sábado, 27 de agosto de 2016

DICIONÁRIO MUSICAL - AGNUS DEI

Expressão do latim que significa Cordeiro de Deus.

É uma oração cantada no culto das denominações cristãs mais tradicionais ou em cerimônias de sepultamento. Antigamente em latim, mas atualmente é mais comum ser cantada traduzida para a língua do país. Se baseia em um texto bíblico do evangelho de João no capítulo um, versículo vinte e nove (Jo 1:29) e trata do sacrifício de Cristo pela humanidade aludindo aos antigos sacrifícios de cordeiros na religião judaica. Este momento precede a comunhão (santa ceia) onde são consumidos o corpo e o sangue de Cristo representados por (ou transmutados em) pão e vinho.

Agnus Dei no culto em latim:

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem.

Traduzido:

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.

Agnus Dei para cerimônias de sepultamento em latim:

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem sempiternam.

Traduzido:

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes o descanso.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes o descanso.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes o descanso eterno.

Este tema aparece também fora das cerimônias cristãs em obras de muitos compositores.

No vídeo uma composição de Johan S. Bach. O Agnus Dei da Missa em Si menor - BWV 232.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

VERBORRAGIAS - MÚSICA E FRASES DE KEITH RICHARDS


Sabe aquelas frases polêmicas, engraçadas, geniais ou até mesmo estúpidas ditas por celebridades da música?

KEITH RICHARDS
(Guitarrista dos Rolling Stones)


“A coisa mais estranha que eu já tentei cheirar? Meu pai. As cinzas do meu pai. Ele foi cremado e eu não pude resistir a misturá-lo com um pouco de pó. Meu pai não se importaria e desceu muito bem. Eu ainda estou vivo”

“A música é uma necessidade. Depois da comida, do ar, da água e do calor, a música é a próxima necessidade”

“Aconteceu na Suíça. Alguém colocou estricnina na minha droga. Eu estava em coma, mas totalmente acordado. Conseguia ouvir todo mundo e diziam: ‘Está morto! Está morto’ – mas não estava”

“Aprendi a vomitar do jeito certo. Primeiro, se for possível, encontre um recipiente. Essa é a regra número um. Daí você despeja em cascata, como um bocejo Technicolor. Ao mesmo tempo, pode ser que você esteja dando uma cagada, o que é bem difícil, se for capaz de fazer os dois ao mesmo tempo vou te colocar no Cirque Du Soleil

“As grandes músicas são escritas a sós. Elas te arrastam pelo nariz ou pelas orelhas. É importante não interferir demais nisso, ignore a inteligência, ignore tudo, só siga-a, onde ela te levar”

“As grandes regras das brigas de navalha são: – Não tente fazer em casa – O importante é jamais utilizar a lâmina, ela está lá para distrair seu oponente. Enquanto ele olha para o aço reluzente chute as bolas dele e acabou. – Esse é o meu conselho”

“As pessoas não mudam. Mick Jagger mudou pouco ao longo dos anos... bem, talvez a sua roupa de baixo... três vezes”

“As únicas coisas que Mick e eu discordamos são sobre a banda, a música e o que fazemos”

“Dei uma navegada na internet e li algumas entrevistas, mas prefiro deixar isso para os meus filhos. Simplesmente não estou interessado no que pensam outros babacas do outro lado do mundo. Fora isso, não faz bem para o corpo nem para os olhos ficar sentado na frente do computador o dia inteiro”

“Durante dez anos fui o primeiro da lista de quem seria o próximo a morrer. Fiquei decepcionado quando caí no ranking... Um médico me disse que me restavam seis meses de vida, mas fui ao enterro dele. Os obituários me interessam muito ultimamente, mas não confio nos médicos. Não digo que não haja alguns bons, mas em geral não confio neles”

“É como o Mein Kampf*. Todo mundo o tem, mas ninguém o leu” (sobre o álbum Goddes in the doorway de Mick Jagger) *Mein Kumpf é o livro escrito por Hitler

“Ele só faz músicas para louras mortas” (sobre Elton John)

“Espelho meu, quem é mais linguarudo do que eu?”

