(lat.
accidente)Cada um dos sinais de alteração pelos quais um som da escala
natural pode ser elevado ou abaixado de um ou dois semitons cromáticos. Em um
trecho musical, o acidente só tem efeito dentro de um compasso, por isso esse nome, a escala é alterada momentaneamente para uma nota que, na teoria, está "desafinada" em relação à escala:
sustenido (sobe meio-tom);
bemol (baixa meio-tom);
bequadro (anula uma alteração);
dobrado-sustenido (sobe dois semi-tons);
dobrado-bemol (baixa dois semi-tons).
Também chamado alteração acidental ou alteração ocorrente.
Na figura aparecem em ordem de leitura: sustenido, bequadro, bemol, bequadro, dobrado-bemol e dobrado-sustenido.
O começo da carreira da banda de metal mais
bem sucedida da atualidade não foi nada fácil. Após algumas trocas de integrantes
e a expulsão de Dave Mustaine – que fundou o Megadeth \o/ - formaram o quarteto
com James e Kirk nas guitarras, Lars na bateria e Cliff no baixo, estava pronta
a formação clássica do Metallica.
Cliff Burton entrou na banda em 1982, antes
disso ele foi convidado por James e Lars, mas relutou em sair de sua banda, a
Trauma, fazendo inclusive com que os outros integrantes se mudassem para mais
perto de sua casa em São Francisco, na Califórnia, pois ele não queria se
mudar. O talento de Cliff era tão grande que os outros integrantes não pouparam
esforços até que ele aceitou e completou a formação.
Os pais de Cliff eram hippies, e ele trouxe daí seu jeito desleixado. Usava sempre calça boca-de-sino
e jaqueta jeans desabotoada ou camiseta sem manga, barba mal feita e bebia
cerveja no gargalo, gostava de escutar as composições de Bach, falava pouco,
mas era calmo e sorridente. No palco era extravagante, um típico headbanger, sacudindo a cabeleira e
fazendo solos de baixo usando técnicas e equipamentos de guitarrista – os shows sempre incluíam a música (Anesthesia) Pulling Teeth, em que Cliff
solava no baixo. Sua influência na sonoridade do Metallica era muito grande,
tocava de uma forma muito harmônica e usava distorções que aumentavam o peso
dos riffs.
Em 1986, após terem gravado o terceiro álbum –
Master of Puppets, com uma capa em
que está representado um cemitério – o Metallica se tornou febre entre os
metaleiros do mundo todo, fazendo com que a banda excurcionasse fora dos EUA na
turnê Damage Inc. No final de
setembro deste ano eles estavam na gelada Suécia, enfurnados dentro de um dos dois
ônibus da banda, onde dormiam em pequenos cubículos no piso, mas havia um lugar
um pouco melhor na parte de cima de um beliche, este lugar era disputado pelos
músicos que tiravam a sorte nas cartas do baralho.
Na madrugada de 27 de setembro Cliff reclamou
que queria dormir no beliche, mas o lugar naquela noite era de Kirk Hammet, o
guitarrista solo, que aceitou disputar o lugar nas cartas e cada um tirou uma
carta do baralho. Kirk tirou um dois de copas (2♥)
e Cliff um ás de espadas (A♠), parecia que estava com sorte, afinal ele era fã
do Motörhead e gostava de escutar Ace of
Spades, mas aproximadamente às 6:15 da manhã, na localidade de Ljungby, uma
região no interior da Suécia, o ônibus vinha por uma estrada deserta coberta
pelo que é chamado na região de “gelo negro” – uma fina camada congelada sobre
o asfalto que é difícil de se enxergar – e em uma curva o veículo derrapou para
a direita e capotou parando dentro de um fosso. Quase todos tiveram apenas
pequenos ferimentos, porém Cliff, que estava em uma parte alta foi arremessado
pela janela e esmagado pelo ônibus que ainda se moveu uma segunda vez e parou
sobre seu corpo, acabando com qualquer chance de salvamento. Ele tinha 24 anos.
