É basicamente um método de composição musical. Neste método o compositor arranja as notas de modo que não se possa identificar o tom da música, não existe uma nota que seja a principal, não há um centro tonal harmônico.
Dentre as diversas maneiras de se compor desta forma a mais comum é o sistema serial, onde todos os tons e semitons da escala, chamada cromática, devem ser usados dentro de um mesmo espaço na música, que é a série total de tons, diferente da forma tonal clássica, onde são usados majoritariamente os tons que harmonizam entre si.
Há então uma predominância de dissonância e o ritmo, o timbre, as diferenças de intensidade e todos os outros elementos sonoros ganham uma importância maior na composição.
Diversos nomes foram dados para este método, como Atonalismo, Dodecafonismo e Serialismo Total ou Integral. Embora seja uma forma que se solidificou no século XX, já haviam experimentos neste sentido no final do século XIX com Wagner, Strauss, Mahler e César Franck, por exemplo, mas quem mais se aprofundou neste sistema, já no século XX, foram Schönberg, Alban Berg e Webern, da Segunda Escola de Viena com seu Cromatismo. A partir daí foi despertada uma nova fase na música ocidental onde fazer música tonal não era mais uma regra a ser seguida.
Alban Berg, Arnold Schönberg e Anton Webern
Historicamente há uma primeira fase, chamada Atonalismo Livre, ou Cromatismo Livre, no começo do século XX, centrada na Escola de Viena.
Uma segunda fase onde o Dodecafonismo com ênfase no uso igualitário dos tons se destacou. Teve início após a Primeira Grande Guerra (1914 - 1918). Neste período as bases livres do atonalismo começaram a ganhar métodos de composição, passando a ter regras mais rígidas.
Uma terceira fase a partir da década de 1950 trouxe o Serialismo, onde não só os diversos tons musicais, mas também os outros elementos musicais, como o ritmo, a intensidade e os timbres, eram organizados em séries que deveriam receber a mesma importância e espaço na composição, utilizando-se até mesmo de fórmulas matemáticas para regrar o sistema.
Grandes nomes do Atonalismo são:
Alban Berg, Almeida Prado, Anton Webern, Arrigo Barnabé, Arnold Schoenberg, Béla Bartók, Claude Debussy, Franz List, Igor Stravinky, John Cage, Karlheinz Stockhausen e Sergei Prokofiev, entre outros.
No vídeo a Suíte para piano, opus 25 de Arnold Schoenberg, executada pelo pianista Michael Mizrahi.