quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CINEMA E MÚSICA – ENCRUZILHADA (CROSSROADS)


Entender o blues é uma coisa complicada se você só quer escutar música pra passar o tempo, pois é um gênero que exige mais sentimento que técnica, mas no filme Encruzilhada se pode entender melhor por que o blues é assim.


Neste filme, que narra a história de um jovem violonista erudito, Eugene Martone interpretado por Ralph Macchio (sim, o Daniel Sam de Caratê Kid) não tanto a história do blues, mas a essência dele é ensinada.

Ralph Macchio

O jovem Eugene tem uma técnica apurada tocando violão, mas é fascinado pelo blues e seu professor não aceita que essa influência apareça em sua técnica musical. Porém logo no começo do filme, Eugene descobre um velho bluesman, Willie Brown em um asilo de idosos que foi parceiro da maior lenda do blues, Robert Johnson e quer que ele lhe mostre o trigésimo blues do mestre, que nunca foi gravado por ele.

Joe Seneca e Ralph Mecchio

O que Eugene não sabe é que Willie, assim como Johnson, fez um pacto com o Diabo pra ter talento, vendendo a própria alma em uma encruzilhada. Conheça melhor essa história clicando >AQUI<. No caminho entre Nova Iorque e o Mississippi o jovem tem lições sobre o blues e a vida, conhecendo o preconceito, a amizade e o amor. Tudo culmina em um incrível duelo de guitarras entre Eugene e o melhor guitarrista do Demônio, interpretado por Stevie Vai, que na época tinha acabado de lançar seu primeiro álbum.

Ralph Macchio e Stevie Vai

Deve-se destacar também a fotografia do filme, principalmente nas cenas de estrada e da encruzilhada, ponto para John Bailey.


A trilha sonora é de Ry Cooder que usou desde gravações originais de Johnson até o rock dos anos 80 mostrando a grande verdade de que o blues deu origem a todas as vertentes do rock. Na trilha oficial temos:

- Crossroads – Robert Johnson e Ahmad Jamal (original)
- Down in Mississippi – J. B. Lenoir
- Cotton needs pickin’ – Frank Frost, Richard “Shubby” Holmes, John Price e Otis Taylor
- Viola Lee blues – Noah Lewis
- See you in hell, Blind Boy – Ry Cooder
- Nitty gritty Mississippi – Fred Burch e Don Hill
- He made a woman out of me – Fred Burch e Don Hill
- Feelin’ bad blues – Ry Cooder
- Somebody’s callin’ my name – Canção tradicional com arranjo de Ry Cooder
- Willie Brown blues – Ry Cooder e Joe Seneca
- Walkin’ away blues – Ry Cooder e Sonny Terry

Não está na trilha oficial, mas é o maior momento do filme quando Eugene executa a música Eugene’s Trick Bag no duelo de guitarras, ela foi composta por Stevie Vai inspirada no Estudo nº 2 de Villa-Lobos e no Capricho nº 5 de Paganini, que foi um dos maiores violinistas da história, viveu na virada dos séculos XVIII e XIX e foi o primeiro grande músico a ser acusado de fazer um pacto com o Cramulhão.

Ralph Macchio e Ry Cooder durante as filmagens

Título original: Crossroads
Lançamento: 1986 (EUA)
Direção: Walter Hill
Trilha sonora: Ry Cooder
Duração: 96 minutos (1h36min)
Gênero: Drama

No elenco:
Ralph Macchio interpretando o jovem Eugene Martone
Joe Seneca interpretando o velho bluesman Willie Brown
Jami Gertz interpretando Frances, a namorada de Eugene
Robert Judd interpretando Scratch (o Diabo)
Joe Morton interpretando o assistente do Diabo
Stevie Vai interpretando o guitarrista do Diabo, Jack Butler
Tim Russ interpretando Robert Johnson

O encontro com o Príncipe das Trevas

Curiosidades:
Houve realmente um parceiro de Robert Johnson chamado Willie “Blind Dog” Brown mas morreu em 1952, portanto 34 anos antes das filmagens.
Ralph Macchio gravou todas as cenas em que toca violão erudito pois também é músico.
A música da cena do duelo foi gravada por Ry Cooder e Stevie Vai, mas o ator Ralph Macchio tinha uma boa noção de como ela era executada e dublou de maneira bem convincente.
A guitarra usada por Ralph Macchio é uma Fender Telecaster CBS de 1970.


