhas. Mas como era de se esperar, aquele curto namoro com um dos grandes fundadores do rock n’ roll, marcou sua vida permanentemente. Sempre será a “namorada de Ritchie Valens” e ela continuou convivendo com a família Valenzuela (sobrenome de batismo de Ritchie).
Donna em 2008
Foto comemorativa dos 50 anos de lançamento do disco

“Eles sempre me trataram como um deles” 
Donna 

“Deus, foi há muito tempo! Por muito tempo quando eu era jovem, costumava ter sonhos sobre isto. Uma vez sonhei que Ritchie veio e se sentou ao pé da minha cama. Ele disse - ‘Tudo está bem’ - Eu nem sequer entraria em um avião até os 27 anos de idade” 
Donna 


Há um filme sobre a história de Ritchie Valens que conta um pouco dessa história, você pode ver mais detalhes dele >AQUI<. 

No vídeo a canção de amor que Ritchie compôs para Donna.




quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

VERBORRAGIAS - MÚSICA E FRASES DE ELVIS PRESLEY

Sabe aquelas frases polêmicas, engraçadas, geniais ou até mesmo estúpidas ditas por celebridades da música?

ELVIS PRESLEY
(O Rei do Rock)


"Agora compreendo algo sobre mim mesmo. Tenho a força do céu e do inferno em mim. Preciso aprender a equilibrá-las por que são perigosas. Tenho que saber me controlar.”

“A ambição é um sonho com um motor V8”

“A imagem, o mito, é uma coisa, o homem é outra. É muito difícil viver no dia a dia essa imagem, esse mito”

“A música deve ser algo que faz com que você se mexa, por dentro ou por fora”

“A música nunca pode ser má, digam o que disserem do rock ‘n roll”

“A primeira vez que subi no palco estava assustadíssimo. Não sabia o motivo da gritaria, não me dava conta de que era pelos meus movimentos”

“A única coisa boa em ter dinheiro é que você não precisa se preocupar com ele. Se eu gastar tudo hoje amanhã eu ganho mais. Isso não importa. O que importa são as pessoas que temos a nossa volta”

“A única vez em que me meti em problemas foi quando roubei ovos, quando era menino. Acho que sei diferenciar o certo do errado”

“A verdade é como o sol. Pode se esconder durante algum tempo, mas não desaparece”

“Acho que o único problema é que as pessoas não me compreendem”

“Acreditar em Deus é mais importante do que ir à igreja”

“Antes que você me acuse, critique ou explore, ande uma milha nos meus sapatos”

“Apenas porque consegui fazer algo que parece importante, não quero que ninguém pense que tenho um grande cérebro”

“Apenas sou um cara que procura respostas”

“As pessoas acham que estou sozinho. Eu amo minha vida. Não desistiria dela por nada nem ninguém. Eu a consegui. É o que sempre quis”

“As pessoas pensam que você é louco se você falar sobre coisas que elas não entendem”

“Cara, tudo o que eu fazia era natural. Acho que se você tem uma mente suja, vê sujeira nos outros”

“Coincidência é coisa que não existe. Há significado para tudo. Sempre soube que existe uma vida espiritual mas não da forma como as igrejas impõem, causando medo”

“Como é que pode várias pessoas batizarem seus filhos de Elvis? Deve ter existido um Elvis e uma razão para este nome”

“Desde pequeno eu sabia que iria me acontecer alguma coisa. Só não sabia o quê”

“Deve haver alguma coisa em comum entre medicamentos e meditação, eles têm o mesmo efeito”

“É preciso rebolar para atrair uma multidão. Se eu só ficasse lá parado, cantando, sem me mexer, as pessoas diriam: - ‘Eu poderia ficar em casa ouvindo os discos dele’ – É preciso montar um show para as pessoas”

“Em público gosto de roupa bem conservadora, alguma coisa que não seja espalhafatosa, mas no palco gosto da roupa mais espalhafatosa que puder”

“Eu aprendi o quão importante é entreter as pessoas e dar-lhes uma razão para voltarem aos meus espetáculos”

“Eu detesto desapontar qualquer pessoa que queira um autógrafo”

“Eu era apenas uma criança muito protegida e mimada por ser filho único”

“Eu era incompreendido até mesmo quando ainda era um menino em Tupelo”

“Eu fiz bons filmes nos anos 50. Sei que posso ser um bom ator, tudo o que eles têm que fazer é me dar uma chance”

“Eu não diria que garotas são um hobby meu... são um passatempo”

