Uma história bastante controversa é a respeito dos rumores sobre um envolvimento amoroso entre os cantores Mick Jagger e David Bowie que teria começado em 1973, quando o já famoso vocalista dos Rolling Stones casado com a modelo Jerry Hall, ficou fascinado pelo novo artista da moda. Jagger convidou Bowie e sua esposa Mary Angela Barnett (mais conhecida como Angie) para assistirem um show dos Stones com tudo pago (entradas, hotel e champanhe).
Mick Jagger e Jerry Hall
Mas não parou por aí. Jagger e Bowie eram vistos constantemente juntos em eventos públicos, como a luta de boxe entre Muhammad Ali e Ken Norton (provavelmente a revanche em 10 de setembro de 1973), um show de Diana Ross (talvez o concerto no The Royal Albert Hall em Londres em 1973), saindo da discoteca Tramp em Londres ou sentados em um sofá de hotel, em todas estas vezes sem suas respectivas esposas.
Angie e David Bowie
Bowie e Angie não tinham problemas em admitir que eram muito abertos em seu relacionamento, ambos eram bissexuais e até compartilhavam namorados entre si, mas Jagger nunca comentou publicamente sobre suas tendências sexuais embora seus muitos casos com mulheres sejam conhecidos.
Há duas biografias que falam sobre esse rumoroso caso entre os cantores. Uma da própria Angie que foi casada com Bowie entre 1970 e 1980 e que em seu livro Backstage Passes (Acessos para os bastidores), escrito em 1993, relata ter viajado por alguns dias e quando voltou para sua casa em Oakley Street foi para a cozinha fazer chá. Sua empregada que havia chegado antes lhe avisou que havia alguém mais no quarto, então subiu as escadas e quando abriu a porta para ver quem era encontrou Mick Jagger e David Bowie sem roupas juntos na cama. Jagger permaneceu calado e Bowie apenas lhe perguntou – “Oh, olá, como você está?” Ela respondeu – “Estou bem!” e ofereceu chá aos dois. Ela deixa claro que não viu nada mais que isto, mas que teve certeza que após uma noitada de bebedeiras e drogas eles tinham feito sexo um com o outro, o que a deixou um pouco triste.
“Apesar de meus olhos não terem comprovado, eu senti no coração... Está na cara que eles tinham transado. Nunca considerei a possibilidade contrária.”
Angie Bowie
Ela ainda brincou que – “Eles estavam escrevendo Angie quando foram apanhados juntos na cama.” Se referindo a canção dos Rolling Stones intitulada Angie que trata de uma história de amor que não deu certo.
Outra biografia não autorizada também trata desse assunto. Em Mick: The wild life and mad genius of Jagger (Mick: A vida selvagem e o gênio maluco de Jagger), o autor Christopher Andersen relembra a narrativa de Angie Bowie e traz mais algumas afirmações, como que Bowie teria levado Jagger a ver filmes gays, e também o depoimento da cantora Ava Cherry que teria dividido a cama com os dois e que os teria visto fazendo sexo, e mais que isto, teriam uma relação afetiva, praticamente vivendo juntos por vários meses.
Segundo Lee Black Childers, ex vice presidente da MainMan, empresa que administrou a carreira de Bowie – “Mick olhava para David e se perguntava se aquela era a onda do futuro?” e ainda – “Mick fazia de tudo para seguir nos holofotes e David era o que de mais quente havia naquele momento.”
Já o companheiro de banda de Jagger ficava incomodado com a obsessão dele:
“O fato é que Mick era dez vezes melhor que Bowie usando apenas camiseta e jeans. Por que querer ser uma outra pessoa quando você é Mick Jagger?”
Keith Richards
Depois de tudo isto fica uma dúvida. Seria a canção Angie uma referência velada ao caso de amor entre Mick Jagger e David Bowie, usando ironicamente o nome da esposa que praticamente os flagrou juntos?
Mais uma das grandes teorias da conspiração do mundo da música surgida a partir de um vídeo postado na internet.
Segundo a teoria a pequena JonBenét Ramsey havia se tornado uma celebridade no mundo das modelos mirins aos seis anos de idade e era chamada de "pequena rainha da beleza". Sua mãe a havia inscrito em diversos concursos de beleza e ela fazia muito sucesso.
Tudo acabou no dia 26 de dezembro de 1996, quando a polícia foi chamada para investigar um bilhete de resgate deixado na casa da família Ramsey, em Boulder, Colorado. A pequena JonBenét havia desaparecido. O bilhete pedia um resgate de cento e dezoito mil dólares, mas ainda no mesmo dia o pai da garota, John Ramsey, teria encontrado seu corpo no porão e apesar das investigações, o crime teria ficado sem solução, acabando por ser esquecido.
Porém a pequena modelo não teria morrido realmente, mas sobrevivido, e tudo não passou de uma grande farsa para preparar um futuro diferente para JonBenét que passaria a se chamar Katheryn Elizabeth Hudson atualmente conhecida mundialmente como Katy Perry.
Os conspiracionistas apontam diversas evidências:
- Kate Perry usa símbolos de renascimento e metamorfose em seus shows, como a borboleta e a fênix. Seriam pistas propositais deixadas para seus fãs;
- Existem muitas semelhanças entre os rostos das duas;
- A quantia exigida pelo resgate era igual a um bônus salarial recebido pelo pai da menina;
- O bilhete foi escrito em três folhas de um bloco que estava na própria casa, mais uma evidência de que não havia ninguém de fora envolvido;
As três folhas do bilhete sobre a escada da casa
- Há muitas semelhanças entre os pais de Kate e do casal Ramsey;
Os pais de JonBenét - Os pais de Katy Perry
- No clipe de Wide Awake as duas versões de Kate se encontram para se libertarem de um labirinto (que representa todas as mentiras inventadas pela família), sendo que a menina não tem reflexo em um espelho e as borboletas também aparecem em momentos bem simbólicos;
- A letra de Wide Awake deixa algumas pistas também:
Sim, eu estava no escuro...
E agora está claro para mim
Que tudo que você vê nem sempre é o que parece...
