Apesar de já haver dois hinos cantados pela torcida Santista, um fanático torcedor do clube resolveu também compor um hino de sua autoria.
Assim começa a história do hino oficial do Santos. “Sou alvinegro da Vila Belmiro...”
O ano era 1957 e Carlos Henrique Paganetto Roma com 21 anos de idade, levava uma vida boêmia e gostava de compor músicas. Toda a sua família era fanática torcedora do Santos Futebol Clube, seu pai viria a ser presidente do clube em 1975 e seu irmão em 2015. Então Carlinhos, como era conhecido, decidiu que tinha que compor uma música em homenagem a seu time do coração e assim surgiu “Sou alvinegro da Vila Belmiro” sem muitas pretensões, e Carlinhos nunca viu sua música ser declarada como hino oficial do clube pois na verdade havia uma música bem mais antiga que apesar de não ser oficializada era tida como hino do clube. Era uma marchinha com 21 versos composta na década de 1930 que hoje em dia está esquecida pela torcida. Havia também outra marchinha recém composta (1955) e que já era popular entre os torcedores e que é considerada até hoje como um segundo hino do clube. Então até a morte de Carlinhos em 1983 e ainda por mais alguns anos o Santos não tinha um hino realmente oficial.
Carlos Henrique Paganetto Roma
Só em 1996 (13 anos após a morte de Carlinhos) o clube oficializou a música “Sou alvinegro da Vila Belmiro” como hino oficial, passando a ser executado em todos os eventos do time.
Até aí, a mais popular ainda era a marchinha “Leão do mar”, composta por Mangeri Neto e Mangeri Sobrinho em 1955 para comemorar a conquista do Paulistão daquele ano, mas apesar de não ser oficial ainda é considerada pelos fanáticos do Peixe como hino do Santos junto com a composição de Carlinhos.
O hino oficial tem quatro estrofes, cada uma com quatro versos. A primeira estrofe fala sobre a alegria de ser santista, a segunda fala das glórias, a terceira da prática do futebol e a quarta fala da dedicação ao esporte.
Hino Oficial, Sou alvinegro da Vila Belmiro, por Carlos Henrique Paganetto Roma (1957)
Sou alvinegro da Vila Belmiro
O Santos vive no meu coração
É o motivo de todo o meu riso
De minhas lágrimas e emoção
Sua bandeira no mastro é a história
De um passado e um presente só de glórias
Nascer, viver e no Santos morrer
É um orgulho que nem todos podem ter
No Santos pratica-se o esporte
Com dignidade e com fervor
Seja qual for a sua sorte
De vencido ou vencedor
Com técnica e disciplina
Dando o sangue com amor
Pela bandeira que ensina
Lutar com fé e com ardor
O segundo hino começa com uma interjeição de torcida em um verso, seguida de uma estrofe com quatro versos que fala da vitória do time, em seguida outra interjeição e a segunda estrofe também com quatro versos que fala da força do clube.
Segundo hino, Leão do mar, por Mangeri Neto e Mangeri Sobrinho (1955)
Santos, Santos, gol!
Agora quem dá bola é o Santos
O Santos é o novo campeão
Glorioso alvinegro praiano
Campeão absoluto deste ano
Agora quem dá bola é o Santos
O Santos é o novo campeão
Glorioso alvinegro praiano
Campeão absoluto deste ano
Santos!
Santos sempre Santos
Dentro ou fora do alçapão
Jogue o que jogar
És o leão do mar
Salve o nosso campeão!
O primeiro hino é composto por vinte e um versos falando da força do time, das cores, da fidelidade da torcida e da bandeira do clube.
Primeiro hino (década de 1930)
Santos Futebol Clube tu és temido
E, sobre mais, és vaidoso!
O teu pavilhão querido,
Há de ser sempre glorioso!
A camisa preta e branca,
Só vestimos com amor,
E nós, no campo da luta,
Seja qual for a disputa,
Defendemo-la com ardor.
O nosso clube foi sempre forte,
Desde o tempo do União,
Duvidamos que alguém suporte
Seu valor de campeão.
Quem quiser ter a certeza
Do valor do Preto e Branco,
Que vá ver nossa destreza,
Nosso jogo e nosso tranco.
Foi vitória merecida a dos nossos jogadores,
Pois lutando com denodo, por amor ao pavilhão,
A bandeira estremecida desfraldaram os vencedores,
Demostrando, deste modo, ser o Santos campeão.
Sobre o time:
Nome oficial
Santos Futebol Clube
Data de fundação
14 de abril de 1912
Localização
Santos, São Paulo, Brasil
Cores
Branco e preto.
