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sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

HINOS DO FUTEBOL - SANTOS



Apesar de já haver dois hinos cantados pela torcida Santista, um fanático torcedor do clube resolveu também compor um hino de sua autoria.

Assim começa a história do hino oficial do Santos. “Sou alvinegro da Vila Belmiro...”

O ano era 1957 e Carlos Henrique Paganetto Roma com 21 anos de idade, levava uma vida boêmia e gostava de compor músicas. Toda a sua família era fanática torcedora do Santos Futebol Clube, seu pai viria a ser presidente do clube em 1975 e seu irmão em 2015. Então Carlinhos, como era conhecido, decidiu que tinha que compor uma música em homenagem a seu time do coração e assim surgiu “Sou alvinegro da Vila Belmiro” sem muitas pretensões, e Carlinhos nunca viu sua música ser declarada como hino oficial do clube pois na verdade havia uma música bem mais antiga que apesar de não ser oficializada era tida como hino do clube. Era uma marchinha com 21 versos composta na década de 1930 que hoje em dia está esquecida pela torcida. Havia também outra marchinha recém composta (1955) e que já era popular entre os torcedores e que é considerada até hoje como um segundo hino do clube. Então até a morte de Carlinhos em 1983 e ainda por mais alguns anos o Santos não tinha um hino realmente oficial.

Carlos Henrique Paganetto Roma

Só em 1996 (13 anos após a morte de Carlinhos) o clube oficializou a música “Sou alvinegro da Vila Belmiro” como hino oficial, passando a ser executado em todos os eventos do time.


Até aí, a mais popular ainda era a marchinha “Leão do mar”, composta por Mangeri Neto e Mangeri Sobrinho em 1955 para comemorar a conquista do Paulistão daquele ano, mas apesar de não ser oficial ainda é considerada pelos fanáticos do Peixe como hino do Santos junto com a composição de Carlinhos.

O hino oficial tem quatro estrofes, cada uma com quatro versos. A primeira estrofe fala sobre a alegria de ser santista, a segunda fala das glórias, a terceira da prática do futebol e a quarta fala da dedicação ao esporte.


Hino Oficial, Sou alvinegro da Vila Belmiro, por Carlos Henrique Paganetto Roma (1957)

Sou alvinegro da Vila Belmiro
O Santos vive no meu coração
É o motivo de todo o meu riso
De minhas lágrimas e emoção

Sua bandeira no mastro é a história
De um passado e um presente só de glórias
Nascer, viver e no Santos morrer
É um orgulho que nem todos podem ter

No Santos pratica-se o esporte
Com dignidade e com fervor
Seja qual for a sua sorte
De vencido ou vencedor

Com técnica e disciplina
Dando o sangue com amor
Pela bandeira que ensina
Lutar com fé e com ardor

O segundo hino começa com uma interjeição de torcida em um verso, seguida de uma estrofe com quatro versos que fala da vitória do time, em seguida outra interjeição e a segunda estrofe também com quatro versos que fala da força do clube.


Segundo hino, Leão do mar, por Mangeri Neto e Mangeri Sobrinho (1955)

Santos, Santos, gol!

Agora quem dá bola é o Santos
O Santos é o novo campeão
Glorioso alvinegro praiano
Campeão absoluto deste ano

Agora quem dá bola é o Santos
O Santos é o novo campeão
Glorioso alvinegro praiano
Campeão absoluto deste ano

Santos!

Santos sempre Santos
Dentro ou fora do alçapão
Jogue o que jogar
És o leão do mar
Salve o nosso campeão!

O primeiro hino é composto por vinte e um versos falando da força do time, das cores, da fidelidade da torcida e da bandeira do clube.

Primeiro hino (década de 1930)

Santos Futebol Clube tu és temido
E, sobre mais, és vaidoso!
O teu pavilhão querido,
Há de ser sempre glorioso!

A camisa preta e branca,
Só vestimos com amor,
E nós, no campo da luta,
Seja qual for a disputa,
Defendemo-la com ardor.

O nosso clube foi sempre forte,
Desde o tempo do União,
Duvidamos que alguém suporte
Seu valor de campeão.

Quem quiser ter a certeza
Do valor do Preto e Branco,
Que vá ver nossa destreza,
Nosso jogo e nosso tranco.

