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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

DICIONÁRIO MUSICAL - ATONALIDADE


É basicamente um método de composição musical. Neste método o compositor arranja as notas de modo que não se possa identificar o tom da música, não existe uma nota que seja a principal, não há um centro tonal harmônico.

Dentre as diversas maneiras de se compor desta forma a mais comum é o sistema serial, onde todos os tons e semitons da escala, chamada cromática, devem ser usados dentro de um mesmo espaço na música, que é a série total de tons, diferente da forma tonal clássica, onde são usados majoritariamente os tons que harmonizam entre si.

Há então uma predominância de dissonância e o ritmo, o timbre, as diferenças de intensidade e todos os outros elementos sonoros ganham uma importância maior na composição.

Diversos nomes foram dados para este método, como Atonalismo, Dodecafonismo e Serialismo Total ou Integral. Embora seja uma forma que se solidificou no século XX, já haviam experimentos neste sentido no final do século XIX com Wagner, Strauss, Mahler e César Franck, por exemplo, mas quem mais se aprofundou neste sistema, já no século XX, foram Schönberg, Alban Berg e Webern, da Segunda Escola de Viena com seu Cromatismo. A partir daí foi despertada uma nova fase na música ocidental onde fazer música tonal não era mais uma regra a ser seguida.

Alban Berg, Arnold Schönberg e Anton Webern


Historicamente há uma primeira fase, chamada Atonalismo Livre, ou Cromatismo Livre, no começo do século XX, centrada na Escola de Viena.

Uma segunda fase onde o Dodecafonismo com ênfase no uso igualitário dos tons se destacou. Teve início após a Primeira Grande Guerra (1914 - 1918). Neste período as bases livres do atonalismo começaram a ganhar métodos de composição, passando a ter regras mais rígidas.

Uma terceira fase a partir da década de 1950 trouxe o Serialismo, onde não só os diversos tons musicais, mas também os outros elementos musicais, como o ritmo, a intensidade e os timbres, eram organizados em séries que deveriam receber a mesma importância e espaço na composição, utilizando-se até mesmo de fórmulas matemáticas para regrar o sistema.

Grandes nomes do Atonalismo são:

Alban Berg, Almeida Prado, Anton Webern, Arrigo Barnabé, Arnold Schoenberg, Béla Bartók, Claude Debussy, Franz List, Igor Stravinky, John Cage, Karlheinz Stockhausen e Sergei Prokofiev, entre outros.

No vídeo a Suíte para piano, opus 25 de Arnold Schoenberg, executada pelo pianista Michael Mizrahi.




sábado, 26 de outubro de 2019

DICIONÁRIO MUSICAL - ATO


Na música este é um termo típico da ópera e dos musicais e se refere a uma das partes ou unidades em que se divide uma obra em que há encenação, em que há uma atuação.

Uma ópera costuma ter até cinco atos, mas isto pode variar, podendo existir peças com apenas um ato ou até bem mais de cinco atos de acordo com a necessidade do texto ou história a ser encenada.

Os atos podem ser divididos em cenas.

Cena da ópera Lulu de Alban Berg com três atos



segunda-feira, 2 de setembro de 2019

DICIONÁRIO MUSICAL - ASSAI


Palavra do italiano que significa bastante, muito, e é usada como termo de expressão musical, geralmente junto a um termo referente ao andamento da música reforçando seu significado, como por exemplo:

Allegro assai = bastante alegre, muito rápido
Largo assai = bastante espaçado, muito lento
Presto assai = bastante rápido, muito acelerado

Outra expressão de reforço usada é MOLTO (muito). Também existem as que abrandam ou atenuam o movimento, por exemplo POCO (um pouco) ou MA NON TROPPO (mas não muito).

Veja o verbete ANDAMENTO >AQUI<.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

DICIONÁRIO MUSICAL - ARTE LÍRICA


Na antiguidade se referia à música acompanhada pela lira, principalmente o canto.

