quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O PAI DO ROCK

Quando escuto Chuck Berry logo me vem à memória tudo o que este cara representa para o rock n’ roll. Enquanto o Elvis é chamado de rei, Chuck Berry é chamado de Pai do Rock, justíssimo... ou nem tanto. Talvez se ele fosse branco Elvis tivesse que dividir o seu espaço exclusivo, conquistado com merecimento no coração de fãs e na memória de todos como uma celebridade inesquecível, todo mundo já ouviu falar em ELVIS PRESLEY, já o nome de Chuck Berry tem que ser explicado para quem não conhece o rock, mas esta conversa de “se isto ou se aquilo” não vem ao caso.

Ser o pai do rock significa que não importa ser o primeiro, o maior, o original, o melhor, etc., significa que sem ele o rock não seria como é ou teria demorado mais para ser como é, se diz que “não basta ser pai, tem que participar” e Chuck participou da criação do rock n’ roll mais que qualquer outro em sua época. Seus méritos são muitos, ele inventou o formato de banda de rock que é usado até hoje, fez o primeiro álbum misturando blues e country, fez o primeiro grande riff de guitarra (Johnny B. Goode), enquanto os músicos de sua época interpretavam as canções de outros ele compunha as próprias músicas e isto fez dele um dos mais gravados por outros artistas (Animals, Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Rolling Stones, The Beatles...), fazia danças engraçadas enquanto tocava guitarra, enfim, coisas que hoje são corriqueiras e quase que obrigatórias no rock tem o DNA do Pai, e todos que olhavam para ele pensavam, este é o caminho.


Este ano (2010) eu pude ver pessoalmente um show do Chuck aqui em Porto Alegre, ele tinha vindo aqui nos dois anos anteriores e não pude ir, achei que tinha perdido a maior chance e dificilmente veria ao vivo o último grande mosntro do rock dos anos 50, mas desta vez não perdi, e lá estava ele, velhinho, magrinho, com uma jaqueta de lantejoulas azul e seu cap branco de marinheiro, tocando sua guitarra semi-acústica e fazendo piadinhas para o público, sem telões, sem fogos, sem lasers, nenhuma parafernália para desviar a atenção do que interessava, um artista autêntico que mesmo com 83 anos parece ter sweet little sixteen, uma emoção inesplicável.

Que viva mais 100 anos fazendo rock n’ roll Charles Edward Anderson Berry, meu chará.




Um comentário:

  1. Achei muito interessante esse post sobre Chuck Berry. E a parte das danças que ele fazia enquanto tocava, me encanta.

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