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

VERBORRAGIAS - MÚSICA E FRASES DE MARCELO NOVA

Sabe aquelas frases polêmicas, engraçadas, geniais ou até mesmo estúpidas ditas por celebridades da música?

MARCELO NOVA
(vocalista do Camisa de Vênus)




 “A gente ficou oito anos sem gravar, quem sabe não ficamos outro tempo e voltamos? O Camisa é nosso patrimônio” (Sobre uma possível volta do Camisa de Vênus)


“A grande maioria dos artistas vêem a arte como um veículo para atingir objetivos pessoais”


“A vida é boa, mas não é justa, acostume-se”


“ACM é uma figura. Nos anos 70, eu tava fumando um baseado. Aí ele chegou num opala e ficou bem do meu lado. Eu gritei: ‘Diga, meu governador!’ Rapaz, ele saiu da janela do carro, juntou as duas mãos e ficou fazendo gestos de vitória. Como a vaidade humana é extraordinária (risos)” (Sobre Antônio Carlos Magalhães)


“Adoro jantar em louça do século XVIII, mas no meio da coisa posso soltar um pum”

“Aqui ninguém vai dizer ‘tira o pé do chão galera’, ninguém vai dizer ‘mãozinha pra cima’ e ‘dedo no cu’. Eu não faço música para adestrar macaco”

“As gravadoras só contratam bandas que tenham pelo menos um integrante homossexual. Somos um dos últimos grupos heterossexuais do Brasil”

“Como no Brasil não existem leis para quem é branco e de alguma forma tem um destaque artístico, então eu o mataria e ainda sairia ileso” (Sobre o que faria se fizessem um clone dele)


“Depois que o Raul morreu, as pessoas resolveram me eleger seu herdeiro. Cansei de ser chamado para homenagens e shows em que eu seria o mestre de cerimônias. Nunca participei de coisas desse tipo. E antes dele morrer, não importa em que lugar do Brasil estivéssemos éramos o porra-louca do Marcelo Nova e o cachaceiro do Raul”


“É um negócio. Desinformado, desestruturado, sem autenticidade, sem gana, sem garra, sem coração, sem caráter também. Quem faz rock no Brasil, hoje, são as bandas que estão na garagem, aquelas que querem se expressar e são totalmente bloqueadas pela mídia eletrônica. Se esses caras não conseguirem fazer nada, não vão ser os Inimigos do Rei ou Nenhum de Nós que vão fazer, com toda certeza. A que ponto chegou o rock brasileiro...”


“Eu não entendo bem qual é a ligação do Raul com uma escola de samba. Passei um carnaval com ele e me lembro de que ele preferiu ficar trancado em casa por quatro dias, ouvindo Elvis Presley. Não dá pra entender como o cerne da obra do cara, o questionamento de tudo e de todos, acabou perdido em algum ponto” (Sobre a homenagem a Raul por uma escola de samba)


“Eu não tenho imóvel, não tenho carro. Tenho discos. Não gosto de forró. Gosto de Genival Lacerda. Porque é escroto e me cita”


“Eu tava em casa, o telefone tocou, era o Karl Hummel. Ele me disse: ‘Bicho, liguei a televisão e o apresentador disse que a maior sensação do rock é o Skank. A gente precisa voltar, cara’ (risos)”


“Genival Lacerda. Ele é espontâneo como o Jerry Lee Lewis e autêntico como o Chuck Berry” (Sobre quem era o maior roqueiro do Brasil)


“Hoje é dia da ‘independência do Brasil’, mas sinto o Brasil tão dependente quanto um mísero usuário de crack!”

“Hoje é dia de eleger dois ladrões lixos” (Sobre eleições)

“Hoje é dia de Iemanjá, ao entrar no mar leve um presente ou dinheiro... ‘tá pensando o que? Até os deuses cobram impostos, (risos) já, já, vou pra praia fazer compras”

“Lembra daquelas garotas que andavam em volta deles quando eles queriam fazer bandas de rock, antes de fracassarem e virarem jornalistas? Quem comeu aquelas garotas fui eu, então entendo que eles não gostem de mim” (Sobre as críticas dos jornalistas)


“Na música, tínhamos como exemplo de popularidade e calor artístico o Renato Russo. Hoje temos o Salgadinho!”


