A dissonância em um acorde deve ser
entendida como um conceito da teoria musical não como algo errado, pois a
dissonância é percebida como a sensação de algo incompleto no acorde, algo que
não soa bem aos ouvidos, mas que pode soar muito bem em algumas circunstâncias.
Deste modo o
acorde é dissonante quando tem alguma nota fora da tríade tonal (1ª – 3ª – 5ª).
Por exemplo o acorde de dó maior tem as notas dó, mi e sol. Qualquer nota fora
da tríade acrescentada caracteriza um acorde dissonante.
A dualidade no ser humano está sempre presente: homem/mulher,
corpo/alma, presente/passado, bem/mal... enfim, somos complexos e alguns mais
complexos e difíceis de definir e entender que outros, mas às vezes algumas
pessoas escondem um “ser” muito diferente das aparências e que acaba se
revelando de maneira surpreendente. Este é o caso da lenda do rock de que vou
tratar agora.
Na série Anos Incríveis (The Wonder Years) exibida no Brasil na década
de 1990 o protagonista Kevin Arnold narra a própria história ocorrida 20 anos
antes quando tinha 12 anos de idade. Quem teve a felicidade de acompanhar a
série deve lembrar das encrencas, dos problemas familiares, das situações
cômicas, dos acontecimentos históricos que interferem na trama (entre 1968 e 1973),
dos dilemas da adolescência, da maravilhosa trilha sonora, da mãe amorosa, do
pai rígido mas compreensivo, do problemático irmão mais velho, Wayne, da
namoradinha, Winnie Cooper e finalmente do “nerdíssimo” Paul Pfeiffer o melhor
amigo de Kevin.
Paul, Kevin e Winnie no seriado Anos Incríveis.
Por outro lado, quem gosta de heavy metal já está familiarizado com Marilyn Manson, que
faz da polêmica uma opção de vida, mais do que a música. Seu nome é a junção do
nome de duas personalidades bem diferentes e antagônicas, a atriz Marilyn
Monroe e o psicopata assassino Charles Manson. Seu visual é totalmente
andrógino e suas músicas são socialmente censuráveis.
Marilyn Manson
Tá! O que tem a ver uma coisa com a outra?
Pois o ator magrela e narigudo que interpretou Paul Pfeiffer, depois
que terminou a série Anos Incríveis, teria se tornado o provocador, satânico e
sádico Marilyn Manson. Se pararmos para olhar as fotos de um e outro veremos
que realmente são idênticos. As formas do rosto, do nariz e dos olhos têm uma
grande semelhança. Será verdade?
Marilyn Manson x Paul Pfeiffer.
O jovem Pfeiffer de 12 anos foi interpretado por Josh Saviano nascido
em 1976. Apesar da fama mundial de seu personagem este foi o único grande papel
do ator. Assim como o personagem o ator continuou estudando e se formou em
ciências políticas em 1998 e é atualmente um advogado renomado.
Já Marilyn Manson, nasceu em 1969 chamando-se Brian Hugh Warner. É
filho de pais cristãos e cresceu sendo discriminado por causa de sua aparência
magra e pálida e por ser tímido. Teve problemas com um vizinho pedófilo e se
tornou uma espécie de traficante de fitas de heavy metal e de doces, proibidos
na escola. Começou trabalhando com jornalismo, escrevendo artigos sobre música
e já no começo da década de 1990 se dedicava a sua carreira musical.
A não ser que tudo o que se encontra publicado na internet seja uma
grande farsa, engendrada para enganar os fãs e esconder o “vergonhoso passado”
de M. Manson a lenda não se sustenta. Na época da primeira temporada da série o
músico tinha 19 anos e seis anos depois quando a série terminou ele já era
conhecido na cena musical local, já com 25 anos de idade e 3 anos depois já era
famoso mundialmente através do que era a grande novidade daquela época, a MTV.
Josh Saviano (o P. Pfeiffer) diz que na faculdade recebia dezenas de
e-mails por dia lhe perguntando sobre isto e que na verdade ficava lisonjeado
em ser associado com uma estrela do rock.
Já
M. Manson quando questionado sobre isto não perdeu a oportunidade e declarou que se tivesse
atuado na série, não teria sido o amigo Paul Pfeiffer, mas sim a namoradinha de
Kevin, Winnie Cooper :o
Uma curiosidade é que no primeiro episódio da série, Kevin narra sua chegada à nova escola e enquanto mostra seu armário descobre que logo ao lado fica o armário do "bad boy" da da escola a quem ele chama sarcasticamente de Charles Manson.
Veja a abertura da série com Joe Cocker cantando The Beatles.