Até que eu acordei no concreto...
Sim, eu nasci de novo, fora da cova do leão
Eu não tenho que fingir e é tarde demais.
A história acabou agora.
- Em sua autobiografia, Kate Perry - A vida da nova rainha do pop, de 2011, ela mesma cita JonBenét:
“não existe uma JonBenét Ramsey dentro de mim à espera de uma explosão”;
- Em 2017, apresentando o MTV Video Music Awards, foi pedido que Kate respondesse se ela era JonBenét piscando duas vezes para confirmar. Ela começou dizendo que a história não era real, mas durante a resposta ela piscou duas vezes. Veja a pergunta e a resposta aos 36 segundos no vídeo.
Essas são as evidências apresentadas pelos conspiracionistas, mas será que a história se sustenta?
- Primeiramente os símbolos como as borboletas, podem representar melhor as transformações na vida de Kate. Vinda de uma família de religiosos conservadores, filha de um casal de pastores evangélicos, e que se transformou em um símbolo de feminilidade e aceitação das diferenças entre as pessoas;
- As semelhanças no rosto de Katy e a menina são muito genéricas, a região dos olhos realmente é parecida mas os formatos do nariz, da boca e do queixo deixam dúvidas;
- O valor do resgate realmente era igual ao bônus recebido pelo pai de JonBenét, esse fato levantou suspeitas contra a própria família da menina, mas também pode ter sido descoberto por alguém que resolveu se aproveitar da situação e tentar um resgate neste valor;
- O bilhete de resgate foi escrito em três folhas, a mão. O papel era de um bloco usado pela família, então foi escrito no local do crime, e era longo, parecendo feito sem muita pressa. Mais uma evidência suspeita contra a família;
- As semelhanças entre os pais de JonBenét e Katy Perry nem são tão grandes assim, talvez a calvície tenha sido levada muito em conta, nem mesmo a cor dos olhos é igual;
- A música Wide Awake trata de assuntos muito comuns entre os artistas, a transformação, a libertação, a superação e a letra como um todo mostra isso, não trata de morte e renascimento, mas de crescimento pessoal;
- A citação à JonBenét feita por Katy em sua autobiografia realmente existe e foi feita antes do surgimento da teoria da conspiração. Acho mais provável que o texto tenha inspirado o criador da teoria do que tenha sido uma pista deixada por Katy, e se lermos a frase, parece mais uma negação do que uma afirmação de que ela seria a menina morta;
- O vídeo da entrevista onde Katy pisca duas vezes é claramente uma encenação cômica, todas as perguntas e respostas foram planejadas para criar um clima engraçado em torno da cantora;
- Por fim, o corpo da pequena JonBenét Ramsey foi encontrado na adega do porão da casa e periciado pelas autoridades norte americanas. Não resta dúvidas de que ela foi assassinada e morreu pela combinação de traumatismo craniano e asfixia por estrangulamento, com evidências de abuso sexual. Na época do crime Katy tinha 12 anos de idade e existem registros da vida dela e de sua família nesta época, as duas meninas nem eram muito parecidas. Veja fotos de Katy em três momentos diferentes de sua infância.
O vídeo sobre a teoria foi criado por um homem chamado Dave Johnson e postado em seu canal no Youtube em dezembro de 2014, o canal já não existe mais e é difícil achar o tal vídeo pois o conteúdo acaba sendo bloqueado.
O crime chocou o país inteiro e nunca foi resolvido e as investigações abrangeram várias possibilidades:
Os pais da menina se tornaram suspeitos, mas nada se provou contra eles. A mãe, Patsy Ramsey, poderia ter matado a menina por ciúmes após flagrar seu marido molestando a filha, outra suspeita era de que ela teria castigado a menina por ela ter urinado na cama. Após verificar que ela tinha morrido ambos teriam forjado o sequestro, porém nada foi provado. O bilhete achado pela mãe na escada, na manhã do dia 26, era de uma caligrafia diferente dos moradores da casa e as amostras achadas sob as unhas da criança também não pertenciam a ninguém conhecido. Eles chamaram a polícia imediatamente, mas os policiais não acharam nada, foi o próprio pai que encontrou a filha enrolada em um pano dentro da adega, mais tarde.
Casa da família Ramsey no dia do crime
Alguns tentam achar indícios de um ritual satânico na morte de JonBenét, mas nada parece reforçar estas suspeitas. O tal ritual teria sido desenvolvido pelo nazista Josef Menguele, e se chamaria "A última lâmpada da árvore de natal" a ser realizado na véspera de natal, porém a menina ainda estava viva no dia de natal e foi encontrada no dia 26 de dezembro, então o suposto ritual não teria ocorrido de uma maneira "correta".
Outro suspeito foi um homem chamado Bill McReynolds, amigo da família. Segundo o canal CNN, ele teria se fantasiado de Papai Noel na véspera de natal e dado um bilhete para a menina onde estaria escrito:
"Você receberá um presente especial depois do natal"
Além disso a mulher de Bill teria escrito uma peça teatral em que uma garota era molestada e morta em um porão. Para completar isso tudo, a filha do casal teria sido sequestrada e morta no mesmo dia que JonBenét, vinte e dois anos antes. Porém o casal cooperou com as investigações cedendo amostras de cabelo, sangue e caligrafia que os retiraram da cena do crime. Bill morreu em 2002.
Uma terceira linha de investigação foi aberta por um investigador particular contratado pela família Ramsey. Ollie Gray levantou fatos sobre um homem chamado Michael Helgoth que possuía um ferro velho nas proximidades. Segundo ele, Michael tinha sapatos com solado semelhante a uma pegada encontrada no porão. Também há o testemunho de um colega de Michael que relatou ao Daily Mail algumas conversas estranhas:
"No final de novembro, Helgoth me disse que ele e um parceiro iriam fazer muito dinheiro e que cada um iria receber cerca de US$ 50 mil ou US$ 60 mil"
Este mesmo colega disse haver uma gravação em posse de um amigo de Michael onde ele confessava o assassinato, mas seu depoimento foi, por algum motivo, ignorado. Ele também relatou:
"Eu nunca vou esquecer que estávamos caminhando em direção a sua casa e ele disse -'Eu me pergunto como seria quebrar um crânio humano'. Fiquei espantado, achei muito estranho ele dizer isso"
De qualquer maneira Michael Helgoth foi encontrado morto logo após a morte de JonBenét. Aparentemente foi suicídio.