“Eu não penso que sou mal para as pessoas. Se realmente pensasse que sou, voltaria a dirigir um caminhão e estou falando sério”

“Eu não quero acabar com o trabalho de ninguém, repórteres têm que escrever algo e se eles não têm nada real para escrever eles inventam”

“Eu não sou rei. Cristo é o rei. Eu sou apenas um cantor”

“Eu tento sempre estar um passo mais à frente. Você tem que estar sempre muito atento neste mundo. É muito fácil te passarem a perna”

“Faça alguma coisa que valha a pena lembrar”

“Fofocas são apenas palavras pequenas vindas de mentes pequenas”

“Gosto de costeletas de porco e presunto da roça, batatas em creme, coisas assim. Gosto de molho caipira, que é feito de presunto, bacon, coisas assim. É a gordura na qual você frita as coisas. Como muita gelatina de frutas”

“Julgar um homem por seu elo mais fraco ou por uma ação é como julgar o poder do oceano por uma onda”

“Meus pais sacrificaram toda a vida por mim. Nunca vou esquecer isso. Minha mãe era tão boa. E à noite, quando fecho os olhos, posso sentir a presença dela. E quando volto pra casa, Graceland, sei que ela está lá. Posso sentir” (Graceland é a mansão que Elvis comprou para sua mãe)

“Minhas canções são uma forma de acariciar as pessoas com a minha voz”

“Muitas pessoas me perguntam onde adquiri meu estilo de cantar. Bem, eu não copiei meu estilo de ninguém”

“Não critique o que não entende filho, pois você nunca esteve na pele do outro”

“Não gosto de ser chamado de ‘Elvis the Pelvis’. É uma das expressões mais infantis que já ouvi vinda da boca de um adulto, mas se quiserem me chamar assim não posso fazer nada, sou obrigado a aceitar”

“Não se apaixone por mim garota, porque eu vou magoar você”

“Não se curve ao primeiro fracasso, nem ao primeiro comentário que fizerem, porque mais que derrubarem um sonho, derrubarão a ti mesmo”

“Não sei uma nota de música. Nem preciso”

“Nunca esperei ser alguém importante. Talvez não seja, mas o que quer que eu seja, o que quer que eu faça, será o que Deus escolheu pra mim. Sinto que Ele observa cada passo meu”

“O dinheiro existe para ser espalhado, quanto mais felicidade ajudar a criar, mais valor tem”

“O que eu gosto do sucesso é saber que tenho tantos amigos. Um monte de amigos íntimos mesmo, que conheci desde que entrei para o show business”

“O ritmo é algo que se tem ou não, mas quando se tem, se tem todo”

“O Senhor pode dar e o Senhor pode tirar. Eu poderei estar pastoreando ovelhas no ano que vem”

“Observo e ouço a plateia, e sei que tanto eles quanto eu estamos pondo alguma coisa para fora, nenhum de nós sabe o que é. O importante é que estamos nos livrando disso, sem ninguém se machucar”

“Os animais não odeiam e se supõe que somos melhores que eles”

“Os olhos das pessoas dizem mais do que suas palavras”

“Os valores são como as impressões digitais, você os deixa em cima de tudo o que você faz”

“Quando as coisas vão mal, não vá com elas”

“Quando comecei a cantar, eu pesava 70 quilos. Hoje peso 84. Não fiquei mais alto, mas estou ganhando um pouco de peso. A única malhação que faço é no palco. Se não fosse por isso eu ficaria meio barrigudo de tanto que como”

“Quando não se está apaixonado não se está vivo”

“Receita da vida feliz: - Algo para fazer – Alguém para amar – Esperança no futuro”

“Se não se pode sonhar, o que é que se tem para se tornar verdade?”

“Se você odeia outro ser humano por causa de sua raça, está odiando parte de você mesmo”

“Sempre soube que deveria haver um propósito em minha vida. Senti sempre alguém me guiando. Quero dizer, deve haver uma razão. Por que eu fui escolhido? Entre milhares de pessoas, por que eu? Por que eu fui escolhido para ser Elvis Presley? Tem que ter uma razão”

“Ser feliz é o maior afrodisíaco que existe. Você só passa por esta vida uma vez. Não vai ter bis”

“Seus dentes são lindos, querida. Por que não mandou obturar também o cérebro?” (Falando para uma tiete)

“Senhor Presidente, você tem um show para fazer e eu também” (conversa entre Elvis e Richard Nixon)

“Talvez algum dia eu tenha minha própria casa e família e não vou fugir disso”

“Tenho receio de intelectuais. Eles trazem consigo desentendimentos, inveja e ciúmes”