Lira de aprox. 2500 A.C. da cidade de Ur, atual Iraque

Atualmente se refere principalmente ao canto dramático, principalmente na música erudita, como nas óperas, com grande volume, timbre e impostação bem característicos. É mais comum se referir a esta arte como canto lírico.

A soprano espanhola Montserrat Caballé

Pode aparecer também em contextos musicais não eruditos, mas é bem menos comum.

No vídeo o barítono Javid Samadov canta a ária Toreador, da ópera Carmen, de Bizet.



sábado, 13 de julho de 2019

DICIONÁRIO MUSICAL - ARTE DA FUGA


No original Die kunst der fuge.


Obra do compositor alemão Johann Sebastian Bach da qual não se sabe com certeza a data de início, embora se acredite que foi em 1742, e que ficou incompleta por faltar apenas um pequeno trecho da décima-quarta e última das fugas que compõem este estudo que é considerado o mais completo feito sobre a arte do contraponto. O compositor ainda trabalhava na composição quando ficou doente e faleceu em 1750.

Johann Sebastian Bach

Numerada como BWV 1080, contém 12 fugas e 2 cânones e esgota as possibilidades de composição para o tema fuga, que consiste em um complexo arranjo entre um tema principal chamado sujeito, repetido e/ou entrelaçado com outro sujeito, que pode ser igual, invertido, espelhado ou com seu próprio tema, podendo ser às vezes chamado de contra-sujeito, podendo também haver um terceiro ou quarto sujeitos, aumentando ainda mais a dificuldade de entrelaçamento entre as diversas linhas melódicas.

A obra foi arranjada em pequenos grupos de composição:

Fugas simples;
Contra-fugas;
Fugas duplas e triplas;
Fugas espelho;
Cânones;
Um arranjo de uma das fugas espelho;
Fuga quádrupla (inacabada).

Esta última fuga inacabada teve três sujeitos desenvolvidos até o final, faltando o quarto sujeito, de modo que a obra pode ser executada, mas sem uma das vozes, embora existam tentativas de compô-la através do conhecimento dos métodos do compositor. Deste modo esta última composição termina de um modo um tanto abrupto deixando no ar o sentimento de ausência do compositor e do fim da era barroca.

O manuscrito do final inacabado do Contraponto 14 de A arte da fuga

No vídeo o contraponto 14 (inacabado) de Johann Sebastian Bach.




DICIONÁRIO MUSICAL - ARS SUBTILIOR


Significa "A arte mais sutil" e foi um estilo musical que se desenrolou entre 1360 e 1430, no final da Idade Média.

Para melhor entendimento recomendo ler os posts anteriores sobre a Ars Antiqua >AQUI< e a Ars Nova >AQUI<.

É uma das últimas escolas estilísticas da música medieval, diretamente ligada à ARS NOVA. Na verdade até a década de 1960 era considerada parte da Ars Nova e pouco relevante, até que a musicóloga Ursula Günther resolveu estudar mais a fundo as complexas composições do final deste período. Ela resolveu nomear este movimento artístico como uma "arte mais sutil" a partir do que encontrou nos escritos do músico Philippus de Caserta em sua obra Tractatus de diversis figuris, escrito durante o período da Ars Subtilior. Porém antes dela já existia algum interesse pela música medieval a partir da década de 1940 onde já se percebia que as obras mais tardias da Ars Nova eram diferentes.

Embora muito ligada a música francesa, principalmente na capital do papado daquela época (Avinhão), a Ars Subtilior se estendeu a outras regiões da Europa como o norte da Itália e da Espanha, o Chipre e os países baixos.

