Instrumento de percussão tradicional em Portugal, de origem árabe foi levado pelos mouros para a Península Ibérica aproximadamente nos séculos VIII e IX.
Lembra um pandeiro quadrado sem as soalhas laterais, feito de madeira leve, com pele de caprinos em ambos os lados, com sementes, guizos ou soalhas soltas na parte interna, costuma ser enfeitado com fitas coloridas, é percutido com os dedos e mede aproximadamente 45 centímetros em cada lado. Também é chamado de adufo.
Suas várias características e lendas indicam um uso mágico ligado à fertilidade em sua origem. A tradição cantada diz que a madeira dos caixilhos é de laranjeira, remetendo à flor branca ligada ao matrimônio, mas na verdade é feito de pinho ou mogno. O formato quadrado requer um perfeito estiramento das peles para o ajuste sonoro que é mais fácil no formato redondo, de forma que esta deve ser mais uma característica simbólica que se perdeu com o tempo. A pele de um dos lados deve ser de um animal macho e a do outro lado, de uma fêmea, outra característica mais simbólica que prática. Por fim o adufe acompanha danças folclóricas ou procissões religiosas tradicionalmente tocado por mulheres, embora seja tradicionalmente construído por homens.