“Eu ainda não pus a morte na minha agenda. Eu não quero encontrar meu velho amigo Lúcifer ainda. Ele é o cara que eu vou encontrar, né? Eu, com certeza, não vou lá pra cima”

“Eu fumo maconha o tempo inteiro, é minha erva benigna. É tudo que eu uso, é tudo que eu faço”

“Eu tocava sempre que podia pegar numa guitarra elétrica. Estava tentando aprender rocks e blues elétricos – os últimos de Muddy Waters e passava horas e horas no mesmo trecho, tocando outra vez, outra vez e outra vez”

“Ficar velho é uma experiência fascinante. Quanto mais velho você fica, mais velho você quer ser”

“Gosto do banheiro separado do quarto e detesto ser acordado, portanto, não gostei nenhum pouco da cadeia”

“Hoje de manhã, um cara que eu conhecia da escola primária veio falar comigo. Ele tem todos os discos do Chuck Berry! Chama-se Mick Jagger” (trecho de uma carta escrita para uma tia em 1961)

“John Lennon é um tonto! Nunca saiu da minha casa sem ser na horizontal”

“John Lennon parecia estar concorrendo comigo no que se refere a drogas e nunca entendi essa atitude”

“Minha vida foi dedicada a evitar problemas, mas é bem engraçado em quantos deles eu me meti”

“Não acredito que os compositores de rock n’ roll tenham de se preocupar com a arte. Boa parte é só acaso, improvisação... No que me diz respeito, ‘Art’ é só diminutivo de Artur”

“Não importa de que lado eu fique, eu sei que sempre serei culpado”

“Nunca percebi que estava loucão, mas provavelmente eu estava”

“Nunca tive uma overdose no banheiro de outra pessoa. Acho que é o cúmulo da falta de educação”

“O que eu achava mais interessante em Chuck Berry era a facilidade com que ele conseguia deixar momentaneamente de tocar o ritmo para produzir um solo, e em seguida mergulhar de novo na marcação rítmica. Antes, o guitarrista ficava muito preso à marcação do ritmo. Agora a diferença entre guitarrista base e guitarrista solo ficou diluída. Você não pode entrar numa loja e pedir uma ‘guitarra solo’. Você é um guitarrista, toca uma guitarra, e pronto”

“O rock n’ roll é o mais importante. O sexo e as drogas foram apenas coisas que aconteceram comigo no meio do caminho”

“O trabalho mais difícil de todos é ser vagabundo”

“Os pintores têm as telas. Os escritores, os papéis em branco. Os músicos têm o silêncio”

“Plantei um carvalho inglês enorme para espalhar as cinzas do meu pai em volta. Quando estava abrindo a tampa da caixa, uma nuvem de cinzas muito leve foi parar em cima da mesa. Não podia afastá-la sem mais, então recolhi com o dedo e cheirei o resto. Pó é de pai para filho”

“Pra ser sincero, eu nunca tive problemas com as drogas; só com a polícia”

“Quando eu me drogava, tomava a melhor coisa que conseguia. Se fosse ópio, seria um bom ópio tailandês. Se fosse ‘cavalo’, seria heroína pura de verdade, nada dessa merda da rua. Sempre escolhi, exceto quando estava desesperado”

“Se você quer ser guitarrista comece por uma acústica e aprenda bem até cegar na elétrica. Primeiro é preciso conhecer essa vadia, ir para  cama com ela. Se não tiver uma garota por perto, durma com ela, tem a forma perfeita”

“Se você vai chutar uma autoridade nos dentes, melhor que seja com os dois pés”

“Só há uma doença fatal: a hipocondria, fora essa eu tenho todas as outras”

“Sou sagitário: metade homem, metade cavalo. Tenho licença pra cagar na rua”

“Você mantém as costas na parede o tempo todo” (ensinando Johnny Depp a andar bêbado)

“Você não pode me acusar de nada que eu já não tenha confessado”


“Você sabe por que o cachorro lambe o próprio saco? Porque consegue. – Os Rolling Stones ainda tocam na nossa idade porque conseguimos”



domingo, 21 de agosto de 2016

DICIONÁRIO MUSICAL - AGITATO

Palavra italiana que significa agitado e se refere a uma marca de expressão musical que indica uma interpretação, um qualificativo para um andamento musical, que deve se tornar mais vivo, nervoso, agitado, mas não necessariamente mais rápido, por exemplo:

Allegro agitato
Andante agitato
Presto agitato

Quando este termo aparece escrito na partitura o intérprete pode executar ao seu gosto a intenção do compositor, neste caso a música pode ficar mais agitada.