Partitura em forma de coração da obra
Belle, bonne, sage de Baude Cordier

Algumas características dessa escola musical são um refinamento na forma de compor, com muita polifonia, cromatismos, acidentes e dissonâncias. Os compositores eram bastante experimentalistas, buscando novas formas rítmicas e deixando a interpretação e adaptação de suas obras em aberto para que pudessem se enquadrar no contexto musical (tipo de público, qualidade dos músicos, ambiente, etc.), o que parece indicar que não era uma música exclusiva dos ambientes eruditos, mas bem aceita entre o público geral. Os temas eram os mesmos abordados pela Ars Nova, tanto profanos (amor, cavalaria, guerras, odes...) como religiosos (liturgias, motetos, missas...). A estética ligada a escrita musical é um caso a parte. Eram explorados e inventados muitos tipos de notação, com formas e cores diversas. Algumas partituras tinham formatos estranhos para a atualidade, como o círculo, a espiral, o coração e a harpa, mas este não era o uso comum entre os compositores.

Partitura em forma de harpa da obra
La harpe de melodie de Jacob Senleches

Alguns compositores se destacaram nesta escola, como Francesco Jacob Senleches, Johannes Ciconia, Landini, Paolo da Firenze, Philippus de Caserta e Solage.

Partitura em forma circular da obra
Tout par compas de Baude Cordier

A partir da Ars Subtilior a música ocidental é classificada como sendo o período Renascentista onde houve uma expansão do conhecimento e uma grande evolução na teoria e produção musical.

No vídeo a obra Belle, bonne, sage de Baude Cordier, do manuscrito em forma de coração.




terça-feira, 30 de abril de 2019

DICIONÁRIO MUSICAL - ARS NOVA



Ou Ars Modernorum (Arte Nova, Arte Moderna).

É o nome dado ao segundo período da escola polifônica ocidental, principalmente francesa, no século XIV. Ainda muito influenciada pela Ars Antiqua baseada na Escola de Notre-Dame de Paris.

Foi de grande influência em toda a música ocidental pois a partir dela todo um novo estudo e pensamento musical se originou. Se caracterizou pela busca de novas formas (o moteto, o virelai, o rondó, a balada), pelo emprego de textos de maior qualidade poética, por um ritmo mais flexível e uma escrita mais livre, também colocou a música profana em pé de igualdade com a música sacra em termos de composição. Foi nesta época que o sistema de notação e escrita musical começou a ser estudado e modificado para ser algo mais racional, lógico e próximo da matemática, pois até então não havia uma forma única de representar a maneira como as músicas deveriam ser principalmente cantadas. Na forma rígida do canto gregoriano os símbolos em geral representavam apenas indicações de subida e descida imprecisas na linha melódica (os neumas) que deveria ser previamente conhecida. Desenvolveu-se então aí a pauta musical e os signos de notação, que embora criados por Guido d'Arezzo no séc. XI, ainda era usada de maneira tímida e de forma primitiva, porém ainda haveria um longo caminho até um consenso e uma unificação em torno de uma escrita como a conhecemos hoje.

Sistema de canto usando os neumas

Outra inovação deste período foi o contraponto. Até então as melodias eram cantadas em uníssono (mesmo tom) ou em oitavas de acordo com os tipos de vozes. Já havia algum tempo que uma segunda linha melódica (vox organalis) estava sendo colocada no canto gregoriano, mas na Ars Nova este sistema de notas diferentes sendo colocadas em "oposição" foi estudado e entendido, sendo chamado de ponto contra ponto (nota contra nota) onde duas ou mais linhas melódicas corriam juntas mas em harmonia. O nome foi sendo abreviado até ser reduzido a contraponto.

Um madrigal anônimo com o novo sistema de notação

A quebra da hegemonia da música sacra acarretou também a abertura para os ritmos binários, que eram considerados profanos, pois só os ritmos ternários estavam associados a trindade cristã, isto abriu caminho para novas formas musicais e ritmos inovadores para a época. Criou-se um sistema de contagem separado para os dois ritmos, o perfeito era ternário e o imperfeito era binário e os andamentos eram divididos em rápido, moderado e lento.


Todas estas inovações acabaram afetando a forma de se fazer música dentro das igrejas ao ponto de o papa João XXII , em 1322, lançar uma bula proibindo os excessos que estavam descaracterizando o culto tradicional, mas isto não impediu que estas novas ideias fossem sendo vagarosamente aplicadas dentro do andamento musical das missas.