Foto tirada após a retirada do ônibus de dentro do fosso
O funeral foi em 7 de outubro em Castro
Valley, na Califórnia, ao som do instrumental Orion, composto pelo próprio Cliff. O corpo de Cliff foi cremado,
suas cinzas foram espalhadas em Maxwell Ranch, um local que ele gostava muito.
Não existe um túmulo, mas no local da morte há um marco colocado pelos fãs
suecos em homenagem ao baixista onde se lê parte de um poema escrito por ele e
que foi colocado na música To live is to
die (viver é para morrer) composta em sua homenagem.
“...canot the Kingdom of Salvation take me home?”
Também há uma biografia escrita em 2009 por Joel McIver – To live is to die: The life and times of Metallicas’s
Cliff Burton – com prefácio de Kirk Hammet.
Há também o documentário Cliff ‘em all, que é uma coletânea de momentos do baixista em
apresentações, aparições, entrevistas, etc.
O Metallica quase acabou, mas se reergueram e
conseguiram ser ainda mais bem sucedidos. Nenhum dos dois excelentes baixistas
que substituíram Cliff – Jason Newsted e Robert Trujillo – conseguiram tapar o
rombo deixado por sua morte. É de se perguntar se com Cliff vivo a banda teria
produzido algum dos álbuns fracos e nitidamente comerciais a partir dos anos
90.
Em uma análise supersticiosa sobre a morte de
Cliff Burton deve-se pensar no que aconteceu naquela noite, dentro daquele
ônibus, circulando nas remotas terras escandinavas.
Kirk tirou a carta dois de copas: 2 = uma
segunda chance / copas = coração, símbolo da vida. No tarot é um arcano menor que simboliza harmonia, união, amor, absolvição...
Cliff tirou a carta ás de espadas: A = Áses,
assim são chamados os sanguinários deuses escandinavos / espadas = violência, um
instrumento implacável. No tarot é um
arcano menor que simboliza lógica, força, mudança, morte...
Em uma análise circunstancial deve-se pensar
que se existisse azar pra valer, tanto Cliff como Kirk poderiam ter tirado a
pior carta, dormido em um lugar ruim e morrido mesmo assim. Se a hora dele tinha
chegado pelo menos conseguiu ser um grande baixista, se tornar inesquecível e
partir dormindo e bem aquecido.
Confira no vídeo o próprio Cliff Burton executando (Anesthesia) Pulling teeth
(lat. accentus)Destaque dado a
determinadas notas da escrita musical, reforçando-lhes a intensidade ou duração
como forma de melhorar a expressão da peça executada.
“Quem um dia irá dizer
que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer que
não existe razão?”
Muitos músicos são idolatrados, mas até eles
– ou principalmente eles – têm seus corações roubados por alguém e aí surgem os
casais famosos na música.
Paul McCartney e Linda Eastman
James
Paul McCartney
nasceu em Liverpool, na Inglaterra, em 18 de junho de 1942. Começou sua carreira musical na banda inglesa The Beatles, tem carreira
solo e é um ferrenho ativista na campanha de proteção aos animais. Antes de
conhecer Linda foi noivo da atriz britânica Jane Asher.
Linda
Louise Eastman
nasceu em Scarsdale, estado de Nova Iorque, nos EUA em 24 de setembro de 1941 e
morreu em Tucson, Arizona em 17 de abril de 1998. Começou a carreira como
fotógrafa e chegou a ser considerada uma das melhores do mundo fotografando
celebridades da música. Antes de conhecer Paul foi casada com o geólogo Melvin
See, com quem teve uma filha, Heather. Após casar com Paul McCartney fez parte
da banda Wings e da carreira solo de seu marido.
Em 1967 Linda estava em Londres com o
objetivo de fotografar músicos ingleses. Em um clube noturno encontrou o Beatle
Paul McCartney que ainda era noivo de Jane Asher. Após o rompimento do noivado
se encontraram em um evento em Nova Iorque e logo começaram um relacionamento.
Se casaram em 12 de março de 1969 em uma cerimônia civil, discreta, em um
cartório em Londres. Paul adotou a filha de Linda e no mesmo ano nasceu a
primeira filha deles, Mary. Em 1971 nasceu a segunda filha, Stella e tiveram
ainda mais um filho, James, nascido em 1977.