O investigador foi categórico:
"Helgoth e seus cúmplices cometeram o crime, não há dúvida"
Apesar de parecer muito improvável que Katy Perry tenha sido uma miss infantil que escapou de um assassinato em 1996, ainda assim existem pessoas que acreditam nas mais absurdas teorias e se você quiser acreditar nessa, pode ter certeza, você não está sozinho.
Conforme já vimos aqui no Lendas na Música, Bob Marley morreu de câncer em 1981 e isso pouca gente contesta, mas então qual o sentido de dizer que ele foi assassinado? Pois bem, o câncer foi o que o matou, porém a origem da doença é que deixa os conspiracionistas desconfiados. A história contada é a seguinte:
No final da década de 1970 a Jamaica estava passando por um momento de grande confusão política, os dois principais partidos que estavam tentando tomar o poder eram o JLP (Jamaica Labor Party) de linha capitalista e o PNP (Peoples National Party) de linha socialista (o que para muitos é o mesmo que comunismo. Não entraremos nesse mérito) e seus líderes se aproximavam dos dois principais países vizinhos nos extremos dessas ideologias.
O líder do JLP (capitalista) era Edward Seaga e tinha amigos em comum com Richard Nixon e Jimmy Carter (ex-presidentes dos EUA) e pretendia uma aproximação da Jamaica com os norte americanos.
Edward Seaga
O líder do PNP (socialista) que estava no poder era Michael Manley e estava alinhado com o governo comunista da ilha de Cuba.
Michael Manley junto de Fidel Castro na Jamaica
Segundo os conspiracionistas tanto Seaga quanto Manley estavam recebendo ajuda financeira e bélica de seus aliados e formando gangues armadas que recebiam treinamento para possíveis conflitos e execuções de rivais, eles eram enviados para os EUA e Cuba e voltavam com treinamento e armas.
A Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA foi encarregada de interferir nas eleições da Jamaica para impedir que o país caribenho se tornasse mais um foco comunista na região, mas um grande problema estava no maior artista do país, Bob Marley, que era casado com uma cubana, não queria tomar partido, se tornando quase que um inimigo de ambos os lados.
“Os políticos são o Diabo”
Bob Marley
Bob ainda resolveu fazer um festival gratuito na capital para conscientizar a população sobre a insanidade daquela guerra política tentando apaziguar o país que estava armado até os dentes. O evento chamado Smile Jamaica (Sorria Jamaica) foi marcado para o dia 5 de dezembro e os dois líderes tentaram oferecer dinheiro para produzir o evento e obter o apoio político de Marley, mas ele recusou prontamente deixando os políticos bastante irritados. Bob foi ameaçado e pediu proteção. Dois policiais foram designados para vigiar a residência de Marley. O problema é que o gerente de Bob, Don Taylor, pode ter aceitado fundos públicos do partido socialista (PNP) e criado uma falsa impressão de aproximação com a campanha de Michael Manley, e com a eleição se aproximando poderia haver uma tendência de a população acreditar que Bob estava do lado do governo, como o cantor era venerado pelos jamaicanos isso pesaria bastante para um dos lados.
Quem resolveu acabar com o problema foi a CIA. Segundo os conspiracionistas, um método tradicional da CIA para eliminar inimigos era através de seus vícios. Muitos artistas teriam suas doses de drogas secretamente super potencializadas e seus remédios e bebidas misturados com drogas letais, fazendo com que as pessoas próximas destes artistas pensassem que a morte fosse causada pelo abuso do vício já conhecido. Porém Bob só era viciado em Maconha e fica difícil alguém fumar o cigarrinho até cair morto, então foi feita uma tentativa drástica de resolver o problema e ao mesmo tempo mandar um recado para os comunistas jamaicanos.
Na noite de 3 de dezembro de 1976 Bob estava em sua casa localizada em Gordon Town Road na cidade de Kingston. Segundo relatos de testemunhas ele estava com os integrantes de sua banda (The Wailers) na cozinha fazendo uma salada de frutas quando sete homens invadiram a casa, dois portando rifles M-16 e um terceiro armado com semi-automáticas a frente deles. Eles chegaram rapidamente atirando indiscriminadamente, sua mulher foi baleada ainda no pátio levando um tiro na parte de trás da cabeça enquanto protegia os filhos, mas o alvo era Bob que levou um tiro no peito e a bala ficou permanentemente alojada em seu braço esquerdo. O empresário Don Taylor se colocou a frente de Bob para tentar protegê-lo e acabou levando cinco tiros e ficando em uma cadeira de rodas para o resto da vida, também um de seus amigos foi baleado. Cerca de 80 tiros foram disparados e incrivelmente ninguém morreu.
Bob Marley and the Wailers
Os policiais designados para proteger a casa misteriosamente não estavam em seus postos e nenhum dos atiradores foi oficialmente identificado, embora muitos soubessem quem eram, pois o atirador principal era bastante conhecido por praticar assassinatos comprados e não estava com o rosto coberto. Ele seria conhecido como Jim Brown, chefe da gangue Shower Posse e guarda costas de Edward Seaga. Este suspeito posteriormente acabou sendo eliminado pela própria CIA dentro de uma prisão. Isto aparece na biografia de Marley, Catch a Fire escrito por Timothy White.
Apesar dos ferimentos Bob conseguiu participar do show dois dias após o atentado, se apresentando por mais de uma hora para mais de oitenta mil pessoas, ainda com os curativos e com sua esposa Rita ao seu lado usando uma camisola do hospital.
“As pessoas que estão tentando destruir o mundo não tiram um dia de folga. Como eu posso tirar, se estou fazendo o bem?”