Papa João XXII

O apogeu da Ars Nova chegou a um grau de detalhamento e complexidade que acabou recebendo uma denominação própria entre os musicólogos modernos, a Ars Subtilior, que tinha sistemas de composição e notação bastante complexos e até mesmo formas de pautas estranhas para a nossa época, como o círculo, a espiral e até mesmo o coração.

Partitura em forma de coração - Belle, bonne, sage, de Baude Cordier

Alguns compositores que se destacaram nesta época foram Francesco Landini, Gillaume de Marchaut, Jehannot de Lescurel, Johannes Ciconia, Pierre des Molins e Phillipe de Vitry que escreveu um tratado sobre a Ars Nova.

Página do tratado e imagem de Phillipe de Vitry

Estas características fazem deste período (Ars Antiqua e Ars Nova) a fase de transição da música medieval para a música renascentista. Com o advento do período renascentista a Ars Nova acabou ficando no esquecimento, mas no séc. XVIII o movimento romântico tentou resgatar estas composições e se deparou com um grande problema, toda esta efervescência de ideias gerou uma falta de unidade nos manuscritos da época e muito do que se tem da Ars Nova é de difícil interpretação até os dias de hoje.

Leia sobre a Ars Antiqua >AQUI< e sobre a Ars Subtilior >AQUI<.

No vídeo um moteto a três vozes de Phillipe de Vitry chamado In arboris, aproximadamente do ano 1320.


segunda-feira, 22 de abril de 2019

DICIONÁRIO MUSICAL - ÁRSIS


Do grego (arsis = elevação) se referindo na teoria musical ao tempo fraco de um compasso.

Esse é um termo da música primitiva relacionado ao movimento do regente que antes da batuta usava um bastão longo na vertical, batendo a ponta inferior no chão para marcar o tempo forte, essa batida para baixo era chamada thesis e o movimento oposto, em elevação, era chamado arsis. Posteriormente o bastão se tornou um elemento mais visual, sem ser batido, depois foi diminuindo de tamanho até se transformar em uma pequena varinha, e hoje alguns regentes nem mesmo usam batutas.

Mais raramente se usa o termo para designar a elevação do tom. Também pode ser chamado de ARSE.

No vídeo um trecho do filme Todas as manhãs do mundo, onde Gérard Depardieu interpreta um regente usando um bastão.



DICIONÁRIO MUSICAL - ARS ANTIQUA


Ou Ars Vetus (Arte Antiga).

Foi um período da música polifônica ocidental que vai do século IX até o XIII. Caracterizado pelos modi (células rítmicas) e ritmos ternários. As formas praticadas são o organum simples ou complexo, o motete profano, o conduit polifônico (de inspiração religiosa) e o rondó profano.

Mais comum entre os compositores da chamada Escola de Notre-Dame na cidade de Paris sendo os mais conhecidos Léonin e Pérotin dos quais não se sabe quase nada além de sua obra musical. Foi nesse período que se iniciou a polifonia no centro sul da Europa com o uso de duas ou mais vozes com melodias diferentes, contrastando com a monofonia onde se cantava apenas uma linha melódia em uníssono ou em oitavas, típica dos trovadores medievais. As composições eram prioritariamente religiosas embora houvesse também música profana. Esta escola teve grande influência na música européia posterior.

Uma partitura da obra Alleluia Nativitas do compositor Pérotin

Os modi (células rítmicas) propunham a aplicação dos pés métricos literários na música, alternando sons longos e breves divididos por acentos, chamados têmporas e tempos. Isto auxiliava as vozes que cantavam juntas pois o ritmo era mais preciso.

A Ars Antiqua foi sucedida pela Ars Nova que já passou a dar importância à música profana, retomando a monofonia e a improvisação. Até então não existia um nome para este período, foi quando o bispo e compositor Phillipe de Vitry fez o seu Tratado da Ars Nova criando e nomeando a arte anterior como sendo a Ars Antiqua (1324).