Foi vitória merecida a dos nossos jogadores,
Pois lutando com denodo, por amor ao pavilhão,
A bandeira estremecida desfraldaram os vencedores,
Demostrando, deste modo, ser o Santos campeão.

Sobre o time:

Nome oficial
Santos Futebol Clube

Data de fundação
14 de abril de 1912

Localização
Santos, São Paulo, Brasil

Cores
Branco e preto.
No primeiro ano as cores eram o branco, o azul e o dourado, mas como era difícil confeccionar uniformes nestas cores logo decidiram simplificar para o alvinegro.



Escudo
Foram vários modelos ao longo da história.


Mascote
Baleia


Bandeira


Apelidos
Alvinegro Praiano, Alvinegro da Vila, Fantástico, Leão do Mar, Meninos da Vila, Peixe, Selesantos.

Estádio
Estádio Urbano Caldeira - mais conhecido como Vila Belmiro (1916)


Conquistas
Locais, estaduais, interestaduais, nacionais, continentais, intercontinentais e mundiais.

Site oficial




sábado, 31 de agosto de 2019

HINOS DO FUTEBOL - CRUZEIRO



Através de uma rádio o clube criou um concurso para escolher o hino do time e o maestro Jadir Ambrósio resolveu tudo em quinze minutos...

Assim começa a história do hino do Cruzeiro. Existe um grande clube na cidade...

Já era 1965 e o Cruzeiro Esporte Clube ainda não tinha um hino para sua torcida cantar após quarenta e quatro anos de fundação, ainda mais que estava sendo inaugurado um grande estádio na cidade de Belo Horizonte onde seriam disputadas grandes partidas nacionais, o Mineirão tinha que ouvir os torcedores da Raposa cantarem um hino.


Então, por iniciativa da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, foi lançado um concurso para escolher um hino para o Time do Povo e o compositor Jadir Ambrósio, apelidado de Maestro da Massa, resolveu participar. Foi durante um passeio pela Avenida Afonso Pena, próximo à Praça Sete em BH que ele compôs de cabeça a letra e a melodia em apenas quinze minutos. Em uma reunião da diretoria do clube ele apresentou a composição para os dirigentes que a aprovaram na mesma hora.

Jadir Ambrósio em 2014

"A inspiração veio do céu" 
Jadir Ambrósio

"Eles não pensaram duas vezes e gravaram logo o disco"
Helena Ambrósio (esposa do compositor)

O intitulado Hino ao Campeão Cruzeiro Esporte Clube foi apresentado pelo próprio Jadir no programa do radialista Aldair Pinto (Roteiro das Ruas) na Rádio Inconfidência, e logo gravado, acolhido e cantado pela torcida celeste.

Jadir morreu em 30 de setembro de 2014 aos 91 anos de idade de falência dos rins e do coração. Compôs mais de cem músicas, foi amigo do presidente Juscelino Kubitschek, dos cantores Agnaldo Timóteo e Luiz Gonzaga e professor de música da jovem cantora Clara Nunes com apenas dezesseis anos de idade, no início de sua carreira.

O hino tem apenas um verso com oito frases, tradicionalmente cantado várias vezes. Nele é ressaltada a grandeza do time, o orgulho e o amor da torcida pelo seu Rei das Copas.


Hino ao Campeão Cruzeiro Esporte Clube por Jadir Ambrósio (1965)

Existe um grande clube na cidade, 
Que mora no meu coração. 
E eu vivo cheio de vaidade, 
Pois na realidade é um grande campeão. 
Nos gramados de Minas Gerais, 
Temos páginas heroicas e imortais. 
Cruzeiro, Cruzeiro querido, 
Tão combatido, jamais vencido. (repete do início)


SOBRE O TIME:

Nome oficial
Cruzeiro Esporte Clube

Data de fundação
2 de janeiro de 1921

Localização
Belo Horizonte, MG, Brasil

Cores
Azul e branco
Até a proibição de símbolos italianos durante a Segunda Guerra Mundial o clube se chamava Società Sportiva Palestra Italia e usava as cores da bandeira italiana (verde, branco e vermelho)


Escudo
Disco branco circundado por uma linha azul na parte externa emoldurando o nome Cruzeiro Esporte Clube, tendo ao centro um disco azul com cinco estrelas formando a constelação do cruzeiro do sul


