terça-feira, 1 de novembro de 2016

INSTRUMENTOS MUSICAIS - AGÜÊ


É um instrumento de origem africana constituído de um porongo com búzios, contas ou sementes penduradas. Quando agitado produz um som que lembra o ruido da chuva caindo na vegetação, talvez daí o nome agüê (água caindo).

Também é chamado de amalé e xaque-xaque.

Há também um instrumento semelhante porém feito sem o porongo e com sementes de aguaí, também conhecidas como chapéu-de-napoleão que ficam penduradas por barbantes ou fios trançados, não só o nome é parecido, mas também o som que é produzido. Este instrumento é conhecido como chocalho de aguaí e tem origem indígena, talvez tenha influenciado o nome do agüê, de origem africana.

Chocalho de aguaí
No vídeo o som do agüê.


domingo, 9 de outubro de 2016

HINOS DO FUTEBOL - INTERNACIONAL



O ano era 1957 e o músico Nélson Silva acabava de escutar pelo rádio a derrota do seu time do coração, o Inter perdera de 3x0 para o Aimoré de São Leopoldo, ele deveria esperar pela namorada, mas foi para um barzinho e começou a escrever os versos que estavam brotando de sua alma...

Assim começa a história do hino do Internacional. Glória do desporto nacional...

Nélson Silva

Nélson Silva nasceu no Rio de Janeiro, mas se mudou para Porto Alegre aos 27 anos de idade, era torcedor do Flamengo, mas logo se identificou com o Sport Club Internacional que mesmo com várias décadas de fundação ainda não tinha um hino. Apesar disso essa não era a pretensão do compositor quando compôs a marchinha, foi inicialmente um desabafo de um torcedor que via grandeza em seu time mesmo na derrota.

“Nasceu de pura raiva este hino. Eu estava esperando minha noiva, Ieda, na Rádio Farroupilha, e com os ouvidos bem abertos esperando uma reação do Inter. Quando acabou o jogo, nós tínhamos perdido – 3x0 – e eu estava sem acreditar, desesperado da vida. Sentei em uma mesa e comecei a botar as ideias que tinha na cabeça no papel. Em meia hora, com aquela raiva toda, surgiu a marchinha ‘Celeiro de Ases’ que eu mesmo musiquei”

Nélson Silva (1975)

Nélson Silva trabalhou em rádio e TV no Rio Grande do Sul e foi assim que sua marchinha começou a ser conhecida e bem recebida pelos torcedores. Porém, algum tempo depois, a direção do Inter entendeu que seria importante que o clube tivesse um hino oficial e promoveu um concurso. Inicialmente Nélson Silva não pensou em colocar sua música, chamada Celeiro de Ases, para concorrer.

“Durante muito tempo guardei para mim. Tinha sido um desabafo. Não era uma música. Depois eu me dei conta que ser colorado era isso mesmo: os sentimentos mandando. Então comecei a mostrar a música devagarzinho, cantando na rádio, nos bares e nas serestas. Daí foi pegando o embalo. Todo mundo falou para eu inscrever no concurso, mas eu pensei: ‘Se o pessoal já gostou, não vai ser um concurso que vai mudar isso’. Um dia fui ao Inter e disse para os homens: ‘Tô dando os direitos do hino pro Inter’. Nunca ganhei nada com o hino. Quer dizer, falando em dinheiro, porque amizade ganhei muito. Chego no Beira-Rio hoje e é aquela festa.”

Nélson Silva (1975)


Logo que cedeu os direitos para o clube, Celeiro de Ases se tornou o hino oficial do Internacional. O hino tem um refrão e uma estrofe.

O refrão fala da grandeza e das glórias do time.

A estrofe fala das cores, do passado, do presente e da alegria da torcida colorada. Também aparece aí um dos apelidos do time – Clube do Povo – já usado na época da composição do hino.