O casamento
O começo do casamento foi na época em que os
Beatles se separaram de modo que Linda teve que dar apoio a Paul, o que pode
ter resultado na participação ativa dela na carreira musical do marido posteriormente.
Ela praticamente mudou de profissão, tornou-se integrante da banda Wings tocando
piano, cantando e inclusive participando da composição de algumas músicas.
Algumas capas e fotos de álbuns de McCartney foram feitas por ela.
Linda e Paul no Wings em 1976
Paul se inspirou nela ao compor algumas
músicas, como Lovely Linda, Maybe I’m amazed, Silly love songs, I am your singer
e a belíssima canção My love.
Em 1997 Paul foi agraciado pela Rainha da
Inglaterra com a Ordem do Império Britânico, tornando-se Sir, consequentemente Linda tornou-se Lady. O casal ficou famoso também pelo ativismo em prol dos
direitos dos animais fazendo campanhas para que animais não fossem mais usados
como simples objetos e divulgando o estilo de vida vegetariano. Linda chegou a
escrever um livro de receitas vegetarianas o Linda McCartney’s Home Cooking. Apareceram também em um episódio
dos Simpsons fazendo Lisa se tornar vegetariana (tem um post aqui no blog sobre isto, >clique aqui<)
O casamento durou 29 anos, em 1998 Linda
faleceu vítima de um câncer de mama nos EUA. Paul levou seu corpo para a
Inglaterra onde foi cremado. Um ano depois Paul realizou um show em Londres em homenagem a ela – A concert for Linda – com a participação
de diversos artistas. Atualmente existem seis netos de Paul e Linda McCartney.
No vídeo "Silly love songs" onde Paul e Linda aparecem juntos.
Sabe aquelas frases polêmicas, engraçadas,
geniais ou até mesmo estúpidas ditas por celebridades da música?
BOB MARLEY
(1945 – 1981)
“A
maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter a intenção
de amá-la”
“A
verdade é que todo mundo vai te machucar. Você apenas tem que encontrar aqueles
pelo qual vale a pena sofrer”
“A
vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em
que você perdeu o fôlego”
“Amo
a liberdade, por isso as coisas que amo deixo-as livres. Se voltarem é porque
as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as tive”
“Deus
me enviou à terra com uma missão. Só Ele pode me deter, os homens nunca poderão”
“Eles
dizem que o sol brilha para todos, mas para algumas pessoas no mundo ele nunca
brilha”
“Enquanto
a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos haverá guerra”
“Eu
só quero viver em paz e usufruir do que Deus nos deixou no mundo, não preciso
de riquezas materiais para ser feliz. Apenas quero sentir o que Deus nos fala
em nossos ouvidos em um simples soprar do vento”
“Fume
maconha e não cigarros, pois neurônios você tem milhões, mas pulmões você só
tem dois”
“Há
pessoas que amam o poder, e outras que tem o poder de amar”
“Ideal
seria que todas as pessoas soubessem amar, o tanto que sabem fingir”
“Me
disseram que para quem sonha alto o tombo é grande. Só que se esqueceram de me
perguntar se eu tenho medo de cair”
“Não
sou nenhum anjo. Sou filho da vida”
“Não
viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida”
“Nesse
grande futuro, não podemos esquecer do nosso passado”
“Ninguém
pode voltar no tempo e fazer um novo começo. Mas podemos começar agora e fazer
um novo fim”
“Nos
chamam de loucos, num mundo em que os certos fazem bombas”
“O
que importa se você tem olhos verdes, se o vermelho dos meus reflete o verde da
natureza?”
“O
reggae não é pra se ouvir, é pra se
sentir. Quem não o sente não o conhece”
“O
sol é a ponta do baseado de Deus”
“Para
que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual
jamais sairemos vivos”
“Prefiro
perder a guerra e ganhar a paz”
“Preocupe-se
mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o
que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os
outros pensam, é problema deles”
“Quando
eu morrer todos vão chorar, todos vão sofrer. Mas um louco fazendeiro me
transformará num lindo pé de maconha. Passará por mim. Me comprará, me fumará e
verá que mesmo depois de morto continuo fazendo a cabeça”
“Quem
fala de mim na minha ausência, é porque respeita a minha presença”
“Queria
que o mundo se acabasse em chamas, para eu acender meu último baseado”
“Queria
ser um baseado para nascer em seus dedos, morrer em seus lábios e fazer sua
cabeça”
“Saudade
é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos”
“Se
a vida fosse bela, todo dia teria sol, todo mar teria onda, toda música seria reggae e toda fumaça faria a cabeça”
“Se
choras por não ter visto o pôr do sol, as lágrimas não te deixarão ver as
estrelas”
“Se
dermos as mãos quem irá sacar as armas?”