Leia sobre a Ars Nova >AQUI<

No vídeo o Viderunt Omnes de Pérotin cantado pelo grupo Ping Voices (2014).



quinta-feira, 30 de agosto de 2018

DICIONÁRIO MUSICAL - ARLEQUINADA


É uma composição musical em que o personagem principal é o Arlequim, e de maneira geral é parte de um balé ou uma ópera, com temática cômica e as vezes até ridícula.

No vídeo os personagens Arlequim e Colombina dançando a Arlequinada do compositor russo Riccardo Drigo.



sábado, 18 de agosto de 2018

DICIONÁRIO MUSICAL - ARIOSO


Termo do italiano que significa "como uma ária" e se refere a uma forma vocal solista surgida no século XVI que é um meio termo entre o RECITATIVO e a ÁRIA, geralmente de caráter dramático.

Comum nas cantatas, óperas e oratórios aparece como uma declamação expressiva como no recitativo, porém sem a monotonia deste último, se aproxima da ária pela sua melodia porém com uma forma de composição mais livre, sem as repetições. Um exemplo é o Arioso do segundo ato da ópera Príncipe Igor de Alexander Borodin.


Também pode ser uma composição para instrumentos, mais comum no período barroco. O exemplo mais conhecido é o Arioso da Cantata 156 de J. S. Bach.



quinta-feira, 9 de agosto de 2018

DICIONÁRIO MUSICAL - ARIETA


É uma ÁRIA pequena.

Veja o verbete ÁRIA >AQUI<.


DICIONÁRIO MUSICAL - ÁRIA



De maneira geral é uma peça musical cantada por uma única voz e que é parte de uma obra maior, como uma CANTATA, uma ÓPERA ou um ORATÓRIO e se diferencia do RECITATIVO e do PARLANDO, onde também aparece a voz solista, porém sem a melodia.

Na CANTATA a ária é a parte que exprime o sentimento inspirado pelo ARGUMENTO musical.

Há alguns exemplos de árias destinadas a mais de uma voz, quando têm o mesmo peso ou importância de uma ária solista, embora não sejam tão comuns. Nestes casos os compositores preferem usar termos como DUO ou DUETO para duas vozes, TRIO ou TERCETO para três vozes, QUARTETO, QUINTETO, SEXTETO e assim consecutivamente, mas algumas vezes o termo ária acaba sendo mais importante para o objetivo do compositor.

Embora o termo seja usado principalmente para vozes, no período barroco a ária apareceu também em peças instrumentais como parte das SUÍTES, que são conjuntos de músicas destinadas a acompanhar danças.

Deve-se diferenciar a ária de outras formas com voz solista, porém isoladas, que não pertencem a uma obra maior, como a canção e a cantiga.

Há vários tipos de árias chamadas por termos italianos, como por exemplo:

Aria bufa - destinada a ser cômica, engraçada;
Aria cantabile - ou cantante. É mais lenta, elegante, graciosa, melodiosa e menos dramática;
Aria concertata - destinada a solos de instrumentos;
Aria d'abilita - ou de habilidade. Com bastante dificuldade para o cantor;
Aria da capo - ou do começo. A primeira parte da música é repetida no final. É comum que esta parte tenha o modo (maior ou menor) alterado na segunda vez.
Aria di bravura - mais técnica, florida e enérgica, com temas heroicos;
Aria di carattere - ou de personagem. Dando ênfase ao texto;
Aria fugata - com acompanhamento instrumental composto em forma de fuga. Mais comum no período barroco;
Aria parlante - com trechos em recitativo, falados;
Aria tedesca - com melodia em estilo germânico;
Arietta - uma ária pequena, curta;
Ariettina - uma ária ainda mais pequena que a arietta.