Bob Marley
Bob Marley no evento Smile Jamaica
Apesar de tudo isso, dois anos depois em outro evento (One love peace concert), ambos os políticos subiram no palco e descaradamente deram as mãos a pedido de Bob que queria mostrar aos jamaicanos que a união era o melhor caminho.
Manley, Bob e Seaga no One love peace concert
Mas o começo da teoria conspiratória se dá exatamente entre estes dois momentos da vida de Bob, entre o atentado e o festival. Logo que saiu do hospital ele se retirou para a parte mais alta da Jamaica, as Blue Montains, querendo se isolar procurando segurança e paz para se preparar para o show, então a CIA percebendo que não conseguiria eliminá-lo imediatamente começa um plano mais discreto e eficiente.
Quem teria sido designado para a missão era o agente Bill Oxley, especializado em assassinados discretos, que confessou tudo em uma entrevista em seu leito de morte em dezembro de 2017 aos 79 anos de idade.
“Não tive nenhum problema em fazer o assassinato de Bob Marley porque eu era patriota, acreditava na CIA, e não questionei a motivação da agência. Eu sempre entendi que, às vezes, os sacrifícios devem ser feitos para o bem maior”
Bill Oxley
Bill Oxley em seu leito de morte
Segundo o próprio Oxley, ele usou credenciais de imprensa para chegar até Bob se apresentando como fotógrafo do New York Times e obtendo credibilidade e a confiança do cantor, conseguindo assim dar um presente para ele:
“Eu lhe dei um par de Converse All Stars. Tamanho 10. Quando ele tentou andar com pé direito gritou ‘OUUUCH’!”
Bill Oxley
Havia um pequeno metal pontiagudo na ponta do calçado embebido em substâncias cancerígenas que penetraram no dedo de Bob Marley, a partir daí era só esperar que a doença se desenvolvesse. Ele disse que manteve contato com Bob até sua morte para se assegurar que o câncer não seria curado e realmente várias providências que poderiam ser tomadas para eliminar o problema foram descartadas nos anos seguintes.
Há também o relato do integrante do grupo ativista negro Black Panthers, Lee Lew-Lee, que foi ver Bob no seu retiro após o atentado. Segundo ele um homem branco teve permissão para ver Bob Marley no mesmo dia do festival Smile Jamaica se apresentando como fotógrafo de famosos e que estava com uma equipe de filmagem dos EUA para filmar o evento e deu a ele um par de sapatos e que Bob gritou quando o calçou, então verificaram que havia um pedaço de cobre pontiagudo na área do dedão. Segundo essa versão o homem teria lhe dado uma bota e descobriram que ele na verdade era Carl Colby filho do ex diretor da CIA, William Colby, mas aí já era tarde. Essa versão pode ser lida na edição de fevereiro de 2002 da revista Hight Times.
No ano seguinte Bob perdeu a unha do dedo afetado enquanto jogava uma partida de futebol na França, quando foi detectado um melanoma, que normalmente aparece na parte da pele exposta ao sol e não numa parte normalmente protegida, reforçando os argumentos dos conspiracionistas.
O restante da história até a morte de Bob você pode conferir >AQUI<.
Mas será verdade isso?
Fica difícil descobrir, mas quando existe política envolvida dá pra acreditar em tudo, e foi a primeira suspeita dos rastafáris quando a morte de Bob foi anunciada em 1981, parecia muito irreal, um câncer em um local tão improvável do corpo, uma evolução rápida e fatal da doença em alguém que tinha muito a dizer para seu povo e que afrontava os mais poderosos naquela época de guerra fria. Teria sido o crime perfeito?
Eu vejo algumas inconsistências na confissão do tal agente Bill Oxley quando comparado com os outros relatos, ele fala em All Stars, enquanto outros falam em botas, diz que viu Bob calçando enquanto os relatos são de que o homem já havia ido embora, diz que continuou se encontrando com o músico mas as testemunhas dizem que o suspeito foi identificado e que Bob foi alertado sobre ele, parece que Bill viu na teoria conspiratória uma maneira de chamar a atenção para si no final da vida, por outro lado também poderia ter deixado falsas pistas para incriminar outra pessoa, mas os outros relatos são bastante convincentes e cronologicamente aproximados, me parece bem possível que Bob Marley tenha sido assassinado, embora improvável.
Mas a verdade mesmo é que a mensagem de paz do reggae acabou se espalhando por todo o mundo e por todas as classes sociais, principalmente entre os jovens, e grande parte deles nunca sequer viu um cigarro de maconha, a música é que chegou longe, é ela que inspira, não o discurso de ódio tão usado pelos políticos. Se Bob foi realmente assassinado pela CIA a vitória deles foi efêmera, pois Bob Marley está vivo em sua música de amor e de paz.
Bob mostrando o ferimento do tiro
Veja também:
Verborragias - Música e frases de Bob Marley >AQUI<
Atenção! Este post é anterior a morte de Serguei em 7 de junho de 2019, mas isto não interfere na história, apenas o texto se refere a ele como ainda vivo.
Janis Joplin era muito louca, gostava de beber licores e usava heroína, tinha gravado dois discos com sua banda 'Big Brother and the Holding Company', morava em San Francisco, Califórnia, quando foi apresentada a um brasileiro tão louco quanto ela.
O ano era 1968 e ela estava em um festival de rock em Long Island quando um outro amigo brasileiro lhe apresentou Serguei que morava desde os doze anos de idade nos EUA com sua vó materna:
“Fomos apresentados por um amigo chamado Aldir Oliveira. Não percebi que era ela de primeira, foi ele que me avisou. Ela estava com aquele cabelão de hippie, enorme. Ela tinha um jeito de interior. Até hoje esse tipo de gente me fascina. Ela tinha um sorriso assim, meio sem graça”
Serguei
“Ela chegou em mim e disse: ‘Você tem muito feeling’. De cara, ficamos amigos”
Serguei
“Foi no Festival do Parque em Long Island, EUA. Meu amigo Laudir de Oliveira, percussionista da banda Chicago, vinha pela estrada com uma cigana muito louca. Era ela. No dia seguinte ela foi ver o show da minha banda. Ficamos juntos e fizemos muito sexo. Fomos para a Califórnia e ela me apresentou para várias estrelas: Jim Morrison, Jimi Hendrix, Kris Kristofferson… Nosso caso de amor se transformou em lenda e terminou no Rio de Janeiro”
Serguei
Janis gostou do cara e o convidou para passar um tempo em sua casa. Serguei passou um mês morando na casa dela, inclusive conheceu Jimy Hendrix lá:
“Um dia, ela estava fazendo suco e bateram na porta. Fui ver, era um black power esquisito. 'Pode abrir'. Ela falou. Foi assim que conheci o Jimi Hendrix. Sei que eles começaram a discutir muito, depois se beijaram – era um outro estilo de vida, tá me entendendo?”