Mascote
Raposa


Bandeira
Fundo azul com o escudo ao centro


Apelidos
Cruzeirão Cabuloso, La Bestia Negra, Maior de Minas, O Time do Povo, Palestra, Raposa, Rei de Copas, Zeiro

Estádio
Mineirão


Conquistas
Locais, estaduais, nacionais, americanos

Visite o site oficial do Cruzeiro >AQUI<


domingo, 21 de julho de 2019

HINOS DO FUTEBOL - VASCO DA GAMA




Lamartine Babo compôs uma marchinha de carnaval em homenagem a um time do Rio de Janeiro, o sucesso foi tamanho que um locutor de rádio o desafiou a compor uma para cada um dos times do campeonato carioca...

Assim começa a história do hino do Vasco. Vamos todos cantar de coração, a cruz de malta é o meu pendão...

Lamartine Babo era um compositor muito popular no Rio de Janeiro, sendo muito conhecido por suas marchinhas carnavalescas, como a famosa:

"O teu cabelo não nega mulata, 
Porque és mulata na cor, 
Mas como a cor não pega, mulata 
Mulata eu quero teu amor..."

Lamartine Babo

Em 1942 resolveu compor uma marchinha para seu time do coração, o America Football Club, ele fez uma adaptação em cima de uma música norte-americana popular da época chamada Row row row, depois resolveu compor uma marchinha para o carnaval do mesmo ano em homenagem ao time do Flamengo. Essa marchinha ficou muito popular e passou a ser cantada mais do que o próprio hino oficial. Alguns anos depois Lamartine (apelidado Lalá) participava de um programa de rádio chamado Trem da Alegria, onde o assunto da música tão popular veio a tona. Seu colega Helber de Boscoli então o desafiou a compor marchinhas também para cada um dos outros times do campeonato daquele ano, uma a cada semana, no total de 11 times. Desafio aceito e cumprido. As músicas foram todas gravadas e viraram um disco em 1945. Uma dessas marchinhas era em homenagem ao Vasco da Gama, e da mesma forma a torcida adorou e passou a cantar a música em forma de hino.

Momento no programa Trem da Alegria com Lamartine ao centro

Porém o Gigante da Colina já tinha um hino oficial, que havia substituído um hino ainda mais antigo. O primeiro era chamado de Hino Triunfal do Vasco da Gama, composto em 1918 por Joaquim Barros Ferreira da Silva e o segundo se chamava Meu Pavilhão, com música de Ernani Corrêa e letra de João de Freitas, mas não se conhece a data de composição.


O hino mais atual e popular é dividido em três estrofes:

A primeira fala do escudo do time e do navegante português que dá nome ao clube;

A segunda fala da torcida e do brilho do time;

A terceira fala dos esportes que o clube pratica.

No vídeo o hino popular:



Hino popular do Vasco da Gama por Lamartine Babo (1945)

Vamos todos cantar de coração
A cruz de malta é o meu pendão
Tu tens o nome de um heroico português
Vasco da Gama, a tua fama assim se fez

Tua imensa torcida é bem feliz 
Norte-sul, norte-sul deste Brasil 
Tua estrela, na terra a brilhar, ilumina o mar

//No atletismo és um braço 
No remo és imortal 
No futebol és um traço 
De união Brasil-Portugal//

Veja também o segundo hino do Vasco:



Meu pavilhão por Ernani Corrêa e João de Freitas

Vasco da Gama evocas a grandeza 
Daqui e d'além mar 
Teu pavilhão refulge de beleza 
Perene a tremular

Dos braços rijos de teus filhos 
O mar sagrou-se na história 
Reflete pelos céus em forte brilho 
O cetro que ostentas da vitória

Na cancha és o pioneiro 
És o mais forte entre os mil 
Com a fama que ecoa no estrangeiro 
Elevas o esporte do Brasil

Veja ainda o primeiro hino do Vasco:


Hino Triunfal do Vasco da Gama por Joaquim Barros Ferreira da Silva (1918)

Clangoroso apregoa, altaneiro 
O clarim estridente da fama 
Que dos clubes do Rio de Janeiro 
O invencível é o Vasco da Gama

Se vitórias já tem no passado 
Glórias mil há de ter no porvir 
O seu nome é por nós adorado 
Como estrela no céu a fulgir