No vídeo o hino do Internacional:


Celeiro de Ases (Hino Oficial) por Nélson Silva (1957)

Glória do desporto nacional
Oh, Internacional que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes, vives a brilhar
Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue tua senda de vitórias
Colorado das glórias, orgulho do Brasil

É teu passado alvirrubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul

Glória do desporto nacional
Oh, Internacional que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes, vives a brilhar
Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue tua senda de vitórias
Colorado das glórias, orgulho do Brasil

Sobre o time:

Nome oficial
Sport Club Internacional

Data de fundação
4 de abril de 1909

Localização
Porto Alegre, RS, Brasil

Cores
Vermelho e branco


Escudo
Em versões anteriores haviam estrelas, ramos de louro e uma coroa que foram substituídos pelo modelo atual com o nome e a data de fundação inscritos


Mascote
Saci-Pererê (antigamente era um negrinho)


Bandeira
Dois triângulos retângulos com o escudo sobre o triângulo vermelho


Apelidos
Clube do Povo, Colorado, Inter, Rolo Compressor

Estádio
Gigante da Beira-Rio (1969)
Anteriormente o Estádio dos Eucaliptos (1916)
Primeiramente o Campo da Ilhota (1909)

Gigante da Beira-Rio
 
Estádio dos Eucaliptos
Conquistas
Locais, estaduais, regionais, nacionais, americanos, mundial



Visite o site oficial do Internacional >aqui<

sábado, 8 de outubro de 2016

VERBORRAGIAS - MUSICAS E FRASES DE DAVID BOWIE


Sabe aquelas frases polêmicas, engraçadas, geniais ou até mesmo estúpidas ditas por celebridades da música?

DAVID BOWIE


“A coisa mais importante você nunca vai aprender. É simplesmente amar e ser amado”

“A música em si vai ser como água e eletricidade... Tenho confiança que em dez anos, por exemplo, não vai mais existir copyright” (para o NY Times em 2002)

“As pessoas poderiam pensar que uma estrela do rock se casar com uma supermodelo seria uma das melhores coisas do mundo... e, de fato, é” (ele se casou com a modelo Iman)

“Costumava esperar do lado de fora para ser o primeiro cara da cidade a ter o novo compacto do Little Richard. Eu era simplesmente louco por ele”

“Detesto ficar rodeado de pessoas que têm egos enormes”

“É verdade, sou bissexual. Foi a melhor coisa que me aconteceu e é muito divertido também”

“Eu acho que a fama por si só não é recompensadora. No máximo, te consegue mesa nos restaurantes”

“Eu acho que venho escrevendo consistentemente sobre os mesmos temas por uns 35... quase 40 anos. Não houve muito espaço para mudança comigo. Foi tudo sobre desânimo, desespero, medo, isolamento, abandono”

“Eu mudo muito de opinião. Normalmente não concordo muito com o que digo. Sou um grande mentiroso”

“Eu não sei para onde eu vou a partir daqui, mas eu prometo que não vai ser chato”

“Eu não tenho lealdade artística. É por isso que as pessoas me percebem como alguém que muda o tempo todo, mas há uma continuidade real na minha identidade... Eu acredito que tenho mais integridade que qualquer outro artista com trabalho contemporâneo ao meu”

“Eu recebo ofertas de filmes tão ruins e todos eles são sobre rainhas, travestis ou marcianos”

“Eu sou uma estrela instantânea, basta adicionar água e agitar”

“Falar dobre arte é como dançar sobre arquitetura”

“Fiz alguns álbuns fabulosos. Tenho que ser honesto. Adoro eles. Adoro as coisas que fiz”

“Há muita gente que parece querer ser imortal... Andamos atrás de quê exatamente? Quem quer se arrastar, velho e decadente até ter 90 anos? Só por uma questão se ego? Eu seguramente não quero”

“Já nem sei quantas vezes alguém veio pra mim e disse – Vamos dançar!... Eu odeio dançar. Meu deus, é tão estúpido!” (sobre a música Let’s dance)

“Não dê ouvidos à multidão, ela manda pular”

“Nós podemos ser heróis, apenas por um dia”

“O amanhã pertence àqueles que podem escutá-lo chegando”

“O melhor conselho que podiam me dar aos 18 anos? – Não te mete com as drogas”

“O tempo pode me mudar e eu não posso enganar o tempo”

“Os meios de comunicação são ao mesmo tempo nossa salvação ou nossa morte. Gosto de pensar que são nossa salvação”

“Quando eu ouvi Little Richard eu comprei um saxofone e entrei no negócio da música. Little Richard foi a minha inspiração”

“Quando ficamos mais velhos permanecem duas ou três perguntas; - Quanto tempo ainda tenho? e – O que fazer com o tempo que ainda me resta?”