Serguei
O nome verdadeiro de Serguei é Sérgio Augusto Bustamante, nascido em 1933 no Rio de Janeiro, mas já era chamado de Serguei desde criança por conta de um amigo russo que não conseguia pronunciar o nome em português. Nunca chegou a ser um rockstar, mas passou por toda a época do surgimento e auge do rock nos EUA e Brasil, tendo conhecido alguns grandes nomes da psicodelia.
Sendo ou não verdade o que ele narra sobre Janis Joplin em 1968 parece que ele realmente esteve com a cantora em 1970 no Brasil. Existem testemunhas e registros do encontro entre os dois. Ela estava tentando se descontaminar das drogas e passar um tempo em algum lugar alegre, ensolarado e quente para relaxar e arejar a cabeça pois seu médico tinha sido categórico:
“Você tem de parar! É uma questão de vida ou morte. E, além de parar, você tem de tomar sol, ficar numa praia, num lugar bem longe de todos os seus lugares”
E por algum motivo incompreensível acabou no Rio de Janeiro bem na época de carnaval, no meio da farra desregrada, drogas, bebidas e sem horário pra descansar entre as festas contínuas. Se hospedou no Copacabana Palace e tentou nadar pelada na piscina, acabou expulsa e sem lugar onde ficar pois os hotéis estavam lotados de turistas, também tentou fazer topless na praia e quase acabou presa:
“Janis talvez estivesse esperando vodu, a música intoxicante do samba, coloridos trajes de bailes de máscaras e uma legião de nativos que cobiçariam seu corpo; em vez disso, encontrou um estado policial”
Gary Carey, no livro "Lenny, Janis & Jimi"
Por sorte foi encontrada por um amigo brasileiro, o fotógrafo Rick Ferreira, que a levou para sua casa:
“Janis estava perdida na praia. Tinha acabado de ser expulsa do Copacabana Palace e não tinha para onde ir. Eu a convidei a ir para o apartamento em que eu morava, no Leblon. E ela aceitou. A experiência de convivência com Janis foi fantástica”
Rick Ferreira
“Fui apresentando a Janis para o Jerry (Adriani), porque o cara era da Jovem Guarda e não sabia nada de rock n’ roll. E ele veio: ‘Janis, quais foram as suas impressões do Carnaval carioca?’ Ele nem sabia quem era. Nem a Globo. Nem a Veja. Nem ninguém …”
Rick Ferreira
Rick jura nunca ter tido nenhum relacionamento mais íntimo com a cantora:
“Aliás, ela nem era o meu tipo de mulher, apesar de toda a admiração que eu tinha. Ouvi-la cantando em casa, mesmo sem acompanhamento, foi simplesmente fantástico. Janis tinha os mais diferentes tipos de vozes, coisa de outro mundo”
Rick Ferreira
Em outro momento ela entrou na favela da Rocinha para comprar um “pozinho” e acabou fazendo um show exclusivo para alguns moradores dentro de uma birosca.
Também quase foi presa ao tentar invadir a Sapucaí para desfilar junto com uma escola de samba:
“Vibrou com o carnaval de rua e a batucada. Levei-a a todos os lugares e foi tudo um barato”
Rick Ferreira
O resultado fatal desses dez dias de retiro no Brasil aconteceu seis meses depois. Uma overdose, sozinha dentro de um quarto de hotel em Los Angeles, com apenas 27 anos de idade, entrando para o famigerado Clube dos 27 (leia mais sobre isso > AQUI <).
Mas a lenda sobre o relacionamento entre Janis e Serguei é um pouco obscura. Vamos tentar entender.
Eles se reencontraram no Rio:
“Eu caminhava pela calçada em frente ao Copacabana Palace – naquela época a gente podia andar na Avenida Atlântica sem ser assaltado – quando vejo um casal bem diferente: um loiro alto, bonito, interessante e uma mulher com turbante e saia cigana. ‘Puta que pariu! Janis!’, gritei, e logo nos beijamos na boca.”
Serguei
Depois ele a teria levado para uma boate no Leme (New Holliday), onde Serguei iria se apresentar. O dono da boate não quis deixar ela entrar pois achou que aquela ripe fosse uma mendiga, e olha que a boate era frequentada por prostitutas da zona portuária. Já lá dentro Serguei chamou Janis para cantar algumas músicas:
“Então ela soltou a voz e cantou ‘Ball and chain’. Meu Deus… o canto dela era sublime! A boate toda se levantou. Alcione gritou desvairada. Tony Tornado, que também se apresentava ali, tremia todo, sem camisa… e o dono da boate que a tinha barrado disse: ‘Puta que pariu! Como fui barrar essa maluca?’”
Serguei
Assistiram ao show da cantora Darlene Glória, depois saíram para caminhar na praia e acabaram transando a três na areia: Serguei, Janis e o namorado dela:
“Éramos cúmplices, namorados e amantes. Chegamos a viver momentos de loucura. Na época, Janis tinha um namorado holandês e transamos a três em plena areia de Copacabana”
Serguei
“Saí de lá, alcancei ela com o David Niehaus, o tal holandês loiro, já na praia. Uma lua cheia… Você sabe, né, sou um sem-vergonha por natureza. Transamos nós três até de manhã. Na verdade, eu estava mais ligado no holandês, aquela bunda branca ao luar, não tinha muita atração nela porque pra mim a Janis era algo inatingível, um ídolo, sensualidade e protesto, tudo. Ela era tudo o que eu queria ser. Mesmo que a gente estivesse próximo, transando, pra mim ela era um ponto de luz perdido no espaço”
Serguei
Uma prova desse momento teria sido destruída pela mãe de Serguei. Janis teria feito desenhos e escrito mensagens por toda a calça dele durante a noite, mas enquanto ele dormia já em casa, sua mãe teria achado a calça toda riscada e mandado lavá-la.