“Na verdade, eu sempre fui um cara bem-humorado. Mas algumas coisas não dá pra levar a sério, como essas bandas que pretendem fazer ‘rock de vanguarda’”


“Não tenho nenhuma identificação com a música, o visual e o comportamento do baiano”


“O dia do rock passou e me perguntaram por que não parabenizei o dia do rock? É muito simples essa pergunta. Não vejo motivo algum para comemorar, apenas para chorar. O rock foi preso de baixo de um monte de lixo e já era”


“O dinheiro nunca foi fator primordial pra minha carreira. Precisar de grana todo mundo precisa. Mas vivo há quinze anos de música, nunca fui a sensação do verão e de Nova só tenho o nome”


“O Kurt Cobain faz falta pra filha dele! Quando ele deu um tiro na cabeça não deu pra congelar a imagem e transformá-la em símbolo de rebeldia”


“O meu orgulho ainda é um prato cheio”

“O problema não é o viado e sim a viadagem”


“O que eu ia fazer lá? Não curto samba, não bebo cerveja nem gosto de travesti. Sou um cara das antigas, respeito a tradição dos rockers” (Sobre o porquê de não ir ao desfile de uma escola de samba que homenageou Raul Seixas)


“O rock não morreu, foi apenas no salão de beleza”

“Pessoas que dizem ser um pouco de cada coisa acabam sendo nada... uma coisa é certa, ou você é um ou outro. Tenha identidade, não se esconda atrás de palavras mirabolantes!”

“Por trás de cada sorriso se esconde algum tipo de dor”


“Prefiro fazer o primeiro show, pois fico livre logo de ouvir os outros grupos. Tenho mais o que fazer em casa: é aniversário da minha mulher” (Sobre um show com Barão Vermelho e Kid Abelha)


“Quando ele era vivo era chamado de inconveniente. Raul morreu e o que era ofensivo passou a ser ‘curioso’ e ‘maluquice beleza’. Só que o Raul não está mais aqui pra mijar no pódio dos cachorros de raça, como costumava fazer” (Sobre as homenagens a Raul Seixas)


“Se é da lei, então tem um preço”

“Sou ateu. Graças a Deus!”

“Um artista que, em vida, fazia questão de polemizar e desprezar o insosso ‘novo rock brasileiro’ e que por ele era ignorado. Agora, quase três anos após sua morte, alguns dos ‘artistas’ que o ‘homenageiam’ mal conhecem o trabalho dele, mas parecem ‘topar tudo’ por dinheiro. Não se deixe enganar e vá ao original” (Sobre Raul Seixas)






quinta-feira, 11 de julho de 2013

INSTRUMENTOS MUSICAIS - ACORDO

Do italiano, accordo.

É um instrumento italiano, muito popular nos sécs. XVII e XVIII, pertencente a família das violas graves, com 12 a 15 cordas friccionáveis, as quais com uma só arcada produzem sons acordes. Também chamado Lira da Gamba.


sábado, 6 de julho de 2013

DICIONÁRIO MUSICAL - ACORDEONISTA

Pessoa que toca o instrumento musical acordeão ou que o fabrica.

Luiz Gonzaga

No vídeo o violonista Yamandu Costa e o acordeonista Dominguinhos.


quinta-feira, 4 de julho de 2013

INSTRUMENTOS MUSICAIS - ACORDEÃO

Do alemão akkordium, através do francês accordéon.

Designação comum a diversos instrumentos de sopro de palheta livre, dotados de um fole pregueado que se comprime ou distende, movimentando o ar, que, ao ser expelido, faz vibrar as lâminas metálicas das palhetas.

Dotado de um ou dois teclados diatônicos (executados com a mão direita), de botões que correspondem às baixas cromáticas (executados com a mão esquerda), e de registros.

Tipicamente de música popular, está sendo usado atualmente como instrumento de conserto por alguns compositores

Também chamado de sanfona, concertina e acordeom.


No vídeo, Renato Borghetti e Orquestra da Unissinos tocando Milonga para as Missões.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

O DIA EM QUE A MÚSICA MORREU


O último ano da década de 50 estava começando, a década do rock n’ roll, uma época em que os inventores do rock já eram grandes e tinham aberto caminho para o surgimento de novos talentos, mas os grandes estavam sendo sacudidos pela própria fama.

Elvis Presley tinha se alistado para a guerra numa tentativa de melhorar sua imagem, ele era muito rejeitado pela sociedade puritana daquela época. 

Chuck Berry estava sendo processado por levar uma garota menor de idade para fora de seu estado sem autorização. 

Jerry Lee Lewis estava sendo boicotado pois seu casamento com uma prima de 13 anos tinha sido descoberto. 

Little Richard se tornou pregador e não queria mais envolvimento com as farras e a vida desregrada que levara até então.