No primeiro ano as cores eram o branco, o azul e o dourado, mas como era difícil confeccionar uniformes nestas cores logo decidiram simplificar para o alvinegro.
Escudo
Foram vários modelos ao longo da história.
Mascote
Baleia
Bandeira
Apelidos
Alvinegro Praiano, Alvinegro da Vila, Fantástico, Leão do Mar, Meninos da Vila, Peixe, Selesantos.
Estádio
Estádio Urbano Caldeira - mais conhecido como Vila Belmiro (1916)
Conquistas
Locais, estaduais, interestaduais, nacionais, continentais, intercontinentais e mundiais.
É quando ocorre algum problema entre as partes que executam uma música, como uma dificuldade para se escutarem e o ritmo se torna desigual entre elas ocasionando um descompasso entre instrumentos e/ou vozes. Também chamado de atropelo.
Uma história bastante controversa é a respeito dos rumores sobre um envolvimento amoroso entre os cantores Mick Jagger e David Bowie que teria começado em 1973, quando o já famoso vocalista dos Rolling Stones casado com a modelo Jerry Hall, ficou fascinado pelo novo artista da moda. Jagger convidou Bowie e sua esposa Mary Angela Barnett (mais conhecida como Angie) para assistirem um show dos Stones com tudo pago (entradas, hotel e champanhe).
Mick Jagger e Jerry Hall
Mas não parou por aí. Jagger e Bowie eram vistos constantemente juntos em eventos públicos, como a luta de boxe entre Muhammad Ali e Ken Norton (provavelmente a revanche em 10 de setembro de 1973), um show de Diana Ross (talvez o concerto no The Royal Albert Hall em Londres em 1973), saindo da discoteca Tramp em Londres ou sentados em um sofá de hotel, em todas estas vezes sem suas respectivas esposas.
Angie e David Bowie
Bowie e Angie não tinham problemas em admitir que eram muito abertos em seu relacionamento, ambos eram bissexuais e até compartilhavam namorados entre si, mas Jagger nunca comentou publicamente sobre suas tendências sexuais embora seus muitos casos com mulheres sejam conhecidos.
Há duas biografias que falam sobre esse rumoroso caso entre os cantores. Uma da própria Angie que foi casada com Bowie entre 1970 e 1980 e que em seu livro Backstage Passes (Acessos para os bastidores), escrito em 1993, relata ter viajado por alguns dias e quando voltou para sua casa em Oakley Street foi para a cozinha fazer chá. Sua empregada que havia chegado antes lhe avisou que havia alguém mais no quarto, então subiu as escadas e quando abriu a porta para ver quem era encontrou Mick Jagger e David Bowie sem roupas juntos na cama. Jagger permaneceu calado e Bowie apenas lhe perguntou – “Oh, olá, como você está?” Ela respondeu – “Estou bem!” e ofereceu chá aos dois. Ela deixa claro que não viu nada mais que isto, mas que teve certeza que após uma noitada de bebedeiras e drogas eles tinham feito sexo um com o outro, o que a deixou um pouco triste.
“Apesar de meus olhos não terem comprovado, eu senti no coração... Está na cara que eles tinham transado. Nunca considerei a possibilidade contrária.”
Angie Bowie
Ela ainda brincou que – “Eles estavam escrevendo Angie quando foram apanhados juntos na cama.” Se referindo a canção dos Rolling Stones intitulada Angie que trata de uma história de amor que não deu certo.
Outra biografia não autorizada também trata desse assunto. Em Mick: The wild life and mad genius of Jagger (Mick: A vida selvagem e o gênio maluco de Jagger), o autor Christopher Andersen relembra a narrativa de Angie Bowie e traz mais algumas afirmações, como que Bowie teria levado Jagger a ver filmes gays, e também o depoimento da cantora Ava Cherry que teria dividido a cama com os dois e que os teria visto fazendo sexo, e mais que isto, teriam uma relação afetiva, praticamente vivendo juntos por vários meses.
Segundo Lee Black Childers, ex vice presidente da MainMan, empresa que administrou a carreira de Bowie – “Mick olhava para David e se perguntava se aquela era a onda do futuro?” e ainda – “Mick fazia de tudo para seguir nos holofotes e David era o que de mais quente havia naquele momento.”
Já o companheiro de banda de Jagger ficava incomodado com a obsessão dele:
“O fato é que Mick era dez vezes melhor que Bowie usando apenas camiseta e jeans. Por que querer ser uma outra pessoa quando você é Mick Jagger?”
Keith Richards
Depois de tudo isto fica uma dúvida. Seria a canção Angie uma referência velada ao caso de amor entre Mick Jagger e David Bowie, usando ironicamente o nome da esposa que praticamente os flagrou juntos?