“Quando você pensa sobre isso, Adolf Hitler foi o primeiro popstar”

“Rock sempre foi a música do Diabo e você não vai me convencer que não seja”

“Se o futuro assim permitir, não pretendo viver em vão”

“Sempre fico espantado porque as pessoas levam a sério o que eu digo. Eu não levo a sério nem o que eu sou”

“Sempre tive a repulsiva necessidade de ser mais do que um ser humano”

“Sigmund Freud ia adorar me conhecer”

“Sou contemporâneo do meu tempo”

“Uma canção tem que ter um caráter, forma, corpo e influenciar pessoas em um grau que elas possam usá-la por conta própria”


“Uma vez perguntei ao John Lennon o que ele achava do meu trabalho? Ele respondeu – É ótimo, mas é apenas rock n’ roll com batom”



domingo, 2 de outubro de 2016

INSTRUMENTOS MUSICAIS - AGOGÔ

Palavra do iorubá que significa sino.

Agogô de metal

É um instrumento de percussão (idiofone) de origem africana composto por sinos feitos de metal (normalmente com folhas de flandres ou ferro dobradas formando as campânulas) que são ligados por uma haste metálica e percutidos por uma vareta de madeira ou metal, pode ter de um a quatro sinos.

Agogô de cabaça

Há também os agogôs feitos com outros materiais como madeira, cabaças, cocos e castanhas.

Agogô de castanha-do-Pará

É muito usado no candomblé onde é um instrumento sagrado dedicado ao orixá Ogum.

Agogô de madeira

Na capoeira também é chamado gã (do nagô, significando relógio, tempo) e é usado para marcar o ritmo.

Agogô de latas recicladas

É muito usado também na música popular, no samba, no maracatu e em festas populares de origem africana.


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

DICIONÁRIO MUSICAL - AGOGE

Expressão grega da teoria musical antiga que significa movimento. 

Dizia respeito a subdivisões de escalas de notas que se sucediam em ascendência ou em descendência, ou em ambos os sentidos, chamando-se neste caso de Agoge Peripheres (movimento circular), essas sucessões eram em graus conjuntos. Está em desuso.

Não confundir com Agógica.

INSTRUMENTOS MUSICAIS - AGNÊ

É o mesmo que Afoxé.

sábado, 27 de agosto de 2016

DICIONÁRIO MUSICAL - AGNUS DEI

Expressão do latim que significa Cordeiro de Deus.

É uma oração cantada no culto das denominações cristãs mais tradicionais ou em cerimônias de sepultamento. Antigamente em latim, mas atualmente é mais comum ser cantada traduzida para a língua do país. Se baseia em um texto bíblico do evangelho de João no capítulo um, versículo vinte e nove (Jo 1:29) e trata do sacrifício de Cristo pela humanidade aludindo aos antigos sacrifícios de cordeiros na religião judaica. Este momento precede a comunhão (santa ceia) onde são consumidos o corpo e o sangue de Cristo representados por (ou transmutados em) pão e vinho.

Agnus Dei no culto em latim:

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem.

Traduzido:

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.

Agnus Dei para cerimônias de sepultamento em latim:

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem sempiternam.

Traduzido:

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes o descanso.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes o descanso.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes o descanso eterno.

Este tema aparece também fora das cerimônias cristãs em obras de muitos compositores.

No vídeo uma composição de Johan S. Bach. O Agnus Dei da Missa em Si menor - BWV 232.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

VERBORRAGIAS - MÚSICA E FRASES DE KEITH RICHARDS


Sabe aquelas frases polêmicas, engraçadas, geniais ou até mesmo estúpidas ditas por celebridades da música?

KEITH RICHARDS
(Guitarrista dos Rolling Stones)


“A coisa mais estranha que eu já tentei cheirar? Meu pai. As cinzas do meu pai. Ele foi cremado e eu não pude resistir a misturá-lo com um pouco de pó. Meu pai não se importaria e desceu muito bem. Eu ainda estou vivo”

“A música é uma necessidade. Depois da comida, do ar, da água e do calor, a música é a próxima necessidade”

“Aconteceu na Suíça. Alguém colocou estricnina na minha droga. Eu estava em coma, mas totalmente acordado. Conseguia ouvir todo mundo e diziam: ‘Está morto! Está morto’ – mas não estava”

“Aprendi a vomitar do jeito certo. Primeiro, se for possível, encontre um recipiente. Essa é a regra número um. Daí você despeja em cascata, como um bocejo Technicolor. Ao mesmo tempo, pode ser que você esteja dando uma cagada, o que é bem difícil, se for capaz de fazer os dois ao mesmo tempo vou te colocar no Cirque Du Soleil