Avante então que p'ra vencer 
Sem discussão basta querer lutar, lutar 
Os vascaínos de terra e mar, os paladinos

É mundial a sua fama 
Vasco da Gama não tem rival 
Mais uma glória vai conquistar 
Lutar, lutar para a vitória

Sobre os peitos leais vascaínos 
Brilha a cruz gloriosa de Malta 
Corações varonis, leoninos 
Que o amor pelo Vasco ainda exalta

Quando o Vasco em qualquer desafio 
Lança em campo o seu grito de guerra 
Invencível, nervoso arrepio 
Faz tremer o rival e a terra

Avante então que p'ra vencer 
Sem discussão basta querer lutar, lutar 
Os vascaínos de terra e mar, os paladinos

Vascaínos, avante é lutar 
Sempre o Vasco venceu quando quis 
Quer em terra, ou ainda no mar 
Nunca o Vasco baixou a cerviz

Viva pois, nosso Vasco da Gama 
Nosso clube leal, valoroso 
Tudo o diz, assegura e proclama 
Nosso Vasco é o mais glorioso

Avante então que p'ra vencer 
Sem discussão basta querer lutar, lutar 
Os vascaínos de terra e mar, os paladinos

SOBRE O TIME:

Nome oficial
Club de Regatas Vasco da Gama

Data de fundação
Como clube náutico em 1898
Como time de futebol em 1915

Localização
Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Cores
Preto, branco e vermelho


Escudo
Fendido nas duas abas superiores, com campo negro e faixa branca transversal descendo da esquerda para a direita, com uma caravela ao centro, portando a cruz de malta na vela principal, tendo a sua direita um logotipo com as letras CR entrelaçadas e abaixo outro com as letras VG também entrelaçadas.


Mascote
Almirante


Bandeira
Fundo negro com uma faixa transversal branca descendo da direita para a esquerda com uma cruz de malta ao centro. Na parte superior esquerda, oito estrelas amarelas.


Apelidos
Almirante, Camisas-pretas, Expresso da Vitória, Gigante da Colina, Time da Virada, Trem-bala da Colina, Vascão

Estádio
São Januário (1927)

Estádio São Januário

Conquistas
Locais - estaduais - regionais - nacionais - americanos

Visite o site oficial do Vasco >AQUI


terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

HINOS DO FUTEBOL - PALMEIRAS




O ano era 1949 e o irmão do compositor Antonio Sergi ficava nervoso e doente quando o seu time começava a perder uma partida, então ele compôs uma marchinha para cantar e deixá-lo mais calmo...

Assim começa a história do hino do Palmeiras. Quando surge o Alviverde imponente...

Antônio Sergi

Antonio Sergi nasceu na Itália em 1913, mas se naturalizou brasileiro e já no Brasil se formou em medicina em 1942, sendo clínico geral e cardiologista, também era músico e professor no Consultório Dramático e Musical em São Paulo, onde regia sua própria orquestra, chamada Colúmbia, tocando em bailes e também na Rádio Gazeta, onde era diretor artístico.

Era conhecido como Totó e torcia para o time de futebol então chamado Palestra Itália fundado por alguns de seus conterrâneos italianos no começo do século em São Paulo. Porém com o advento da Segunda Guerra Mundial e com o posicionamento do Brasil contra a Itália na guerra, os símbolos e referências a este país foram proibidos em todo o território nacional, forçando a mudança do nome e diversos símbolos do time em 1942. O novo nome adotado foi o do local onde o clube tinha sua sede, o Sítio das Palmeiras.


Até então o Palestra Itália já tinha um hino oficial composto em 1918, mas que também deveria ser mudado para que o recomeço fosse total.

Hino do Palestra Itália (1918)

Cantando em coro a victoria
que vem de nosso valor,
Palestrinos - para a Glória,
Para a Glória e para o amor.

Sob o esplendor que irradia
De nossa bandeira ideal,
vamos cheios de alegria
Para a lucta franca e leal

Que da nossa mocidade
Fulga em doce aspiração
Da victoria a claridade,
Da Glória o nosso brazão...

Do nosso peito a aurea offerta,
Do valor de todos nós
Há de florir forte e certa
De um canto a rutila voz...