Por outro lado Serguei sempre deixou claro que o caso entre os dois foi apenas uma aventura passageira:
“Sabia muito bem que ela não era mulher de um homem só”… “Quando ela diz em suas cartas que se apaixonou no Brasil por um homem de olhos azuis, acho que possa ser o holandês, porque meus olhos azuis são efeito de uma belíssima lente de contato. Mas se existiu alguém que amasse tanto Janis Joplin como eu amei, então esse namorado sou eu”
Serguei
Mas existem contradições entre os diversos relatos. Por exemplo o fotógrafo Rick Ferreira diz ter sido ele quem levou Janis à boate New Holliday e somente lá que ela e Serguei se encontraram.
Serguei também se contradiz dizendo que fez um show na boate e que convidou Janis a subir no palco, mas em outro momento diz ter pedido para que uma banda que tocava naquele momento acompanhasse a cantora improvisando sem conhecer as músicas.
Serguei fala que encontrou a cantora com um namorado holandês, mas no livro 'Buried Alive', uma biografia de Janis escrita por uma de suas amigas, chamada Myra Friedman, é dito que houve um namorado, mas que era norte americano, o já citado David Niehaus, até foram fotografados juntos.
Isso tudo parece se confirmar na última carta escrita por Janis Joplin, entitulada A carta do Brasil, escrita em abril de 1970 já nos EUA:
“Alô
Realmente trabalhando demais nos ensaios, tenho uma nova… pequena banda e tudo vai fantasticamente! Ótimas novas canções - eu realmente precisava de novas canções -, portanto faremos um disco durante a próxima turnê. Albert está aliviando minha agenda, um pouco devido à minha velha idade e porque eu pisei fundo demais!… Encontrei um homem muito legal no Rio de Janeiro, mas eu tive que voltar a trabalhar, por isto ele está fora, descobrindo o resto do mundo - África ou Marrocos agora, eu penso, mas ele realmente me amou e foi tão bom para mim e ele quer voltar e casar comigo! Eu pensava que morreria sem alguém além dos fãs me chamando. Mas ele foi jeitoso e quem sabe - eu posso cansar do negócio da música, mas estou realmente fundo nela agora!
Janis Joplin
A amiga Myra também escreveu sobre esse momento na vida da cantora.
“No meio de toda a excitação que marcou aqueles dias, Janis parecia genuinamente feliz, particularmente depois que conheceu David Niehaus, de manhã, na praia”
Myra Friedman
Aí está outro detalhe que contradiz as lembranças de Serguei. Janis não fala especificamente em nenhum homem de olhos azuis pelo qual teria se apaixonado.
Mas aparentemente ela se encontrou com David dois meses depois e eles não acharam um ponto em comum além dos dias de festa no Brasil e tudo acabou entre eles.
Outra contradição aparece nas lembranças de Tony Tornado. Ele diz ter sido procurado por Serguei para ajudá-lo a tirar Janis desacordada da praia, nesta versão ela estaria sem condições de transar a noite inteira e não havia nenhum namorado com ela:
“E foi assim que conheci a Janis Joplin. Atravessei a praia de Copacabana com ela toda torta nos braços”
Toni Tornado
Serguei também é categórico quanto a causa da morte de Janis, mesmo não estando lá:
“Foi assassinada pela CIA porque ela exercia um grande poder sobre a juventude americana. Colocaram sonífero em sua bebida e depois aplicaram uma overdose de heroína. Antes de a droga ser aplicada, ela foi asfixiada”
Serguei
Mas as diversas contradições nas lembranças de Serguei e entre as dele e de outros também não invalidam a lenda, afinal não dá pra confiar nas memórias de ninguém que estivesse envolvido com o mundo do rock psicodélico nos anos sessenta, é bem provável que todos tenham as memórias meio embaralhadas e mesmo assim estejam dizendo a verdade (a verdade de cada um) e que na liberação sexual da era hippie realmente Janis se envolvesse com qualquer um de seus amigos sem que houvesse algo mais sério nestes relacionamentos. Serguei pode estar contando a mais pura verdade.
Nosso dinossauro do rock esteve em Woodstock, fez shows em dois Rock n’ Rios, apareceu em muitos programas na TV, teve seu próprio programa em TV a cabo (Serguei Rock Show), no Brasil é o cantor oficial do clube de motoqueiros Hells Angels, gravou oito compactos entre 1966 e 1984, um longplay chamado Coleção de Vícios em 1991, e dois CDs, Serguei, em 2002, e Bom Selvagem em 2009, mora em Saquarema (RJ) e sua casa é um ponto turístico na cidade, você pode visitar o Templo do Rock e conhecer o roqueiro mais antigo do Brasil.
E você, o que pensa disso? Serguei transou com Janis Joplin?
Em 25 de junho de 2009 morria em Los Angeles o Rei do Pop, Michael Joseph Jackson, com cinquenta anos de idade. Oficialmente sua morte foi causada por intoxicação por medicamentos, mas uma série de indícios suspeitos levaram muitos fãs a suspeitar que na verdade tudo não passou de uma grande encenação.
Mas porquê? Quais seriam os motivos para Michael forjar a própria morte? Segundo os teóricos da conspiração algumas coisas não iam bem na vida do Rei do Pop e podem ter motivado o astro a criar esta grande farsa, vejamos:
1 – Apesar de ser o mais bem sucedido artista de sua época ele não conseguiu gerenciar sua fortuna e estava afundado em dívidas;
2 – Tinha vários processos contra ele na justiça;
3 – Sua carreira estava acabando, não vendia mais discos como antigamente;
4 – Tanto ele como sua família não tinham nenhuma privacidade, eram seguidos o tempo todo por fãs e fotógrafos. Seus filhos estavam tendo o desenvolvimento normal prejudicado.