“Tudo o que os jovens precisam é de esperança e do sentimento de que pertencem a algo. Se eu pudesse fazer ou dizer alguma coisa que desse a eles esse sentimento, eu acreditaria ter contribuído em algo para o mundo”


“Você começa a ficar um pouco mais velho, aprende um pouco mais, você vê as coisas diferente. Você vê as pessoas um pouco diferente”



quinta-feira, 20 de junho de 2013

O DIA EM QUE A MÚSICA MORREU


O último ano da década de 50 estava começando, a década do rock n’ roll, uma época em que os inventores do rock já eram grandes e tinham aberto caminho para o surgimento de novos talentos, mas os grandes estavam sendo sacudidos pela própria fama.

Elvis Presley tinha se alistado para a guerra numa tentativa de melhorar sua imagem, ele era muito rejeitado pela sociedade puritana daquela época. 

Chuck Berry estava sendo processado por levar uma garota menor de idade para fora de seu estado sem autorização. 

Jerry Lee Lewis estava sendo boicotado pois seu casamento com uma prima de 13 anos tinha sido descoberto. 

Little Richard se tornou pregador e não queria mais envolvimento com as farras e a vida desregrada que levara até então.

O espaço estava surgindo para aqueles que eram admiradores e agora já se tornavam discípulos e logo também mestres. Surgiam nomes que se tornariam parte da história do rock alguns anos depois como The Who, Bob Dylan, The Byrds, The Doors, The Beatles e The Rolling Stones, mas em 1959 os nomes que estavam surgindo tinham que se virar do avesso para chegar ao sucesso. Alguns dos que já tinham hits tocando nas rádios estavam na turnê “The Winter Dance Party” que faria um show a cada dia em 24 cidades (23/01 a 15/02) no centro-oeste dos EUA, todos enfurnados dentro de um ônibus, em pleno inverno, sem nenhum dia de intervalo, viajando quase sempre com tempo suficiente só para cumprir os contratos.

Cartaz promocional da Winter Dance Party

Os três mais famosos eram The Big Bopper que tinha Chantilly Lace como seu maior sucesso, também Buddy Holly que foi o mais influente musicalmente, e por último o mais novo, Ritchie Valens que abriu as portas do rock para os músicos latinos.

The Big Bopper - Buddy Holly - Ritchie Valens

Com as condições precárias da turnê o ônibus que transportava os músicos não aguentou o uso excessivo e logo no início estragou o sistema de aquecimento. Não era só uma questão de conforto, alguns começaram a ficar doentes. O baterista de Buddy Holly, Carl Bunch, foi internado com congelamento nos pés, o que aumentou o desgaste, pois Holly e Valens tiveram que assumir o lugar dele e Big Bopper acabou contraindo uma gripe. Buddy Holly também reclamava que não tinha mais roupas limpas e que precisava levá-las a uma lavanderia.

A confusa rota da turnê

O décimo primeiro dia de turnê era pra ser um dia de folga mas os produtores conseguiram o The Surf Ballroomna cidade de Clear Lake, Iowa, completando todos os dias da turnê. Foi então que Holly teve a iniciativa de pedir a Carrol Anderson, o gerente da casa, para procurar e contratar uma viagem fretada de avião para a próxima cidade, Moorhead, no estado de Minesota. Na cidade vizinha de Mason City ele contratou a viagem com a empresa Dwyer Flying Service que cedeu o piloto novato Roger Peterson de 21 anos e um avião modelo Beechcraft Bonanza B35 com capacidade para três passageiros, fabricado 13 anos antes. O preço da viagem era de $36,00 por pessoa. O vocalista da banda Dion and the Belmonts, Dion DiMucci, teria um lugar no vôo mas recusou alegando que 36 dólares era o que seus pais pagavam por um mês de aluguel, então Holly ofereceu os dois lugares restantes para os integrantes de sua banda – Waylon Jennings e Tommy Allsup – quando o engripado Big Bopper soube do avião pediu que Jennings cedesse seu lugar e ele aceitou. Ritchie Valens também quis um lugar para escapar do frio e também porquê nunca tinha voado, mas Allsup só aceitou ceder o lugar se Valens o vencesse no cara ou coroa. Quem testemunhou a cena foi o radialista Bob Hale da KRIB-AM que jogou a moeda um pouco antes dos músicos se dirigirem ao aeroporto – Valens pediu “cara” e ganhou o jogo mas viria a perder tudo. Quando Buddy Holly viu que Jennings não iria junto brincou com ele dizendo – “Bom, espero que esse seu ônibus velho conjele”:

E Jennings retrucou – “E eu espero que seu avião velho caia”:

Essa brincadeira deve ter causado um remorso terrível em Jennings.