Que a bandeira scintillando
Com um brilho matinal
Fique bem alto pairando
A nossa Glória immortal!

Até 1949 o clube não havia escolhido um novo hino, e foi aí então que Sergi compôs uma marchinha, que inicialmente teve uma finalidade mais singela do que ser um hino, ele cantava para seu irmão mais novo enquanto escutavam as partidas no rádio.

“Se tinha um jogo ele ouvia. Se estivesse vencendo estava tudo bem. Se estivesse perdendo ficava com febre e mau humorado. Então eu precisava animar esse irmão. E eu fiz um hino e com o hino ele vai ganhar sempre. Essa é a verdade”
Antônio Sergi

Embora fosse regente e compositor, Totó não costumava escrever os versos para as músicas e quando fazia, colocava um pseudônimo, provavelmente por não considerar seus textos muito bons, deste modo o hino foi creditado como sendo de Gennaro Rodrigez, mas posteriormente o nome de Antônio Sergi foi acrescentado como autor. Até hoje muitos acreditam que o hino tem dois compositores, mas na verdade ambos são a mesma pessoa.

Sergi divulgou o hino na rádio e fez sucesso, então resolveu ceder a música para o Verdão e ela foi logo aceita pela torcida.

“Trabalhava na rádio Cruzeiro do Sul. Era jornalista. Mas foi escolhido que eu faria o programa esportivo, e tinha todo mês um programa esportivo elogiando um time. Uma dessas sextas-feiras foi o Palmeiras. Mas o Palmeiras surgiu um sucesso tremendo”
Antônio Sergi

O compositor faleceu no dia 3 de julho de 2003 aos noventa anos de idade.

Antônio Sergi

O hino tem quatro estrofes, a primeira fala da resolução e coragem do time, a segunda fala da lealdade e eficiência, a terceira fala da defesa, do ataque e da torcida, sendo cantada duas vezes seguidas, e a quarta fala da grandeza de ser brasileiro.


Hino do Palmeiras, por Antônio Sergi (1949)

Quando surge o Alviverde imponente
No gramado em que a luta o aguarda
Sabe bem o que vem pela frente
Que a dureza do prélio não tarda

E o Palmeiras no ardor da partida
Transformando a lealdade em padrão
Sabe sempre levar de vencida
E mostrar que de fato é campeão

//Defesa que ninguém passa
Linha atacante de raça
Torcida que canta e vibra//

Por nosso Alviverde inteiro
Que sabe ser brasileiro
Ostentando a sua fibra

Sobre o time:

Nome oficial
Sociedade Esportiva Palmeiras

Data de fundação
26 de agosto de 1914

Localização
São Paulo, SP, Brasil

Cores
Branco e verde
Anteriormente o vermelho e o amarelo também foram usados


Escudo
Um círculo de fundo verde com duas linhas externas, uma branca e outra verde, tendo na parte inferior o nome PALMEIRAS e na parte superior um círculo menor branco tendo internamente em linhas verdes um escudo portando a letra P, nas laterais deste último círculo, quatro estrelas brancas de cada lado


Outros mais antigos


Mascote
O periquito e o porco


Bandeira
Fundo verde com uma faixa branca se elevando da base esquerda para o topo direito, tendo ao centro o brasão


Apelidos
Alviverde, campeoníssimo, palestra, palestrino, porco, verdão

Estádio
Arena Allianz Parque
Anteriormente o Palestra Itália
Anteriormente o Parque Antártica
(todos no mesmo local desde 1920)

Allianz Parque
Palestra Itália
Parque Antártica (1921)

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Locais, estaduais, regionais, nacionais e continentais

Site oficial

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

HINOS DO FUTEBOL - SÃO PAULO



Voltemos ao ano de 1936 e encontraremos José Porphyrio da Paz e sua família sendo despejados de sua casa por falta de pagamento, mas cantando uns versinhos em homenagem ao time do coração, para o qual doavam grande parte do seu dinheiro.

Assim começa a história do hino do São Paulo. Salve tricolor paulista, amado clube brasileiro...