O espaço estava surgindo para aqueles que eram admiradores e agora já se tornavam discípulos e logo também mestres. Surgiam nomes que se tornariam parte da história do rock alguns anos depois como The Who, Bob Dylan, The Byrds, The Doors, The Beatles e The Rolling Stones, mas em 1959 os nomes que estavam surgindo tinham que se virar do avesso para chegar ao sucesso. Alguns dos que já tinham hits tocando nas rádios estavam na turnê “The Winter Dance Party” que faria um show a cada dia em 24 cidades (23/01 a 15/02) no centro-oeste dos EUA, todos enfurnados dentro de um ônibus, em pleno inverno, sem nenhum dia de intervalo, viajando quase sempre com tempo suficiente só para cumprir os contratos.

Cartaz promocional da Winter Dance Party

Os três mais famosos eram The Big Bopper que tinha Chantilly Lace como seu maior sucesso, também Buddy Holly que foi o mais influente musicalmente, e por último o mais novo, Ritchie Valens que abriu as portas do rock para os músicos latinos.

The Big Bopper - Buddy Holly - Ritchie Valens

Com as condições precárias da turnê o ônibus que transportava os músicos não aguentou o uso excessivo e logo no início estragou o sistema de aquecimento. Não era só uma questão de conforto, alguns começaram a ficar doentes. O baterista de Buddy Holly, Carl Bunch, foi internado com congelamento nos pés, o que aumentou o desgaste, pois Holly e Valens tiveram que assumir o lugar dele e Big Bopper acabou contraindo uma gripe. Buddy Holly também reclamava que não tinha mais roupas limpas e que precisava levá-las a uma lavanderia.

A confusa rota da turnê

O décimo primeiro dia de turnê era pra ser um dia de folga mas os produtores conseguiram o The Surf Ballroomna cidade de Clear Lake, Iowa, completando todos os dias da turnê. Foi então que Holly teve a iniciativa de pedir a Carrol Anderson, o gerente da casa, para procurar e contratar uma viagem fretada de avião para a próxima cidade, Moorhead, no estado de Minesota. Na cidade vizinha de Mason City ele contratou a viagem com a empresa Dwyer Flying Service que cedeu o piloto novato Roger Peterson de 21 anos e um avião modelo Beechcraft Bonanza B35 com capacidade para três passageiros, fabricado 13 anos antes. O preço da viagem era de $36,00 por pessoa. O vocalista da banda Dion and the Belmonts, Dion DiMucci, teria um lugar no vôo mas recusou alegando que 36 dólares era o que seus pais pagavam por um mês de aluguel, então Holly ofereceu os dois lugares restantes para os integrantes de sua banda – Waylon Jennings e Tommy Allsup – quando o engripado Big Bopper soube do avião pediu que Jennings cedesse seu lugar e ele aceitou. Ritchie Valens também quis um lugar para escapar do frio e também porquê nunca tinha voado, mas Allsup só aceitou ceder o lugar se Valens o vencesse no cara ou coroa. Quem testemunhou a cena foi o radialista Bob Hale da KRIB-AM que jogou a moeda um pouco antes dos músicos se dirigirem ao aeroporto – Valens pediu “cara” e ganhou o jogo mas viria a perder tudo. Quando Buddy Holly viu que Jennings não iria junto brincou com ele dizendo – “Bom, espero que esse seu ônibus velho conjele”:

E Jennings retrucou – “E eu espero que seu avião velho caia”:

Essa brincadeira deve ter causado um remorso terrível em Jennings.

O avião que decolou com os músicos era deste modelo

Já era madrugada de 3 de fevereiro de 1959, uma terça-feira, quando o Beechcraft 1947 decolou às 00:55. A bordo o piloto Roger Peterson e os roqueiros Buddy Holly, The Big Bopper e Ritchie Valens. O dono da aeronave, Hubert Dwyer, estava no local observando e viu a decolagem e a luz de cauda descer e sumir vagarosamente, ficou preocupado e foi até a torre. O combinado era que o piloto passasse o plano de vôo por rádio para a torre logo após decolar, mas isto não aconteceu, então tentaram contato, em vão. Duas horas e meia depois o aeroporto Hector na cidade destino de Fargo no estado de Dacota do Norte há 643 Km de distância – provavelmente a cidade do próximo show (Moorhead) não tinha aeroporto – informou não ter qualquer sinal do avião, então Dwyer informou as autoridades sobre seu desaparecimento.