No vídeo a Sonata ao Piano nº 14 em andamento Presto agitato de Beethoven.


HINOS DO FUTEBOL - GRÊMIO



Em 1953, sentado em um restaurante na região da cidade baixa em Porto Alegre, o grande compositor Lupicínio Rodrigues se preparava para ir a um jogo do seu time do coração, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, mas havia um problema, os condutores de ônibus e bondes estavam em greve e a torcida se encaminhava a pé para o Campo da Baixada no bairro Moinhos de Vento onde o Grêmio enfrentaria o Cruzeiro de Porto Alegre...

Assim começa a história do hino do Grêmio. Até a pé nós iremos...

Lupicínio Rodrigues

Lupicínio Rodrigues já era um compositor famoso quando decidiu participar de um concurso para a escolha de um hino para homenagear o cinquentenário do Grêmio, mas ele não começou a compô-lo de imediato, essa seria uma composição muito especial para ser feita de qualquer maneira de modo que ele vinha procurando uma boa inspiração e ela surgiu naquele dia. Os torcedores caminhando para o estádio deram o impulso inicial e algumas coisas que ele provavelmente já vinha ruminando há algum tempo foram se encontrando na mente musical do compositor (carinhosamente chamado de Lupi). Ele teria dito:

“Criarei algo que há de levantar as multidões esportivas”

Criou a música, ganhou o concurso e sem querer acabou tendo sua música eternizada como hino do Grêmio.


A música foi chamada inicialmente de Marcha do Cinquentenário e foi executada nos alto-falantes do Campo da Baixada em 16 de agosto de 1953, como era muito melhor que o hino oficial, chamado Marcha de Guerra, logo passou a ser usado em substituição ao outro, composto dez anos antes.

Uma frase motivacional já popular entre os torcedores gremistas era “Com o Grêmio, onde estiver o Grêmio” formulada por um torcedor e colocada em uma faixa que era levada para onde havia jogos do Grêmio, Lupi incorporou a frase na letra do hino junto com sua frase inicial formando o refrão.

A primeira estrofe fala do cinquentenário e das glórias do time.

A segunda estrofe fala da fidelidade da torcida.

A terceira estrofe fala da história do lendário goleiro Eurico Lara, jogador símbolo do Grêmio, que defendeu o time por quinze anos (1920 a 1935), Lupicínio o chama de “Craque imortal”, o que acabou se transformando em um adjetivo para o time – Imortal Tricolor – ele é o primeiro, senão o único jogador da história a ser homenageado no hino do time.

Eurico Lara

A composição do hino é de Lupi, mas os arranjos finais da composição couberam ao maestro Salvador Campanella e foram gravados nos estúdios de uma rádio local.

No vídeo a versão mais moderna do hino:



Hino atual por Lupicínio Rodriguez (1953)

// Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo é que nós estaremos
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver //

Cinquenta anos de glória
Tens Imortal Tricolor
Os feitos da tua história
Canta o Rio Grande com amor

// Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo é que nós estaremos
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver //

Nós como bons torcedores
Sem hesitarmos se quer
Aplaudiremos o Grêmio
Aonde o Grêmio estiver

// Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo é que nós estaremos
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver //

Lara o craque imortal
Soube seu nome elevar
Hoje com o mesmo ideal
Nós saberemos te honrar

// Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo é que nós estaremos
Com o Grêmio onde o Grêmio estiver //


O que não se fala muito é que antes do hino de Lupicínio houve outros dois, um composto em 1924 por Isolino Leal e outro em 1946 de autoria de Breno Blauth.


Primeiro hino por Isolino Leal (1924)

Vibre em nós a luz da energia que dá fulgo e faz heróis
Músculos de aço e varonia nos façam da pátria áureos sóis

Do sul ao norte nos seja prêmio
A fé no Grêmio invicto e forte

A nobreza, se o prélio freme, é quem inspira o coração
Da nossa gente que não treme, e luta sempre como um leão

Do sul ao norte nos seja prêmio
A fé no Grêmio invicto e forte

Filhos do pampa erguendo a fama desta terra de honra e valor
Com a alma acesa, em viva chama, por ela cante o nosso amor

Do sul ao norte nos seja prêmio
A fé no Grêmio invicto e forte

No vídeo o segundo hino do Grêmio (informado erradamente como sendo o primeiro) cantado por Janete Cecin.