“Se
Deus criou as pessoas para amar, e as coisas para cuidar. Por que amamos as
coisas e usamos as pessoas?”
“Se
você obedece todas as regras, acaba perdendo a diversão”
“Seja
humilde, pois, até o sol com toda sua grandeza se põe e deixa a lua brilhar”
“Sou
louco porque vivo em um mundo que não merece minha lucidez”
“Todos
caem, mas apenas os fracos continuam no chão”
“Uma
coisa boa sobre a música é que quando ela bate você não sente dor”
“Vocês
riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais” Veja também: Bob Marley foi assassinado >AQUI< Piolhos e insetos nos dreads de Bob Marley >AQUI<
Os exemplos de tragédias ocorridas com astros
da música, devido ao abuso de tudo o que se pode imaginar de bom e de ruim, são
muito frequentes, mas existem alguns que resistem e sobrevivem de maneira quase
milagrosa. O guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, é um desses caras
que têm uma das piores famas em relação ao uso de drogas, principalmente o cigarro
e o álcool – ele diz que parou com o resto - e está aí há décadas na ativa.
Diz a lenda que em 1973, antes de uma turnê
europeia, ele passou por uma “troca” completa de seu sangue com o objetivo de
remover tudo de ruim que estava circulando em seu corpo e ficar pronto para
encarar a maratona de shows e
aguentar a nova onda de drogas que vinha pela frente. Algo equivalente ao que
se faz com o óleo velho de um carro. O responsável por isso teria sido um
médico da Califórnia que fez o tratamento depois do show de 23 de setembro em Innsbruck, na Áustria, para que após três
dias sedado ele estivesse pronto para o show
em Berne, na Suíça, no dia 26. O tratamento consistiria em um tipo de
hemodiálise em que o sangue de Keith passaria por uma membrana semipermeável
que reteria as substâncias tóxicas. Esses relatos podem ser encontrados no
livro, Keith Richards: The Biography,
de Victor Brokis.
A versão de Keith é que antes do começo da
turnê um repórter veio e lhe perguntou o que ele tinha feito para se preparar
para os shows? Pois parecia estar muito bem – na boa, o repórter chamou ele de
drogado imprestável. No que o guitarrista lhe respondeu:
“Eu fui para a Suíça e tive meu sangue
completamente trocado.”
Keith disse que não aguentava mais aquele
tipo de pergunta e resolveu sacanear o repórter, mas a história foi publicada e
passou a ser a principal lenda sobre Keith Richards.
Entre as muitas inconsistências no livro de
Brokis, a que se refere a esta suposta “troca de sangue” é uma das que
apresentam vários problemas. Primeiramente uma hemodiálise não troca o sangue e
é usada em pessoas que tem o funcionamento do rim comprometido, o que não é o
caso de Keith, senão ele faria isso constantemente. Uma diálise não exige que o
paciente fique sedado por três dias. Também a data do show em Berne está errada, segundo a cronologia da turnê, foi no
dia 25 de setembro, então o intervalo entre os shows foi de dois dias, o que impossibilitaria a recuperação de
Keith a tempo de subir ao palco.
Tudo indica que a famosa troca de sangue não
passa de uma piada sarcástica pra sacanear um repórter sem criatividade que se
fez de desentendido e publicou tudo como uma declaração verdadeira pra sacanear
o rockstar piadista de mau gosto que
estava de sacanagem com ele.
(gr. aképhalos
/ lat. acephalu = sem cabeça)Diz-se do compasso musical que se inicia com uma pausa. Não confundir com ANACRUSE. É o mesmo que procatalético.