O avião que decolou com os músicos era deste modelo

Já era madrugada de 3 de fevereiro de 1959, uma terça-feira, quando o Beechcraft 1947 decolou às 00:55. A bordo o piloto Roger Peterson e os roqueiros Buddy Holly, The Big Bopper e Ritchie Valens. O dono da aeronave, Hubert Dwyer, estava no local observando e viu a decolagem e a luz de cauda descer e sumir vagarosamente, ficou preocupado e foi até a torre. O combinado era que o piloto passasse o plano de vôo por rádio para a torre logo após decolar, mas isto não aconteceu, então tentaram contato, em vão. Duas horas e meia depois o aeroporto Hector na cidade destino de Fargo no estado de Dacota do Norte há 643 Km de distância – provavelmente a cidade do próximo show (Moorhead) não tinha aeroporto – informou não ter qualquer sinal do avião, então Dwyer informou as autoridades sobre seu desaparecimento.

Somente às 9:15 da manhã o próprio Dwyer conseguiu decolar e seguir a rota planejada por Peterson e acabou localizando os destroços em uma plantação de milho há 8 Km do aeroporto. Os peritos verificaram que o avião atingiu o solo a 270 km/h em um ângulo levemente descendente e inclinado para a direita capotando e derrapando por mais 170 metros e parando em uma cerca de arame farpado. Todos tiveram morte instantânea. O piloto estava dentro da cabine, Holly e Valens estavam próximos dos escombros e Bopper foi arremessado além da cerca. O último a falar com os roqueiros foi o gerente do Surf Ballroom que os levou até o aeroporto na cidade vizinha e também foi o primeiro a identificar os corpos.

O acidente

O inquérito concluiu que embora o avião estivesse em perfeito estado e o clima não impedisse o vôo, não houve um alerta sobre as condições climáticas naquele momento, que obrigavam o voo por instrumentos e que o piloto não tinha habilitação para este tipo de voo, também havia um novo tipo de indicador de altitude instalado no avião que o piloto não conhecia o que pode ter feito que ele acreditasse estar subindo quando na verdade estava descendo e daí o rock acabou ganhando seus primeiros mártires, três de uma só vez.

Uma das últimas fotos com os três juntos

The Big Bopper

Big Bopper tinha 28 anos e foi o primeiro a gravar um vídeo de rock em 1958 de sua música Chantilly Lace, coisa vital para um artista hoje em dia.

Buddy Holly

Buddy Holly tinha 22 anos e além de seus três maiores sucessos – That’ll Be the Day, Peggy Sue e Maybe Baby – influenciou o nome de uma das maiores bandas de rock, The Beatles (Os Besouros) foi uma alusão a The Crickets (Os Grilos) a banda de Holly.

Ritchie Valens

Ritchie Valens tinha 17 anos e dois grandes sucessos – Come On, Let’s Go e a balada Donna até que resolveu gravar uma música tradicional mexicana no estilo rock n’ roll que estourou nas paradas apenas três meses antes de sua morte, a música é La Bamba que também influenciou a música Twist and Shout dos Topnotes e que ficou famosa com os Beatles.

A casa de shows Surf Ballroom está lá até hoje, do mesmo jeito que em 1959 e muitos passam por lá a caminho da fazenda onde existe um marco no local da tragédia junto aos restos enferrujados da cerca onde o avião parou.

The Surf  Ballroom atualmente

Há um livro contando a história:
Como Eles Morreram, de Tod Benoit, da editora Record.


Há um filme sobre a vida de Ritchie Valens onde aparece este momento - tem um post sobre isto aqui no blog - La Bamba.

Em 1971 o músico Don McLean gravou a música Americam Pie onde dizia que aquele foi “o dia em que a música morreu” e a partir daí é assim que a tragédia é lembrada, posteriormente Madonna também gravou uma versão desta música, – alguns se referem a esse dia como “o dia em que o rock morreu”, talvez tenha sido Raul Seixas o primeiro a dizer isso – mas aquela plantação de milho congelada e aquelas asas de metal retorcido incendiaram a Fênix do rock n’ roll, que se levantou para mudar tudo o que surgiu a partir daí na música ocidental, e depois para o resto do mundo.

No vídeo Don McLean canta American Pie.



No vídeo Big Bopper


No vídeo La Bamba de Ritchie Valens


No vídeo Buddy Holly