“As grandes músicas são escritas a sós. Elas te arrastam pelo nariz ou pelas orelhas. É importante não interferir demais nisso, ignore a inteligência, ignore tudo, só siga-a, onde ela te levar”

“As grandes regras das brigas de navalha são: – Não tente fazer em casa – O importante é jamais utilizar a lâmina, ela está lá para distrair seu oponente. Enquanto ele olha para o aço reluzente chute as bolas dele e acabou. – Esse é o meu conselho”

“As pessoas não mudam. Mick Jagger mudou pouco ao longo dos anos... bem, talvez a sua roupa de baixo... três vezes”

“As únicas coisas que Mick e eu discordamos são sobre a banda, a música e o que fazemos”

“Dei uma navegada na internet e li algumas entrevistas, mas prefiro deixar isso para os meus filhos. Simplesmente não estou interessado no que pensam outros babacas do outro lado do mundo. Fora isso, não faz bem para o corpo nem para os olhos ficar sentado na frente do computador o dia inteiro”

“Durante dez anos fui o primeiro da lista de quem seria o próximo a morrer. Fiquei decepcionado quando caí no ranking... Um médico me disse que me restavam seis meses de vida, mas fui ao enterro dele. Os obituários me interessam muito ultimamente, mas não confio nos médicos. Não digo que não haja alguns bons, mas em geral não confio neles”

“É como o Mein Kampf*. Todo mundo o tem, mas ninguém o leu” (sobre o álbum Goddes in the doorway de Mick Jagger) *Mein Kumpf é o livro escrito por Hitler

“Ele só faz músicas para louras mortas” (sobre Elton John)

“Espelho meu, quem é mais linguarudo do que eu?”

“Eu ainda não pus a morte na minha agenda. Eu não quero encontrar meu velho amigo Lúcifer ainda. Ele é o cara que eu vou encontrar, né? Eu, com certeza, não vou lá pra cima”

“Eu fumo maconha o tempo inteiro, é minha erva benigna. É tudo que eu uso, é tudo que eu faço”

“Eu tocava sempre que podia pegar numa guitarra elétrica. Estava tentando aprender rocks e blues elétricos – os últimos de Muddy Waters e passava horas e horas no mesmo trecho, tocando outra vez, outra vez e outra vez”

“Ficar velho é uma experiência fascinante. Quanto mais velho você fica, mais velho você quer ser”

“Gosto do banheiro separado do quarto e detesto ser acordado, portanto, não gostei nenhum pouco da cadeia”

“Hoje de manhã, um cara que eu conhecia da escola primária veio falar comigo. Ele tem todos os discos do Chuck Berry! Chama-se Mick Jagger” (trecho de uma carta escrita para uma tia em 1961)

“John Lennon é um tonto! Nunca saiu da minha casa sem ser na horizontal”

“John Lennon parecia estar concorrendo comigo no que se refere a drogas e nunca entendi essa atitude”

“Minha vida foi dedicada a evitar problemas, mas é bem engraçado em quantos deles eu me meti”

“Não acredito que os compositores de rock n’ roll tenham de se preocupar com a arte. Boa parte é só acaso, improvisação... No que me diz respeito, ‘Art’ é só diminutivo de Artur”

“Não importa de que lado eu fique, eu sei que sempre serei culpado”

“Nunca percebi que estava loucão, mas provavelmente eu estava”

“Nunca tive uma overdose no banheiro de outra pessoa. Acho que é o cúmulo da falta de educação”

“O que eu achava mais interessante em Chuck Berry era a facilidade com que ele conseguia deixar momentaneamente de tocar o ritmo para produzir um solo, e em seguida mergulhar de novo na marcação rítmica. Antes, o guitarrista ficava muito preso à marcação do ritmo. Agora a diferença entre guitarrista base e guitarrista solo ficou diluída. Você não pode entrar numa loja e pedir uma ‘guitarra solo’. Você é um guitarrista, toca uma guitarra, e pronto”

“O rock n’ roll é o mais importante. O sexo e as drogas foram apenas coisas que aconteceram comigo no meio do caminho”

“O trabalho mais difícil de todos é ser vagabundo”

“Os pintores têm as telas. Os escritores, os papéis em branco. Os músicos têm o silêncio”

“Plantei um carvalho inglês enorme para espalhar as cinzas do meu pai em volta. Quando estava abrindo a tampa da caixa, uma nuvem de cinzas muito leve foi parar em cima da mesa. Não podia afastá-la sem mais, então recolhi com o dedo e cheirei o resto. Pó é de pai para filho”