5 – Estava com a saúde precária e viciado em medicamentos para dor, o que dificultava a retomada da carreira;
6 – Sua aparência lhe causava vergonha, não tinha mais coragem de mostrar o rosto em público;
Esses seriam os motivos, mas quais são os indícios encontrados pelos teóricos?
1 – A música Morphine, do álbum Blood on the dance floor, já falava em abuso de medicamentos como a morfina e o Demerol (ambos para a dor), também falava em ataque cardíaco. Um prenúncio das ideias que passavam pela mente de Michael;
2 – Michael já demonstrava interesse pelo assunto de forjar a própria morte há muito tempo, inclusive casou com a filha do cara que ele admirava e que tem seu nome ligado a maior teoria da conspiração do rock, e todos sabem (ou desconfiam) que ELVIS NÃO MORREU – confira essa teoria conspiratória > aqui <. Quem conhece a obra dele sabe que ele gostava de disfarces, de mutações, de fantasmas, de cadáveres, de se esconder e fugir de seus perseguidores;
Cena final do clipe Thriller
3 – Em função de suas dificuldades financeiras Michael leiloou uma série de objetos pessoais que foram arrematados por um anônimo. Esses objetos desapareceram. Provavelmente o próprio cantor fingiu comprar o lote para poder manter seus pertences sem que fossem dados como desaparecidos após sua suposta morte;
4 – A série de cinquenta shows marcados para ocorrer na Arena O2 não resolveria os problemas financeiros e seria muito pesada para a saúde dele (ele mesmo dizia que não sabia se conseguiria fazer aquilo tudo), deve ter sido uma espécie de álibi para parecer que ele estava conseguindo resolver seus problemas. Coincidentemente ele “morre” um pouco antes da estreia, mas teve tudo muito bem registrado em tecnologia IMAX (caríssima), o que rendeu um detalhado documentário sobre o que teria sido o This is it (que pode ter rendido algo em torno de cem milhões de dólares). Por outro lado seus credores ficaram a ver navios;
5 – Até poucas horas antes da suposta morte, Michael estava em perfeito estado de saúde. Segundo o relato de Ed Alonzo, um dos artistas que ensaiava o espetáculo This is it no Staples Center - “Ele parecia bem e com muita energia”. O ensaio inclusive se deu na madrugada do mesmo dia 25 de junho;
Michael Jackson no ensaio
6 – A voz registrada na chamada do serviço de emergência dos EUA (911) estava extremamente calma e descrevia tudo com uma certa frieza, inclusive se referindo a Michael apenas como “um homem de 50 anos”. Outro detalhe que chama a atenção é que a pessoa diz que o médico está tentando ressuscitá-lo na cama. Um médico saberia que as manobras de ressuscitação devem ser feitas em uma superfície estável o que indica que a ressuscitação não estava ocorrendo de verdade;
7 – Mesmo sem uma cobertura oficial da mídia havia alguém filmando a chegada e saída da ambulância na mansão. As provas foram providenciadas desde o começo, inclusive sendo feito um registro fotográfico do rosto do cantor;
8 – Apesar do suposto estado de urgência do músico os socorristas demoraram quase uma hora para removê-lo da casa e saíram sem ligar a sirene. Provavelmente estavam preparando todos os detalhes para tudo parecer convincente para a imprensa;
9 – A rede de TV CNN anunciou a morte de Michael Jackson antes mesmo de ele chegar ao hospital e a polícia já estava lá esperando a chegada da ambulância, podendo indicar que as informações estavam sendo fornecidas diretamente pelos interessados na farsa;
10 – O médico Conrad Murray saiu de cena imediatamente, não dando nenhum esclarecimento público sobre o ocorrido nos dias seguintes, o que poderia revelar inconsistências nos diversos depoimentos que ainda não haviam sido combinados e sincronizados;
11 – No momento em que o helicóptero que retirou o corpo de Michael do hospital levantava voo, foi feita uma filmagem onde parece que o volume que seria de seu cadáver se move;
12 – O caixão não foi aberto em nenhum momento, de modo que não há provas de que Michael realmente estivesse lá dentro;
13 – No velório os parentes estavam muito calmos e demonstravam pouca tristeza, nem mesmo o seu empresário, o seu sócio e o médico particular compareceram. Sua filha Paris chorou após sua tia Janet Jackson lhe dizer alguma coisa ao pé do ouvido, provavelmente lhe orientando a parecer triste;
14 – A atriz e amiga de Michael, Elizabeth Taylor classificou o funeral como “um circo”. Ela deveria fazer parte da encenação;
15 – O local onde estaria sepultado o corpo do Rei do Pop não foi revelado;
16 – Após o velório os parentes foram para um restaurante;
17 – Testemunhas relatam que alguém muito parecido com Michael atravessou a fronteira com o México na mesma noite do funeral;
18 – O atestado de óbito não indica qual a causa da morte;
19 – Não existe lei para quem forjar a própria morte (pseudosídio) nos EUA, de modo que Michael tem amparo legal para isso;
20 – O pai de Michael, Joe Jackson, deu uma entrevista a rede de TV ABC dizendo suspeitar das circunstâncias da morte de seu filho, o que parece não se encaixar na teoria conspiratória, mas se for levado em consideração o relacionamento ruim entre os dois desde a infância do cantor, a teoria se fortalece, indicando que seu pai foi deixado de fora do esquema;
Joe Jackson
21 – Diversos flagrantes e testemunhos de Michael Jackson vivo ocorreram após sua suposta morte;
Mas será verdade? Como eu sempre faço aqui, vou dar alguns contrapontos aos indícios apontados pelos conspiracionistas. Alguns indícios isolados são bem frágeis, mas outros podem ser bem prováveis. Vejamos:
Primeiramente os motivos apontados:
- Michael realmente estava afundado em dívidas, ele era muito generoso e também esbanjador;
- Havia vários processos conhecidos contra Michael, o mais famoso era sobre a acusação de pedofilia. Nunca provaram nada contra ele;
- A carreira de Michael não estava nem perto de acabar, só o anúncio dos futuros shows já causou um grande frenesi entre os fãs. Já as vendas se discos diminuíram para todos os artistas com o surgimento da internet;
- As claras modificações plásticas a que Michael se submeteu durante a vida podem ser um indício de uma doença psiquiátrica chamada Dismorfia Corporal, mas não há como ter certeza se isto interferia na maneira como ele se sentia em público;
- O estado geral da saúde de Michael não era conhecido publicamente, mas realmente ele estava viciado em medicamentos chegando inclusive a usar identidades falsas para conseguir comprar mais remédios do que o recomendado;
- Michael realmente não tinha privacidade, há relatos de que ele costumava sair disfarçado para conseguir fazer coisas como alguém “normal”.