Somente às 9:15 da manhã o próprio Dwyer conseguiu decolar e seguir a rota planejada por Peterson e acabou localizando os destroços em uma plantação de milho há 8 Km do aeroporto. Os peritos verificaram que o avião atingiu o solo a 270 km/h em um ângulo levemente descendente e inclinado para a direita capotando e derrapando por mais 170 metros e parando em uma cerca de arame farpado. Todos tiveram morte instantânea. O piloto estava dentro da cabine, Holly e Valens estavam próximos dos escombros e Bopper foi arremessado além da cerca. O último a falar com os roqueiros foi o gerente do Surf Ballroom que os levou até o aeroporto na cidade vizinha e também foi o primeiro a identificar os corpos.

O acidente

O inquérito concluiu que embora o avião estivesse em perfeito estado e o clima não impedisse o vôo, não houve um alerta sobre as condições climáticas naquele momento, que obrigavam o voo por instrumentos e que o piloto não tinha habilitação para este tipo de voo, também havia um novo tipo de indicador de altitude instalado no avião que o piloto não conhecia o que pode ter feito que ele acreditasse estar subindo quando na verdade estava descendo e daí o rock acabou ganhando seus primeiros mártires, três de uma só vez.

Uma das últimas fotos com os três juntos

The Big Bopper

Big Bopper tinha 28 anos e foi o primeiro a gravar um vídeo de rock em 1958 de sua música Chantilly Lace, coisa vital para um artista hoje em dia.

Buddy Holly

Buddy Holly tinha 22 anos e além de seus três maiores sucessos – That’ll Be the Day, Peggy Sue e Maybe Baby – influenciou o nome de uma das maiores bandas de rock, The Beatles (Os Besouros) foi uma alusão a The Crickets (Os Grilos) a banda de Holly.

Ritchie Valens

Ritchie Valens tinha 17 anos e dois grandes sucessos – Come On, Let’s Go e a balada Donna até que resolveu gravar uma música tradicional mexicana no estilo rock n’ roll que estourou nas paradas apenas três meses antes de sua morte, a música é La Bamba que também influenciou a música Twist and Shout dos Topnotes e que ficou famosa com os Beatles.

A casa de shows Surf Ballroom está lá até hoje, do mesmo jeito que em 1959 e muitos passam por lá a caminho da fazenda onde existe um marco no local da tragédia junto aos restos enferrujados da cerca onde o avião parou.

The Surf  Ballroom atualmente

Há um livro contando a história:
Como Eles Morreram, de Tod Benoit, da editora Record.


Há um filme sobre a vida de Ritchie Valens onde aparece este momento - tem um post sobre isto aqui no blog - La Bamba.

Em 1971 o músico Don McLean gravou a música Americam Pie onde dizia que aquele foi “o dia em que a música morreu” e a partir daí é assim que a tragédia é lembrada, posteriormente Madonna também gravou uma versão desta música, – alguns se referem a esse dia como “o dia em que o rock morreu”, talvez tenha sido Raul Seixas o primeiro a dizer isso – mas aquela plantação de milho congelada e aquelas asas de metal retorcido incendiaram a Fênix do rock n’ roll, que se levantou para mudar tudo o que surgiu a partir daí na música ocidental, e depois para o resto do mundo.

No vídeo Don McLean canta American Pie.



No vídeo Big Bopper


No vídeo La Bamba de Ritchie Valens


No vídeo Buddy Holly





sexta-feira, 24 de maio de 2013

VERBORRAGIAS - MÚSICA E FRASES DE JIM MORRISON

Sabe aquelas frases polêmicas, engraçadas, geniais ou até mesmo estúpidas ditas por celebridades da música?

JIM MORRISON
(vocalista do The Doors)



“A fraqueza da mente esconde o infinito de nós”

“A única obscenidade que conheço é a violência”

“Alguns nascem para o deleite, outros para os confins da noite”

“Amigos, sondem o labirinto”

“As pessoas temem mais a morte do que a dor. É estranho que tenham medo da morte. No momento da morte a dor acaba”

“Cancele minha inscrição para a ressurreição, envie minhas credenciais para a casa de detenção, tenho muitos amigos lá”

“Creio no longo caos dos sentidos para se chegar ao desconhecido. Vivo no sub consciente, minha razão esconde o infinito”

“Ela me disse: ‘Seus olhos estão sempre negros!’ A pupila se dilata para abarcar o objeto da visão”

“Eles têm as armas e nós os números”

“Estamos mais interessados no lado negro da vida, a coisa maligna, a coisa noturna”