“Pra ser sincero, eu nunca tive problemas com as drogas; só com a polícia”

“Quando eu me drogava, tomava a melhor coisa que conseguia. Se fosse ópio, seria um bom ópio tailandês. Se fosse ‘cavalo’, seria heroína pura de verdade, nada dessa merda da rua. Sempre escolhi, exceto quando estava desesperado”

“Se você quer ser guitarrista comece por uma acústica e aprenda bem até cegar na elétrica. Primeiro é preciso conhecer essa vadia, ir para  cama com ela. Se não tiver uma garota por perto, durma com ela, tem a forma perfeita”

“Se você vai chutar uma autoridade nos dentes, melhor que seja com os dois pés”

“Só há uma doença fatal: a hipocondria, fora essa eu tenho todas as outras”

“Sou sagitário: metade homem, metade cavalo. Tenho licença pra cagar na rua”

“Você mantém as costas na parede o tempo todo” (ensinando Johnny Depp a andar bêbado)

“Você não pode me acusar de nada que eu já não tenha confessado”


“Você sabe por que o cachorro lambe o próprio saco? Porque consegue. – Os Rolling Stones ainda tocam na nossa idade porque conseguimos”



domingo, 21 de agosto de 2016

DICIONÁRIO MUSICAL - AGITATO

Palavra italiana que significa agitado e se refere a uma marca de expressão musical que indica uma interpretação, um qualificativo para um andamento musical, que deve se tornar mais vivo, nervoso, agitado, mas não necessariamente mais rápido, por exemplo:

Allegro agitato
Andante agitato
Presto agitato

Quando este termo aparece escrito na partitura o intérprete pode executar ao seu gosto a intenção do compositor, neste caso a música pode ficar mais agitada.

No vídeo a Sonata ao Piano nº 14 em andamento Presto agitato de Beethoven.


HINOS DO FUTEBOL - GRÊMIO



Em 1953, sentado em um restaurante na região da cidade baixa em Porto Alegre, o grande compositor Lupicínio Rodrigues se preparava para ir a um jogo do seu time do coração, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, mas havia um problema, os condutores de ônibus e bondes estavam em greve e a torcida se encaminhava a pé para o Campo da Baixada no bairro Moinhos de Vento onde o Grêmio enfrentaria o Cruzeiro de Porto Alegre...

Assim começa a história do hino do Grêmio. Até a pé nós iremos...

Lupicínio Rodrigues

Lupicínio Rodrigues já era um compositor famoso quando decidiu participar de um concurso para a escolha de um hino para homenagear o cinquentenário do Grêmio, mas ele não começou a compô-lo de imediato, essa seria uma composição muito especial para ser feita de qualquer maneira de modo que ele vinha procurando uma boa inspiração e ela surgiu naquele dia. Os torcedores caminhando para o estádio deram o impulso inicial e algumas coisas que ele provavelmente já vinha ruminando há algum tempo foram se encontrando na mente musical do compositor (carinhosamente chamado de Lupi). Ele teria dito:

“Criarei algo que há de levantar as multidões esportivas”

Criou a música, ganhou o concurso e sem querer acabou tendo sua música eternizada como hino do Grêmio.


A música foi chamada inicialmente de Marcha do Cinquentenário e foi executada nos alto-falantes do Campo da Baixada em 16 de agosto de 1953, como era muito melhor que o hino oficial, chamado Marcha de Guerra, logo passou a ser usado em substituição ao outro, composto dez anos antes.

Uma frase motivacional já popular entre os torcedores gremistas era “Com o Grêmio, onde estiver o Grêmio” formulada por um torcedor e colocada em uma faixa que era levada para onde havia jogos do Grêmio, Lupi incorporou a frase na letra do hino junto com sua frase inicial formando o refrão.

A primeira estrofe fala do cinquentenário e das glórias do time.

A segunda estrofe fala da fidelidade da torcida.

A terceira estrofe fala da história do lendário goleiro Eurico Lara, jogador símbolo do Grêmio, que defendeu o time por quinze anos (1920 a 1935), Lupicínio o chama de “Craque imortal”, o que acabou se transformando em um adjetivo para o time – Imortal Tricolor – ele é o primeiro, senão o único jogador da história a ser homenageado no hino do time.

Eurico Lara

A composição do hino é de Lupi, mas os arranjos finais da composição couberam ao maestro Salvador Campanella e foram gravados nos estúdios de uma rádio local.