Segundo hino por Breno Blauth – Marcha de guerra (1946)

Abram alas, abram alas, lá vem o quadro tricolor
Nós estamos confiantes no nosso onze de valor
Nosso time da baixada não tem receio de nenhum
Pois a bola vai ao golo e a torcida quer mais um

O Grêmio é o tal, não teme seu rival
É o mosqueteiro do esporte nacional
O nosso tricolor é um quadro de valor
Ele é fidalgo é destemido e é leal

Viva o Grêmio, viva o Grêmio
Não ganhará o jogo em vão
De conquista em conquista
Vai ser de novo o campeão


SOBRE O TIME:

Nome oficial
Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense

Data de fundação
15 de setembro de 1903

Localização
Porto Alegre, RS, Brasil

Cores
Azul, preto e branco
(o primeiro uniforme tinha as cores azul e havana, mas como era difícil achar tecidos nesta cor o havana foi substituído pelo preto)




Primeira foto com o primeiro uniforme

Escudo
Inicialmente era um círculo de fundo branco e detalhes celestes com as iniciais e a palavra FOOTBALL no centro.



A partir da década de 1920 o escudo passou a representar uma bola de futebol, com as costuras daquela época lembrando os gomos de uma bergamota (tangerina ou mexerica) e passou por várias pequenas modificações através dos anos.



O escudo atual é um círculo de fundo branco onde aparecem o ano de fundação acima e o final da sigla do time abaixo; seis gomos azuis; e uma faixa preta com o nome GRÊMIO ao centro. As estrelas inicialmente festejaram a conquista do Campeonato Brasileiro de 1981, a Copa Libertadores da América em 1983 e o Campeonato mundial Interclubes em 1983. Em uma interpretação mais atual cada estrela engloba um grau diferente de conquistas; bronze = campeonatos nacionais, prata = continentais, dourado = mundiais. 



Mascote
Mosqueteiro criado pelo chargista Pompeo no jornal Folha da Tarde em 1946. Simboliza a união e a bravura. Teve várias modernizações com o tempo.








Bandeira
Durante a história do time a bandeira teve várias modificações, a primeira era listrada, a segunda homenageava a bandeira do Brasil (o que foi proibido por lei na década de 1940), a partir daí passou a ter faixas pretas e brancas partindo do centro do escudo.



A bandeira atual tem campo celeste cortado por seis faixas branco e pretas em cruz e xis, com o escudo ao centro. A estrela é em homenagem ao jogador Everaldo que participou da seleção ganhadora da copa de 1970


Apelidos
Tricolor dos Pampas, Imortal Tricolor

Estádio
Arena do Grêmio (2012)
Anteriormente o Olímpico Monumental (1954-2014)
Primeiramente o Campo da Baixada (1904-1954)

Arena do Grêmio
Olímpico Monumental
Campo da Baixada

Conquistas
Locais – estaduais – regionais – nacionais – americanos – mundial

Visite o site oficial do Grêmio >AQUI<


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

DICIONÁRIO MUSICAL - AFÔNICO

Alguém que tem afonia. Também se diz áfono ou afono.

Veja o verbete AFONIA >AQUI<

DICIONÁRIO MUSICAL - AFONIA

A palavra tem origem no grêgo (aphonía = sem som) e é um problema no aparelho fonador que se caracteriza pela perda parcial da capacidade de modular sons articulados, embora ainda se possa produzir sons.

Ao contrário do mudo, um afônico consegue se comunicar, mas os sons são baixos e sibilantes. Normalmente a afonia é temporária, causada pelo mau uso da voz ou por alguma complicação inflamatória.

sábado, 6 de agosto de 2016

DICIONÁRIO MUSICAL - AFLAUTAR

Emitir um som aflautado, semelhante à flauta.

Isso se faz mais comumente com a voz, deixando-a suave, melodiosa, doce ou esganiçada, aguda.

DICIONÁRIO MUSICAL - AFLAUTADO

É quando algo ou alguém emite um som parecido com o som da flauta, com timbre doce, suave, com alguma ou muita agudeza.

DICIONÁRIO MUSICAL - AFINAR

É o ato de colocar um ou mais instrumentos ou vozes na afinação correta.

Veja o verbete AFINAÇÃO.