“Eu acho que mais do que escrever e fazer músicas, meu maior talento é que eu tenho uma habilidade instintiva de propaganda da própria imagem”

“Eu me vejo como um ser humano sensível e inteligente, mas com um coração de palhaço que me obriga a estragar tudo nos momentos mais importantes”

“Eu sempre gostei das coisas que li. Claro, que elas eram sobre mim, mas elas eram muito concentradas no meu órgão progenitor, e não prestavam atenção para o fato de que eu era um jovem razoavelmente saudável, alguém que tinha algo mais do que braços, pernas e olhos – tinha um cérebro, o equipamento completo. A imprensa sempre faz isto”

“Há coisas conhecidas e coisas desconhecidas e no meio está o The Doors”

“Isso é o que corresponde ao verdadeiro amor; deixar uma pessoa ser o que ela realmente é”

“Não me importa de morrer num avião. Seria uma boa forma de ir. Não quero morrer dormindo, ou de idade ou de overdose. Quero sentir como é. Quero saborear, ouvir, sentir o cheiro disso. A morte só vai acontecer uma vez, não quero perdê-la”

“Não me lembro de ter nascido! Deve ter sido quando eu estava apagado”

“Não posso jogar com tudo, porque não fazemos a vida, ela própria nos faz”

“Nos nossos shows, nós nos divertimos, o público se diverte, a polícia se diverte, é um triângulo amoroso muito doido”

“O futuro é incerto e o fim está sempre perto”

“O gênero de liberdade mais importante, é você ser verdadeiro. Troca tua realidade por um personagem. Troca os teus sentidos por uma atuação. Desista da capacidade de sentir e em troca põe uma máscara. Não pode haver uma revolução em grande escala, se antes não houver uma revolução individual da pessoa. Primeiro tem que acontecer aqui dentro”

“Os espectadores são vampiros silenciosos”

“Os filmes são coleções de fotos inanimadas que foram submetidas à inseminação artificial”

“Os sorrisos receptivos dos admiradores geralmente guardam a morte por trás dos dentes felinos”

“Ouçam. A verdadeira poesia não diz nada, apenas destaca as possibilidades. Abre todas as portas. As pessoas podem atravessar a que lhes é melhor”

“Precisamos de grandes e douradas copulações”

“Quando os verdadeiros assassinos do rei receberem aval para circular livremente, mil magos surgem na terra”

“Quando você é um estranho, rostos vêm de fora da chuva. Quando você é um estranho, ninguém lembra seu nome”

“Quando você faz as pazes com a autoridade, você se torna a autoridade”

“Queremos o mundo e o queremos agora”

“Queria checar os limites da realidade. Estava curioso em ver no que iria dar. Isso é tudo. Apenas curiosidade”

“Se as portas da percepção forem abertas, as coisas irão surgir como realmente são. Infinitas”

“Se exponha aos seus medos mais profundos, depois disso, o medo não terá poder nenhum e o medo da liberdade encolhe e desaparece. Você é livre”

“Se há um livro que você quer ler, mas não foi escrito ainda, então você deve escrevê-lo”

“Se minha poesia pretende atingir alguma coisa, é libertar as pessoas dos limites em que se encontram e que se sentem”

“Se realmente existe um mal neste mundo ele repousa no coração da humanidade”

“Sempre fui atraído pelas ideias contra a autoridade. Gosto das ideias referentes à quebra de sistema , destronamento da ordem estabelecida”

“Sinto-me um enorme cometa, uma estrela cadente. Toda a gente pára, aponta e diz ‘olha para aquilo!’ Depois desapareço e eles nunca viram nada assim... e nunca vão ser capazes de me esquecer. Nunca”

“Somos andarilhos na tempestade”

“Somos conduzidos ao massacre por plácidos almirantes. Lerdos e obesos generais tornam-se obscenos pelo sangue jovem”

“Sou o Rei Lagarto! Posso fazer tudo”

“Sou um homem de letras”

“Sou um xamã que tem visões pela tribo e sou capaz de curá-la”

“Tudo o que é desordem, revolta e caos me interessa; e particularmente as atividades que parecem não ter nenhum sentido. Talvez seja o caminho para a liberdade. A rebelião externa é o único modo de realizar a libertação interior”


“Um dia peguei uma margarida e fiz o ‘bem-me-quer, mal-me-quer’... na primeira vez deu bem-me-quer. Então ela me ama. Na segunda veio mal-me-quer, mas não fiquei preocupado... as margaridas também podem mentir”