Porphyrio em destaque na foto do dia da fundação do clube (1936)

Porphyrio da Paz era mineiro, mas se mudou para São Paulo e ajudou a reerguer o time de futebol do São Paulo que havia sido fundado em 1930 e fechado em 1935 após uma fusão com um clube de regatas local. Ainda no mesmo ano ele participou da reinauguração do SPFC (São Pulo Futebol Clube), mas a paixão pelo clube era tanta que ele doava grande parte de suas rendas de tenente do exército e farmacêutico para ajudar na manutenção do clube que estava em dificuldades, e isto comprometeu as finanças da família a ponto de no ano seguinte ele acabar sendo despejado de sua casa.

Quase tudo que recebia ia para o clube. Quando fui avisado da perda da casa, fiquei desolado. Andava de um lado para o outro, sem saber o que fazer. Mas o amor pelo São Paulo foi maior e, em vez de desistir, comecei a cantarolar: "Salve o Tricolor paulista" e compus o hino do clube. Foi cantando o hino que eu e minha família deixamos nossa casa
Porphyrio da Paz

A partir destes versos iniciais ele resolveu compor o resto da música que em 22 de abril de 1942 foi oficializada como hino oficial do clube, porém havia um detalhe no quinto verso original que passou a causar um certo desconforto alguns anos depois, uma das frases dizia – “Do Palmeiras também trazes” – o que parecia uma referência a um dos rivais locais (o Palestra Itália teve que mudar de nome por imposição do governo se tornando o Palmeiras) era na verdade uma referência a um dos times da fusão que originou o São Paulo (a Associação Atlética das Palmeiras e o Club Athletico Paulistano) então o próprio Porphyrio resolveu trocar Palmeiras por Floresta e posteriormente modificou todo o verso para acabar com o remendo e aproveitou para cantar o hino em uma reunião e ceder todos os direitos para o clube em 29 de abril de 1966.

Porphyrio participou do clube em vários cargos diretores e presidenciais, também participou da construção do estádio Morumbi e foi conselheiro vitalício até sua morte aos oitenta anos de idade em 1983.


O hino tem quatro versos e um refrão que é cantado duas vezes entre os versos. O refrão fala do amor ao time e das glórias do passado, o primeiro verso fala da grandeza do time, o segundo fala do nome do time, o terceiro fala das cores e o quarto declara amor ao time.



São Paulo F.C. (Hino oficial) por José Porphyrio da Paz (1936)

Salve Tricolor Paulista amado clube brasileiro
//Tu és forte, tu és grande, dentre os grandes és o primeiro//

//Oh, Tricolor, clube bem-amado
As tuas glórias vêm do passado//

São teus guias brasileiros que te amam ternamente
//De São Paulo tens o nome que ostentas dignamente//

//Oh, Tricolor, clube bem-amado
As tuas glórias vêm do passado//

Tuas cores gloriosas despertam amor febril
//Pela Terra Bandeirante: Honra e glória do Brasil//

//Oh, Tricolor, clube bem-amado
As tuas glórias vêm do passado//

São Paulo, clube querido, tu tens o nosso amor
//Teu nome e tuas glórias têm honra e resplendor//

//Oh, Tricolor, clube bem-amado
As tuas glórias vêm do passado//

Sobre o time:

Nome oficial
São Paulo Futebol Clube

Data de fundação
26 de janeiro de 1930
Fechado em 1935 por sete meses
Refundado em 16 de dezembro de 1935

Localização
São Paulo, SP, Brasil

Cores
Vermelho, preto e branco


Escudo
Formado externamente por um triângulo sobreposto por um retângulo com fundo branco, tendo internamente um retângulo preto na parte superior contendo as iniciais SPFC e na parte inferior dois triângulos de cores vermelho e preto separados por uma faixa vertical de cor branca.


Mascote
Santo Paulo



Bandeira
Fundo branco atravessado por duas faixas na horizontal nas cores vermelho e preto com o brasão ao centro.


Apelidos
Clube da fé, O mais querido, Tricolor paulista

Estádio
Estádio Cícero Pompeu de Toledo
Mais conhecido como Estádio do Morumbi (1960)
Anteriormente o Estádio do Pacaembu (1940 - 1960)
Primeiramente o Estádio da Floresta ou Chácara da Floresta (1930 - 1935)

Estádio do Morumbi
Estádio Pacaembu
Estádio Chácara da Floresta

Conquistas
Locais, estaduais, regionais, nacionais, americanos, mundiais

Visite o site oficial do São Paulo >aqui<