No vídeo a versão mais moderna do hino:



Hino atual por Lupicínio Rodriguez (1953)

// Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo é que nós estaremos
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver //

Cinquenta anos de glória
Tens Imortal Tricolor
Os feitos da tua história
Canta o Rio Grande com amor

// Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo é que nós estaremos
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver //

Nós como bons torcedores
Sem hesitarmos se quer
Aplaudiremos o Grêmio
Aonde o Grêmio estiver

// Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo é que nós estaremos
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver //

Lara o craque imortal
Soube seu nome elevar
Hoje com o mesmo ideal
Nós saberemos te honrar

// Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo é que nós estaremos
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver //


O que não se fala muito é que antes do hino de Lupicínio houve outros dois, um composto em 1924 por Isolino Leal e outro em 1946 de autoria de Breno Blauth.


Primeiro hino por Isolino Leal (1924)

Vibre em nós a luz da energia que dá fulgo e faz heróis
Músculos de aço e varonia nos façam da pátria áureos sóis

Do sul ao norte nos seja prêmio
A fé no Grêmio invicto e forte

A nobreza, se o prélio freme, é quem inspira o coração
Da nossa gente que não treme, e luta sempre como um leão

Do sul ao norte nos seja prêmio
A fé no Grêmio invicto e forte

Filhos do pampa erguendo a fama desta terra de honra e valor
Com a alma acesa, em viva chama, por ela cante o nosso amor

Do sul ao norte nos seja prêmio
A fé no Grêmio invicto e forte

No vídeo o segundo hino do Grêmio (informado erradamente como sendo o primeiro) cantado por Janete Cecin.


Segundo hino por Breno Blauth – Marcha de guerra (1946)

Abram alas, abram alas, lá vem o quadro tricolor
Nós estamos confiantes no nosso onze de valor
Nosso time da baixada não tem receio de nenhum
Pois a bola vai ao golo e a torcida quer mais um

O Grêmio é o tal, não teme seu rival
É o mosqueteiro do esporte nacional
O nosso tricolor é um quadro de valor
Ele é fidalgo é destemido e é leal

Viva o Grêmio, viva o Grêmio
Não ganhará o jogo em vão
De conquista em conquista
Vai ser de novo o campeão


SOBRE O TIME:

Nome oficial
Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense

Data de fundação
15 de setembro de 1903

Localização
Porto Alegre, RS, Brasil

Cores
Azul, preto e branco
(o primeiro uniforme tinha as cores azul e havana, mas como era difícil achar tecidos nesta cor o havana foi substituído pelo preto)




Primeira foto com o primeiro uniforme

Escudo
Inicialmente era um círculo de fundo branco e detalhes celestes com as iniciais e a palavra FOOTBALL no centro.



A partir da década de 1920 o escudo passou a representar uma bola de futebol, com as costuras daquela época lembrando os gomos de uma bergamota (tangerina ou mexerica) e passou por várias pequenas modificações através dos anos.



O escudo atual é um círculo de fundo branco onde aparecem o ano de fundação acima e o final da sigla do time abaixo; seis gomos azuis; e uma faixa preta com o nome GRÊMIO ao centro. As estrelas inicialmente festejaram a conquista do Campeonato Brasileiro de 1981, a Copa Libertadores da América em 1983 e o Campeonato mundial Interclubes em 1983. Em uma interpretação mais atual cada estrela engloba um grau diferente de conquistas; bronze = campeonatos nacionais, prata = continentais, dourado = mundiais. 



Mascote
Mosqueteiro criado pelo chargista Pompeo no jornal Folha da Tarde em 1946. Simboliza a união e a bravura. Teve várias modernizações com o tempo.








Bandeira
Durante a história do time a bandeira teve várias modificações, a primeira era listrada, a segunda homenageava a bandeira do Brasil (o que foi proibido por lei na década de 1940), a partir daí passou a ter faixas pretas e brancas partindo do centro do escudo.



A bandeira atual tem campo celeste cortado por seis faixas branco e pretas em cruz e xis, com o escudo ao centro. A estrela é em homenagem ao jogador Everaldo que participou da seleção ganhadora da copa de 1970


Apelidos
Tricolor dos Pampas, Imortal Tricolor

Estádio
Arena do Grêmio (2012)
Anteriormente o Olímpico Monumental (1954-2014)
Primeiramente o Campo da Baixada (1904-1954)

Arena do Grêmio
Olímpico Monumental
Campo da Baixada

Conquistas
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