E quanto aos indícios de que ele teria forjado a própria morte:
- A música Morphine, gravada em 1993 e lançada em 1997, portanto dezesseis anos antes de sua morte, realmente falava sobre medicamentos e morte, mas foi composta em um dos piores momentos da vida do cantor, no auge das acusações de pedofilia e durante a internação para se reabilitar dos vícios;
- O interesse pelos assuntos de pseudosídio, disfarses, fugas, etc., são um indício interessante, mas podem ser apenas um interesse artístico, Michael soube aproveitar muito bem esses temas em suas músicas e vídeos;
Michael Jackson em uma das maquiagens em Ghosts
- Não encontrei notícias sobre os objetos leiloados pelo próprio Michael Jackson, mas é bem provável que esses leilões realmente ocorressem;
- Os números sobre a dívida que Michael teria são desencontrados, mas se fala em algo próximo a quinhentos milhões de dólares, então realmente a sequência de shows na Arena O2 não resolveria tudo, mas uma retomada na carreira aumentaria o lucro relativo a outros tantos produtos relacionados a ele e a sua imagem;
- Apesar de aparentar bom estado de saúde, no dia anterior a sua morte ele atrasou o ensaio por algumas horas por não estar se sentindo bem (laringite). Isso poderia ser o início da crise que pode ter se agravado pelo ensaio na madrugada;
- A chamada para a emergência na verdade parece bem tensa, mas realmente não se fala o nome de Michael. Outra coisa que chama a atenção é que o homem diz que ele está sobre a cama, com o médico lhe aplicando CPR (em português RCP – Ressuscitação Cárdiopulmonar), um procedimento no mínimo mal feito já que havia um médico com ele;
- A rede de TV CNN começou a cobrir a morte de Michael as 17:30, neste momento ele já estava no hospital, a manchete não anunciava sua morte. Posteriormente, às 18:20, divulgou que ele estaria em coma e somente às 18:26 foi dito que ele teria morrido, mas ainda sem uma confirmação oficial, portanto este é um indício não verdadeiro;
- O sumiço do médico é bem compreensível, ele foi posteriormente condenado como culpado pela morte de Michael Jackson pois sabia que estava prescrevendo doses muito altas de medicamentos e que não havia seguido os procedimentos corretos no momento do socorro;
O médico Conrad Murray na corte que o condenou por assassinato
- Não há como provar que o corpo se moveu em um vídeo a longa distância, em movimento, com apenas uma lateral do corpo aparecendo e que sai de quadro em uma fração de segundo;
- O caixão realmente não foi aberto ao público em nenhum momento;
- O funeral ocorreu no dia 07/07/2009 (12 dias após a morte) provavelmente todos já estavam mais calmos e ambientados quando tudo começou a ser registrado pela imprensa, ainda assim o que transparecia era resignação e não falta de tristeza. Quanto ao comportamento das crianças, nada de anormal, elas são mais dispersivas e acabam mudando de humor mais facilmente;
- Elizabeth Taylor não deve ter gostado da exposição pública de um momento tão doloroso para amigos e familiares, por isso chamou o evento de “circo”;
- O local da sepultura de Michael Jackson é conhecido, fica no Forest Lown Memorial Park em Los Angeles, porém o local tem restrição de acesso, poucas pessoas têm permissão de chegar no local exato, mas os seguranças do local aceitam levar pequenas homenagens trazidas pelos fãs até o local onde fica o sarcófago. O que deixa muitas pessoas intrigadas é que não existe uma identificação sobre quem está sepultado lá;
- Não encontrei nenhum registro de que a família tenha ido para um restaurante logo após o funeral, alguém pode ter visto algum familiar fazendo isto nos dias seguintes e resolveu fazer um julgamento moral exagerado;
- Quanto ao relato de testemunhas que dizem ter visto… Ah me poupe!
- Há dois documentos atestando a morte de Michael. No primeiro, datado de 07/07/2009, realmente não há menção à causa da morte, mas em um segundo documento (provavelmente após o fim das análises) datado de 01/09/2009, é mencionado: - “intoxicação aguda por propofol” - “estava sob efeito de benzodiazepina” - “homicídio” - “injeção intravenosa por terceiro” (em tradução livre);
Atestado de óbito com as conclusões finais
- Ao que parece o pseudocídio pode ferrar bastante a vida do possível praticante, pois embora não exista uma previsão legal para isto nos EUA, a pessoa acaba cometendo vários outros crimes para poder manter a farsa. Um link sobre o assunto > aqui <;
- O pai de Michael provavelmente desconfiou do médico particular de Michael e não de uma farsa envolvendo a sua própria família;
- As possíveis imagens de Michael vivo são muito mais fortes que qualquer argumentação, as pessoas acreditam até em aparições de santos em manchas de óleo no chão e em queimaduras de torradas, então eu deixo para você decidir se estas imagens são plausíveis ou não.
Eu particularmente não acredito que alguém como ele criaria uma farsa dessas só para se livrar da perseguição dos fãs, dos paparazzi, da falência eminente, da vergonha do rosto deformado, do esgotamento pelo vício em medicamentos, dos processos judiciais, dos milhões de dólares em dívidas…
Pensando bem, se eu fosse ele, nessas circunstâncias, realmente daria um sumiço em mim mesmo.