No vídeo a Ária da Rainha da Noite da ópera A flauta mágica de W. A. Mozart cantada pela soprano Diana Damrau.



sábado, 28 de julho de 2018

DICIONÁRIO MUSICAL - ARCUEIL


Nome de um pequeno grupo de estudiosos da música discípulos do compositor francês Erik Satie. Formado em 1921 se auto intitulavam Escola de Arcueil pois este era o nome da cidade em que o famoso compositor morava e lhes dava aulas. O próprio Satie era o supervisor deste grupo, formado pelos músicos Henri Pawl-Pleyel, Henri Sauguet, Maxime Jacob e Roger Desormière.

Erik Satie


sábado, 7 de julho de 2018

VERBORRAGIAS - MÚSICA E FRASES DE VILLA-LOBOS



Sabe aquelas frases polêmicas, engraçadas, geniais ou até mesmo estúpidas ditas por celebridades da música?


HEITOR VILLA-LOBOS
(Compositor brasileiro)



"A minha música é o reflexo da sinceridade"

"A música folclórica é a expansão, o desenvolvimento livre do próprio povo expresso pelo som"

"Compreendo que um compositor alemão seja cerebral. O que não admito é a criação cerebral num latino"

"Considero minhas obras como cartas que escrevi à posteridade, sem esperar resposta"

"É preciso fazer o mundo inteiro cantar. A música é tão útil quanto o pão e a água"

"Eu somente sou útil, de alguma forma, através da música"

"Meu primeiro livro foi o mapa do Brasil"

"Muitos compositores de nossa época pretendem ser modernos, sem possuir o dom da originalidade e não compreendem que todo artista original é moderno por força"

"Na minha música eu deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil"

"Não escrevo dissonante para ser moderno"

"Quando o criador é original por natureza, pouco importam os meios de que se vale para fixar seu pensamento"

"Sim sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que transporto instintivamente para tudo que escrevo"


No vídeo O trenzinho do caipira das Bachianas brasileiras nº 2 de Heitor Villa-Lobos.



DICIONÁRIO MUSICAL - ARABESCO


O arabesco na música é um conjunto de ornamentos sonoros, normalmente alguma sequência de notas rápidas que são introduzidas em uma linha melódica mais lenta.

"Pequeno adereço de volteios sinuosos nascidos da pura fantasia"
Stirnimann (Schlegel, 1994, pag. 23)


Também pode se referir a um estilo musical que alude à atmosfera árabe, mas normalmente com uma visão ocidental do que seria a música árabe não necessariamente uma música realmente de origem árabe.

Os compositores que se dedicaram particularmente a esse estilo foram os do período romântico.

Outro nome utilizado é o termo francês ARABESQUE.

No vídeo o Arabesque nº 1 de Claude Debussy executado pelo pianista Andrew Furmanczyk.



domingo, 31 de dezembro de 2017

DICIONÁRIO MUSICAL - ALTERAR


Em música significa usar uma alteração no som de uma ou mais notas. Entenda melhor no verbete ACIDENTE >AQUI<


DICIONÁRIO MUSICAL - ALTERADO


Expressão musical que se refere basicamente aos sons musicais que recebem alguma alteração em sua afinação. Entenda melhor no verbete ACIDENTE >AQUI<


DICIONÁRIO MUSICAL - ALTERAÇÃO OCORRENTE


O mesmo que ACIDENTE. Veja >AQUI<


DICIONÁRIO MUSICAL - ALTERAÇÃO CONSTITUTIVA


É um termo usado para se referir aos sinais na armadura de clave, que definem a escala a ser usada na música. 

É uma expressão pouco usada pois não há uma alteração verdadeira como nas alterações ocorrentes (acidentes) em que notas diferentes da escala aparecem momentaneamente, os sustenidos e bemóis neste caso permeiam toda a música ou trecho musical.

Porém o termo não está errado pois quando a música é modulada (a escala é alterada), tendo sua tonalidade modificada a partir de um trecho, existe realmente uma alteração que constitui um novo tom para a obra, neste caso é acrescentada uma nova armadura na partitura.


Entenda melhor vendo o verbete ARMADURA >AQUI<.